A militância petista, que vermelhou Belém em 1996, com Edmilson. |
A eleição de Edmilson Rodrigues como prefeito de Belém, em 1996,
contrariou todas as expectativas, alimentadas pela grande imprensa e,
particularmente, pelas pesquisas de intenção de voto do Ibope, veiculadas pelo
jornal O Liberal e pela TV Liberal, afiliada
da TV Globo. Até a penúltima delas, as pesquisas sinalizavam para uma
polarização entre Ramiro Bentes, do PDT, o candidato do prefeito Hélio Gueiros,
então rompido com o ex-governador Jader Barbalho, e a deputada federal Elcione
Barbalho, do PMDB, ex-mulher do morubixaba da legenda peemedebista no Pará.
Já às vésperas das eleições, a derradeira pesquisa de
intenção de voto apontava a vantagem de Edmilson Rodrigues, o candidato do PT,
incendiando a militância petista. A partir daí Belém vermelhou e o candidato
petista acabou eleito no segundo turno, com 244.340 votos, contra 102.996 votos
de Ramiro Bentes, o candidato apoiado pelo prefeito Hélio Gueiros. Para muitos
analistas políticos, a ascensão eleitoral de Edmilson refletiu a ânsia do
eleitor por novas alternativas, capazes de abrir novas perspectivas e escapar
das disputas paroquiais, com ênfase para a queda de braço entre Jader Barbalho
e Hélio Gueiros, decisivo para a vitória do tucano Almir Gabriel na sucessão
estadual de 1994, derrotando Jarbas Passarinho, o candidato do PDS, com o apoio
do PMDB. Em 1994, após abreviar seu segundo mandato como governador, Jader Barbalho
elegeu-se para o Senado.
Na sucessão de 2000, Edmilson Rodrigues, além de estar com a
popularidade em alta, mandou os escrúpulos às favas e contrapôs a utilização da
máquina administrativa municipal ao escancarado uso da máquina administrativa
estadual, comandada pelo então governador tucano Almir Gabriel, em favor de
Zenaldo Coutinho (PSDB/PTB/PPB/PRP/PTdoB/PST/PMN), e Duciomar Costa (PSD/PL/PDT/PV), o nefasto Dudu. Candidato pela coligação que agregou
PT/PSB/PPS/PCdoB/PCB,
Edmilson derrotou no segundo turno o nefasto Dudu, apesar do ostensivo apoio do governo Almir Gabriel, cujo
candidato preferencial, Zenaldo Coutinho, teve um desempenho eleitoral pífio e,
fora da disputa, optou por apoiar Duciomar Costa. Dudu, eleito em 2004 e reeleito em 2008, sempre com a utilização
escandalosa da máquina administrativa, foi protagonista de uma administração calamitosa,
só superada, em matéria de inépcia e imobilismo, pelo seu sucessor – ironicamente, Zenaldo Coutinho.
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