sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

MAIA – A nódoa de uma grave suspeita

A suspeita de ter procrastinado a aplicação da lei, para assim beneficiar o dublê de advogado e cronista esportivo Hamilton Ribamar Gualberto, o mais ilustre assassino impune do Pará, está longe de ser a mais constrangedora nódoa no currículo do desembargador aposentado José Alberto Soares Maia (foto). Ex-presidente do TJ do Pará, cuja administração se estendeu de 1999 a 2001, ele protagoniza uma das mais constrangedoras passagens da história do Tribunal de Justiça do Estado, ao ficar sob a suspeita de fraudar documentos para se apropriar do vasto acervo de bens de Antônio da Costa Leal. Um português residente em Belém, Leal faleceu em 28 de abril de 1991, sem deixar descendentes no Brasil, o que qualificou como herdeiros seus irmãos, todos residentes em Portugal - Domingos da Rocha Leal, Marília Coelho Alves da Rocha Leal, Maria da Conceição da Rocha Leal dos Santos, Augusto Coêlho dos Santos e Antônia Celeste Rocha Leal.
A tramóia, em cujo epicentro figura o desembargador aposentado, ainda envolve José Maria Dopazo Losada, que pelo menos na época seria cunhado de Maia, segundo versão não confirmada. A falcatrua passa também pelo cartório Conduru, que produziu um recibo, em nome de Maia, que os irmãos de Antônio da Costa Leal, como legítimos herdeiros do português morto, recusaram-se a assinar, porque na contramão do que fora acordado com José Maria Dopazo Losada. Pelo recibo, Maia adquiria todos os bens do acervo hereditário, incluindo até as contas bancárias e contas-poupanças de Antônio da Costa Leal. O processo deveria ser retomado no 1º grau e julgado, mas não há registro de qualquer movimentação, desde a última decisão do TJ do Pará. Até aquela altura, coube ao promotor de Justiça Nelson Medrado atuar no contencioso, pelo MPE, o Ministério Público Estadual. Consultado a respeito, o promotor de Justiça revelou ter intentado o recurso de apelação, que foi provido. “Não sei as razões do processo estar parado, pois em outubro de 2010 sai da Promotoria de Ações Constitucionais”, esclareceu Medrado, um profissional de competência, probidade e experiência reconhecidas.

7 comentários :

Anônimo disse...

É esse tipo de magistrado que odeia a Ministra Eliana Calmon do CNJ.

Anônimo disse...

Concordo plenamente com o 13:12

Alguém acredita na corregedoria do TJE-PA?

Anônimo disse...

Esse desembargador é uma figura deplorável, sendo que a sua gestão foi uma das piores do TJ-PA. Foi nessa época que o Dep. Giovanni Queiroz queria levar para a CPI do Judiciário, criada pelo Toninho Malvadeza, o resultado do concurso público para juiz, que só beneficiou filhos de desembargadores. É só conferir.

Anônimo disse...

Quantos magistrados por década eram punidos antes da aparição do CNJ?
As Corregedorias de Justiça, para os magistrados erma mais que Confrarias de Justiça.
Só os demais servidores sofriam punições.

Anônimo disse...

Se corregedoria realmente corrigisse alguma coisa, já teríamos assistido muitas mudanças na justiça paraense. O que se vê de fato é o fortalecimento da banda podre, o nepotismo campeando livremente, o comércio de sentenças leve e solto, os mafiosos sempre se dando bem, etc. Também pudera, enquanto o povão continuar na platéia do circo, já acostumado ao sabor do pão que o diabo amassa diariamente, pensando na morte da bezerra e sonhando com a sorte grande, tudo será com ficará como está, nesse triste favelão que se chama Pará.

Anônimo disse...

ISSO É MAIS COMUM DO QUE SE IMAGINA.
ACONTECE TAMBÉM NA JUSTIÇA TRABALHISTA DO PARÁ.
NOS LEILÕES, É SÓ LARANJA DE MAGISTRADO!!

Anônimo disse...

Os filhos do famigerado Desembargador aposentado estão trabalhando no Tj do Pará sem concurso público... Muita cara de pau... Cade o tal de CNJ?