Alexandre da Silva Dias: retaliações sem fim, após denunciar desvio de recursos. |
Um relatório gracioso, que resvala para a
denunciação caluniosa, serve de álibi para a ignominiosa perseguição contra Alexandre da Silva Dias, 39, professor concursado da
Seduc, a Secretaria de Estado de Educação, lotado na Escola Olinda Veras Alves,
em Curuçá, deflagrada depois que ele denunciou desvio de recursos federais para
educação e saúde. A saga do professor Alexandre – que no rastro das retaliações
ficou doente e teve a sua casa saqueada - é relatada em dois vídeos, acessados
pelos seguintes links:
O professor Alexandre da
Silva Dias passou a ser alvo de uma acintosa retaliação, culminando por responder a um PAD, Processo
Administrativo Disciplinar, depois de denunciar o desvio de recursos federais,
para a educação e saúde, com base em um vasto acervo de evidências, algumas das
quais já confirmadas pelo Ministério Público Federal. Tratadas com desdém pela
Seduc e absurdamente ignoradas pelo Ministério Público Estadual, as denúncias
envolvem a administração da prefeita
de Curuçá, Nadege do Rosário Passinho Ferreira, do PSDB, a legenda do
governador Simão Jatene, ao qual é notoriamente submisso o procurador-geral de
Justiça, Marcos Antônio Ferreira das Neves, o folclórico Napoleão de Hospício. Além de ter sua defesa cerceada, ao ter
negado o acesso ao livro de ocorrência da escola, por exemplo, o professor Alexandre
da Silva Dias teve a sua casa saqueada, com o inusitado roubo de 23 cadernetas
escolares, passou a ter notas deletadas do sistema da Seduc e a receber faltas
indevidas.
Carente de provas e repleto de diatribes, o
relatório que incrimina o professor Alexandre da Silva Dias e subsidia o PAD
contra ele movido, atropela o vernáculo e é ilustrativo da qualificação do seu
autor, Brasileno Braga Modesto, diretor da Escola Estadual de Ensino
Fundamental e Médio Profª Raimunda Sena da Silva. Nele, a pretexto de retorquir
as suspeitas de falcatrua – tratadas com indiferença pela promotora de Justiça
Maria das Graças Cunha, do Ministério Público Estadual -, Brasileno Braga
Modesto limita-se a disparar uma avalanche de diatribes, no que chega a
configurar crimes contra a honra. Permitindo entrever uma falta de postura e
compostura incompatível com o cargo ocupado, ao tratar com leviandade a honra
alheia, o diretor da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Profª
Raimunda Sena da Silva leva suas sandices a limites intoleráveis, ao imputar ao
professor Alexandre da Silva Dias pretenso “distúrbio mental” e pretender tipificá-lo
como supostamente “psicopata”, algo tanto mais ousado para quem maltrata o
vernáculo impiedosamente. Mais deplorável que o comportamento ignominioso de Brasileno
Braga Modesto, só a omissão da atual direção do Sintepp, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do
Estado do Pará, em permitir a sucessão de achincalhes a que se viu
submetido, até aqui, um professor cuja idoneidade é reconhecida pelos próprios
alunos. “Procurei o Sindicato dos professores, mas não fui bem atendido”,
desabafa o professor Alexandre da Silva Dias, que precisou recorrer à
Defensoria Pública, diante do tratamento desdenhoso da assessoria jurídica do
Sintepp, cujo custo mensal ficaria em torno de R$ 50 mil, segundo a versão
corrente.
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