Brasileno Braga Modesto: retaliação contra aluna de 12 anos que o acusou de assédio. |
Acusado de assediar uma aluna de 12 anos, o diretor da Escola Estadual de Ensino Fundamental e
Médio Profª Raimunda Sena da Silva, em Curuçá, Brasileno Braga Modesto, optou
por valer-se da truculência, para sepultar o escândalo. Segundo relato feito em
off ao Blog do
Barata, ele simplesmente optou por transferir de escola a sua
suposta vítima, por cuja mãe foi posto sob suspeita de pedofilia. A
determinação em transferir a aluna, a qual supostamente assediou, foi inclusive
antecipada por Brasileno Braga Modesto ao promotor de Justiça Ney Tapajós Ferreira
Franco, em documento protocolado em 14 de fevereiro de 2014, no qual o diretor
da escola tenta desqualificar a denúncia, atribuindo a uma fantasia da aluna I.
S. a acusação feita pela mãe da menor, com base em relatos da filha. Em outro documento, este de 3 de abril de 2014, ele anexa garatujas desenhadas na lista de presença, que atribui à sua suposta vítima, para concluir que, na verdade, a garota nutriria uma "paixão obsessiva" por ele, na visível tentativa de desqualificar a denúncia. De acordo
com o relato feito ao Blog do Barata, não há registro de apuração da
denúncia, seja pelo Conselho Tutelar de Curuçá, seja pela Seduc, a Secretaria
de Estado de Educação, seja pelo próprio Ministério Público Estadual.
No documento enviado ao
promotor de Justiça Ney Tapajós Ferreira Franco, na época lotado na comarca de
Curuçá, Brasileno Braga Modesto atribui a um mal-entendido o comportamento a
ele atribuído em relação à aluna, que, de acordo com a denúncia feita, incluiu
desde galanteios, como a ela referir-se como “morena bonita”, até acariciar a
mão da aluna gratuitamente. A denúncia feita ao Conselho Tutelar, segundo
admite o próprio diretor da Escola Profª Raimunda Sena da Silva, em Curuçá, é
por ele descrita como “um fato maldoso contra a minha pessoa”. Tratar como
“morena bonita” a aluna é justificada por Brasileno Braga Modesto sob o
argumento de que não saberia o nome da garota, que certamente figurava na
caderneta escolar. “No
início do ano letivo de 2013, chamei uma única vez a aluna de ‘morena bonita’,
pois ela estava recém chegada à escola e eu ainda não sabia seu nome, e afirmo
que o tratamento foi dado pelo simples fato de gostar de tratar bem a
todos/todas meus alunos/alunas, mas por nenhum momento tive segundas intenções”,
defende-se. Sobre, em outra ocasião, ter
acariciado a mãe da aluna, o diretor da escola afirma, em sua versão, que o gesto
teria sido um acidente, “isento de qualquer intenção maldosa”. “Noutra
ocasião, na temporada de verão, de setembro a novembro, quando o vento na área
externa da escola é-muito forte e adentra as salas de aula, a aluna foi
entregar um trabalho para mim, soprou um vento muito forte na sala e no momento
em que ergui a mão para pegar nos papéis, rapidamente, para não voarem, minha
mão tocou na mão dela, mesmo sem querer, isento de qualquer intenção maldosa”,
justifica-se.
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