terça-feira, 2 de agosto de 2016

ELEIÇÕES – O manifesto, na íntegra

Em seguida, a transcrição, na íntegra, do “Manifesto em Defesa de uma Frente de Esquerda e Socialista nas Eleições em Belém”:

As correntes políticas e os ativistas que assinam a presente nota fazem um chamado a Edmilson Rodrigues, à direção do PSOL, ao PSTU, ao PCB, a todas as organizações políticas de esquerda e aos movimentos sociais de luta da cidade, para que seja construída, nestas eleições municipais, uma grande Frente de Esquerda e Socialista, com base nos seguintes pontos:

1.   Que a aliança envolva somente os partidos da esquerda socialista brasileira (PSOL, PSTU, PCB) e demais organizações políticas e movimentos sociais combativos da cidade, sem a participação de nenhum partido que apoie o ajuste fiscal de Temer (aplicado também pelo governo petista de Dilma) ou que tenha políticos que sejam réus em escândalos de corrupção. Assim, somos contrários à alianças com PT, PCdoB, PV, Rede, PPL, PDT e PPS, partidos com os quais infelizmente a direção do PSOL e Edmilson Rodrigues têm mantido conversas formais com o intuito de negociar uma aliança eleitoral;
2.   Que essa Frente de Esquerda e Socialista não tenha sua campanha financiada por empresários, banqueiros e latifundiários. Ao contrário, defendemos que cada centavo da campanha seja financiado pelos trabalhadores e pelo povo de Belém por meio de doações legais e com base no esforço militante e individual;
3.   Que o programa de governo desta Frente de Esquerda e Socialista seja um programa que aponte para uma profunda inversão no modo de governar a cidade e na definição das prioridades, combatendo a Lei de Responsabilidade Fiscal e o pagamento da Dívida Pública, que estrangulam o orçamento dos municípios. Propomos que seja um governo de fato controlado e dirigido pelos trabalhadores, pela juventude, pelos idosos, pelo povo pobre das periferias e pelas organizações populares da cidade, como centros comunitários, sindicatos, entidades da juventude e demais entidades da sociedade civil. O povo de Belém tem o direito de decidir sobre a destinação de 100% do orçamento da Prefeitura e definir sua política.

Belém completou 400 anos recentemente, mas infelizmente não temos muito o que comemorar porque, graças à gestão do atual Prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB), os problemas da cidade se agravaram, sobretudo nos 3 ‘S’ tão prometidos em sua campanha eleitoral de 2012 (Saúde, Segurança, Saneamento). O incêndio do Pronto-Socorro da 14 de março foi o principal legado deixado pelo Prefeito em relação à saúde. A violência urbana, sobretudo assaltos e homicídios, cresceu absurdamente nos últimos quatro anos. Hoje ninguém mais anda nas ruas e ônibus de Belém sem medo. E o saneamento, então, nem se fala. Qualquer chuvinha é suficiente para deixar Belém debaixo d’água.
Este cenário caótico se torna ainda mais trágico quando olhamos para o BRT, um elefante branco que não irá resolver o problema do trânsito e que está consumindo centenas de milhões de reais do dinheiro público. Sem falar da falta de política para combater o desemprego crescente, a falta de investimentos em educação, cultura e lazer.
Não podemos deixar que Zenaldo Coutinho (PSDB) continue à frente da Prefeitura e nem deixar que Éder Mauro (PSD) vença essas eleições, porque ele é igual a Zenaldo, apesar de iludir muita gente. Éder Mauro não vai resolver os problemas fundamentais da cidade porque faz parte de um partido burguês corrupto, que apoia o governo de Michel Temer e seu ajuste fiscal, e não se propõe a romper com essa lógica de governar para os ricos. Não queremos que as chacinas da juventude pobre e negra da Periferia virem política de governo da Prefeitura. Também não será Maneschy, candidato do PMDB e ex-reitor da UFPA, que foi conivente com o sucateamento e corte de verbas na Universidade, que com sua postura de “bom moço” resolverá os problemas da cidade de Belém.
Também não representam uma alternativa real de mudança para a cidade as candidaturas de Luiz Sefer (PP), Regina Barata (PT), Lélio Costa (PCdoB) e Úrsula Vidal (Rede Sustentabilidade), pois todos estão aliados com os grandes empresários. Todos são candidatos a serviço do ajuste fiscal, apoiados por corruptos como Jáder Barbalho e Jatene e concordam com a política econômica e o modo de governar de Temer, Dilma e seus ministros banqueiros e latifundiários.
A saída para combater o crescimento da criminalidade é executar um grande plano de obras públicas para construir hospitais, escolas, casas populares e redes de saneamento e ter escola em tempo integral para os jovens. Desse modo, é possível gerar emprego, melhorar os serviços públicos e tirar os jovens da influência do mundo do crime. Não se acaba com a violência aumentando a repressão policial, matando pessoas e construindo presídios.
É possível ter passe-livre para estudantes e desempregados, ter política eficaz de combate à violência contra as mulheres e às LGBT’s, ter política de arte e cultura para o povo, investir em saneamento básico, moradias populares, iluminação pública e legalizar as terras das áreas de ocupação periféricas. Basta taxar os ricos e as grandes fortunas, fazer auditoria na dívida pública, contratos e convênios da Prefeitura com as empresas e prestadores de serviço, combater a sonegação no recolhimento de impostos e tributos, romper com a lei de responsabilidade fiscal e criar uma lei de responsabilidade social, combater a corrupção (com a prisão e o confisco dos bens de corruptos e corruptores), acabar com os altos salários e privilégios dos políticos. Quem tem que pagar pela crise econômica são os capitalistas, pois foram eles que a fizeram, e não os trabalhadores.
Chegou a hora de construir o novo. Fazer aliança com o PV de Sarney Filho, com o PPL amigo dos Barbalhos, com o PCdoB de Aldo Rebelo ou com o PT de Dilma é repetir a receita do fracasso dos 13 anos de governo compartilhado entre PT/PCdoB/PMDB e tantos outros partidos que, ao chegarem ao poder praticaram a mesma corrupção do PSDB e governaram para os ricos, destinando aos trabalhadores e ao povo migalhas, desemprego, inflação, arrocho salarial, privatizações e muitos impostos.
Participe conosco desta luta, venha para a plenária que irá iniciar a construção desta Frente para as lutas e as eleições e assine nosso manifesto para que tenhamos de fato uma Belém para os trabalhadores:

Algumas de nossas propostas para tirar Belém do caos social:

- Um plano de obras públicas como saneamento básico, casas populares, creches e hospitais para gerar empregos e garantir direitos ao nosso povo;

- Congelamento das tarifas de ônibus. Passe livre para estudantes e desempregados, sob controle dos usuários;

- Auditoria nas contas e contratos da Prefeitura 

- Enfrentamento da máfia dos transportes;

- Uma frota municipal, rumo à municipalização completa com tarifa zero;

- Revogação da Lei do Zenaldo que extinguiu cargos públicos no Município.

- Concurso Público já;

- Aumento real de salários dos servidores municipais;

- Nenhuma repressão às greves e lutas do povo. Todo apoio às mobilizações dos trabalhadores, da juventude e do povo pobre nas periferias;

- Secretários e dirigentes dos órgãos eleitos pelos servidores públicos.

ASSINAM:

CST-PSOL (Corrente Socialista dos Trabalhadores)
INSURGENCIA-PSOL
LS-PSOL (Luta Socialista)
MAIS (Movimento por uma Alternativa Independente e Socialista)
NOS (Nova Organização Socialista)
Abel Ribeiro – Sintepp 
Afonso Modesto – SINDTIFES-PA
Aguinaldo Barbosa – SINTSEP-PA
Aldelice Rodrigues – SINTSEP-PA
André Tavares – direção SINTEPP Belém
Andréa Solimões – Vice-presidente / norte 2/Andes
Ângela Azevedo – Sindtifes/PA
Antonio Brito – LS/PSOL
Arthur Lopes - juventude Unidos pra Lutar e militante do PSOL
Carlos Alberto – LS/PSOL
Carlos Roberto - Agente Comunitário de Saúde – Belém
Cedício Vasconcelos – dirigente SINTSEP/PA
David Melo – juventude Unidos pra Lutar e militante do PSOL
Déia Palheta – Grupo Iaçá de Cultura
Douglas Diniz – membro do DN do Psol
Duylyo Aleixo – LS/PSOL
Eduardo Pimentel – dirigente do Sintsep/PA
Eduardo Protázio – Pré-candidato a vereador PSOL
Eduardo Rodrigues - juventude Unidos pra Lutar
Elias Santos - Jornalista grevista do Diário do Pará e militante LGBT
Emerson Duarte – Sinduepa
Eraldo Paulino – Jornalista grevista do Diário do Pará
Eziel Duarte – Coord. Geral do DCE-UFPA
Fábio Moroni – Direto de assistência estudantil DCE-UFPA
Fafá – Movimento Popular da Terra Firme
Felipe Melo – Jornalista e do COMBATE- Classista e pela base
Francisco Lopes - Diretório Municipal PSOL/Belém-PA
Fredielson Rodrigues – dirigente do Sintsep/PA
Gabriel Antunes - juventude Unidos pra Lutar e militante do PSOL
Gabriel Rodrigues – advogado e militante do PSOL
Gerson Lima – Coord. Geral SINTSEP-PA
Gilberto Marques – professor da faculdade de economia da UFPA
Gizelle Freitas – Cress/ PA
Glailson Rocha – Sintsep/ PA
Iano Serrão – Unidos pra Lutar e militante do PSOL
Ione Colbert – LS/PSOL
Ítalo Laredo -Coordenador Geral do CACS/UFPA
Ilma Andrade - delegada de base do Sintsep-PA na Funasa
Jassar Protázio - estudante de Direito/Unama e militante do PSOL
Jennifer Webb – professora EA/UFPA/ militante da Unidos pra Lutar/PSOL
João Santiago - Diretório estadual PSOL/PA
Joice Souza – Jornalista / Corrente Sindical Combate
José Alves – advogado e militante do PSOL
José Emilio Almeida – Dirigente da ASCONPA
Josyanne Quemel – Asfunpapa
Katia Rosangela – Coord. Geral SINDTIFES-PA
Laerth Alves – militante da Unidos pra Lutar
Luiz Sergio – SINTSEP-PA
Maiza Monte – Advogada e militante do PSOL
Marcio Amaral – Rodoviário e militante do PSOL
Márcio Calil – LS/PSOL
Marco Solimões – dirigente do Sintsep/PA
Marcus Benedito – COMBATE – Classista e pela base
Maria da Consolação Rodrigues – SINTSEP-PA
Mariza Santos – Diretório estadual PSOL/PA
Marlon George – Aeba
Mauricio Matos – diretor-presidente do SISEMPPA
Mirim Sodré – LS/PSOL
Moacir Miranda – Sindtifes
Natasha Machado – Juventude Unidos pra Lutar e militante do PSOL
Neide Solimões – Dirigente do Sintsep/PA
Olgaíses Maués – Andes/SN
Orlando Amador – militante da Unidos pra Lutar e do PSOL
Paulo Amaral – Diretor de Interiorização DCE-UFPA
Paulo Braga – Alternativa Urbanitária
Paulo Sérgio – LS/PSOL
Paulo de Tarcio - pré-candidato a vereador pelo PSOL
Pedro Fonteles – professor (LS/Unidos)
Pedro Paulo de Oliveira – Diretor de área (ITEC) DCE-UFPA
Rafaela Ferreira - Assistente Social
Raimundo Abreu – Unidos pra Lutar e militante do PSOL (servidor público federal)
Raphael Castro – Diretor de área (ILC) DCE-UFPA
Reinaldo Divino – SINDTIFES-PA
Ricardo Wanzeller - mestrando em Serviço Social
Robson Gil – LS/PSOL
Rodrigo Rocha – advogado e militante do PSOL
Silvia Leticia – executiva do Psol Belém e pré-candidata a vereadora
Silvia Sales – Jornalista/ militante do PSOL
Suelen Costa - juventude Unidos pra Lutar e militante do PSOL
Sueny Moura – Sintepp
Taílson Silva - professor na rede municipal de São Miguel do Guamá
Tainá de Souza - estudante de Fisioterapia/UFPA
Taís Ranieri – Sindtifes
Tatiana Carepa Roffé Borges – Servidora do IPHAN e diretora do SINTSEP-PA
Tereza Barros – dirigente do SINTSEP/PA
Vera Coimbra – Unidos pra Lutar e militante do PSOL
Vera Jacob – professora da Faculdade de Educação da UFPA
Verena Alves - mestre em Serviço Social – UFPA
Virgílio Moura – dirigente estadual Psol/PA
Walmir Brito – dirigente do SINTSEP/PA
William Mota – MAIS
Zarah Trindade – Advogada (LS/Unidos)
Zaraia Guara – COMBATE-Classista e pela base/CST-PSOL

Zila Camarão – SINDTIFES-PA

Um comentário :

Anônimo disse...

Abel Ribeiro e Silvia Letícia não tem moral para exigir a justeza dos outros, porque sabem das falcatruas do Sintepp e a época na oposição nada fizeram para mudar o cenário. Pelo contrário, foram por omissão voluntária lenientes com tudo de errado que lá acontece.