sexta-feira, 5 de agosto de 2016

ELEIÇÕES – O perfil do candidato

Edmilson: parlamentar atuante e contrário ao impeachment de Dilma.

Com 59 anos, Edmilson Rodrigues é arquiteto, formado pela UFPA, com mestrado em Planejamento do Desenvolvimento, pela própria Universidade Federal do Pará, e doutorado em Geografia Humana pela USP, a Universidade de São Paulo. Ele é professor de carreira da Seduc, a Secretaria de Estado de Educação, e da UFRA, Universidade Federal Rural da Amazônia, a extinta FCAP, a Faculdade de Ciências Agrárias do Pará.
Edmilson Rodrigues foi prefeito de Belém por dois mandatos consecutivos, pelo PT, do qual foi militante histórico, até se retirar da legenda, na esteira dos escândalos de corrupção na qual o partido submergiu, a partir do governo do ex-presidente Lula, tornando-se um dos fundados do PSOL, o Partido Socialismo e Liberdade. Ele foi eleito prefeito de Belém em 1996 e reeleito em 2000, depois de ter sido deputado estadual, também pelo PT, igualmente por dois mandatos consecutivos – de 1987 a 1990 e de 1991 a 1994. Já no PSOl, em 2010 foi o deputado federal mais votado da história do Pará, sendo reeleito em 2014, como o mais votado na cidade de Belém e o terceiro em todo o estado, com 170.604 votos. Na Câmara Federal, Edmilson caracteriza-se por um atuante desempenho parlamentar e, seguindo a diretriz do PSOL, é contra o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, do PT.

Em 2012, candidato pelo PSOL, Edmilson Rodrigues foi derrotado, já no segundo turno, por Zenaldo Coutinho, do PSDB, na disputa pela Prefeitura de Belém. No primeiro turno, Edmilson recebeu 252.049 votos, o que corresponde a 32,58% dos votos válidos (excluindo brancos e nulos) e Zenaldo teve 237.252 votos, o que equivale a 30,67%. Favorecido pelo uso das máquinas administrativas estadual e municipal, no segundo turno o tucano Zenaldo Coutinho reverteu a vantagem, elegendo-se prefeito de Belém com 438.435 votos, o equivalente a 56,61% dos votos, contra 336.059 votos de Edmilson Rodrigues, o correspondente a 43,39% dos votos.

2 comentários :

Anônimo disse...

Edmilson jogou no lixo sua história de militante e político de esquerda com a aliança com PV e PPL. São partidos fisiológicos e com tradição ao neoliberalismo sem falar da corrupção. Edmilson entrou no mesmo jogo do PT. Também poderia é filhote de lá.
Edmilson envergonha a esquerda mundial.

Anônimo disse...

Esse é o grande problema da esquerda. Não saber ouvir a verdade quando há tempos que o processo de desvios e abandono de bandeiras históricas como: auditoria da dívida, nepotismo, transparência, lutas nas ruas, etc...se o PT levou 30 anos para naufragar nas águas nebulosas da traição da classe trabalhadora, Edmilson encabeça o mesmo processo, que antes "combateu", para menos de 10 anos. Não podemos esquecer que o Psol tem a responsabilidade de ser o novo instrumento de combate a velha política. Muita gente sabe quem são os militantes que ele tanto valoriza e que estão ao seu lado. São os mesmos militantes profissionais que se acostumaram a viver de processos eleitorais. De dar caneladas na militância inocente que sofrem as dificuldade que os governos conservadores ofertam para o povo. A esquerda perdeu a confiança do povo que já presta atenção na postura dos parlamentares que nada mais fazem do que o exercício da burocracia burguesa. Mandatários que não correspondem a altura da confiança depositada e não passam de adornos enfeitando a paisagem refrigerada. Recentemente foi divulgada uma pesquisa sobre a opinião pública em relação a atuação dos vereadores da CMB de Belém e ficou constatado que esses são os vereadores mais inoperantes de todos os tempos. A nível nacional temos um desempenho inócuo e também inoperante. Basta observar por ocasião do impedimento da Dilma o Psol adotou postura em defesa da continuidade do mandato da Presidenta, mesmo sabendo que a reforma da previdência era apenas uma questão de tempo para a aprovação pelo governo ptista. Ficaria mais digno se houvesse a abstenção, mas parece que o "canto da sereia" funcionou e a mão furada foi embora não resistiu. Atualmente temos de aturar os desmandos da turma do Edmilson, Marinor em impor a candidatura do ex-prefeito e não abrir para as previas internas do partido. As alianças espúrias com PV, PPS e PCdoB cogitadas pelos "puros" da US. Por outro lado a candidatura do Sindicalista Beto Andrade do Sintepp a prefeitura de Ananindeua parece até brincadeira, visto as denuncias de desvios de verbas e financiamento de campanha do vereador Fernando Carneiro com dinheiro da categoria. Enfim a cenário é desanimador e só nos resta aposta em caras novas e torcer pra que essa necessária mudança reoxigene o Psol e dignifique o voto dos cidadãos Belémenses.