Na
clara tentativa de criminalizar a paralisação dos professores da rede estadual
de ensino, o procurador-geral de Justiça, Marcos Antônio Ferreira das Neves,
trombeteia sua suposta preocupação em assegurar “uma educação pública
de qualidade e comprometida com o bem comum”. O que soa a escárnio, diante do
sucateamento da rede estadual de ensino no Pará, ao qual o MPE, o Ministério Público
Estadual, assiste passivamente, fazendo cara de paisagem. Com o agravante de
que, descontados os quatro anos de mandato da ex-governadora petista Ana Júlia
Carepa, entre 2007 e 2010, desde 1995 o PSDB comanda o governo do Pará. Nesse
período pontificou Simão Jatene, inicialmente como eminência parda nos dois
mandatos consecutivos do ex-governador Almir Gabriel, exercidos de 1995 a 2002,
depois como sucessor do seu patrono político tucano, de 2003 a 2006. Em 2006
ele foi atropelado por Almir Gabriel, que disputou um terceiro mandato como
governador, quando foi derrotado por Ana Júlia Carepa, do PT, em aliança com o
PMDB de Jader Barbalho. Jatene retomou o comando do governo do Pará em 2010,
quando elegeu-se para um segundo mandato, com o apoio de Jader Barbalho, ao vencer a ex-governadora petista
Ana Júlia Carepa, que disputava a reeleição.
Pelo
tempo decorrido desde que o PSDB comanda o governo estadual, Jatene teve a
chance de conhecer de perto as mazelas que afligem o Pará, com ênfase para
setores vitais, como educação, saúde pública, saneamento e segurança pública. Isso
significa dizer que nos últimos 19 anos, em 15 deles a tucanalha deu as cartas.
Mas, a exemplo do ex-governador Almir Gabriel, já falecido, Jatene limitou-se a
investir pesado na propaganda enganosa, inclusive com uma escandalosa pilhagem
ao erário, protagonizando um autêntico estelionato eleitoral. Toda essa prestidigitação
garantiu a prosperidade de Orly Bezerra, o marketeiro-mor da tucanalha, um tipo
intelectualmente chucro, mas exímio na arte da empulhação. Não surpreende,
assim, que o governo Simão Jatene tente se vitimizar, em um ardil coonestado
pelo MPE, cooptado em troca de benesses diversas aos membros do Ministério
Público Estadual – procuradores e promotores de Justiça.
3 comentários :
Falou tudo, caro blogueiro. Por isso és respeitado!
Isso tudo é uma vergonha nacional!
Hoje eles voltaram a mentir nos jornalão deles, em página inteira, com a aquela palhaçada de que a maioria dos professores recebe mais de 4 mil reais. Só se for os que eles contratam ao arrepio da lei.
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