Sem que tenha sido precedida por qualquer estudo técnico capaz de respaldá-la, a proposta de divisão do Pará foi desenhada, há 10 ou 15 anos atrás, por Pedro Paulo Antônio Miléo, ex-prefeito de Tucuruí, em uma reunião da AMAT, a Associação dos Municípios do Tocantins. Em um encontro dos prefeitos da área, Miléo traçou as fronteiras do que seria o Estado de Carajás. Depois os prefeitos do oeste riscaram os limites do que viria a ser o Estado do Tapajós. Daí resultou a proposta, a ser votada no plebiscito deste domingo, 11, que reduz o Pará a região onde fica Belém.
A revelação, emblemática do oportunismo que move as lideranças separatistas, foi feita pelo deputado federal Giovani Queiroz (foto) (PDT/PA) , em um debate promovido pelo Conselho Regional de Economia, realizado no campus da UFPA, a Universidade Federal do Pará, em 30 de junho deste ano. Na ocasião, ao ser questionado a respeito da gênese da proposta por Sérgio Couto, ex-presidente da OAB do Pará, a Ordem dos Advogados do Brasil, Giovani Queiroz, que vocifera um ácido discurso em defesa da divisão do Pará, admitiu, subliminarmente, a torpe motivação da proposta separatista. As lideranças separatistas em verdade miram na “orgia de novas instituições a criar, de novos cargos a preencher e de dinheiro a gastar”, como sublinhou, em artigo na mais recente edição da revista Veja, o jornalista Roberto Pompeu de Toledo.
“Fiquei de queixo caído. Logo percebi que estava enganado. Havia levado a sério que não passava de irresponsabilidade”, resume Sérgio Couto, ao comentar a farsa que turbina a mobilização das lideranças separatistas. São lideranças, diga-se, que valem-se das mazelas históricas do Pará - que penalizam não só o interior, mas também a capital do Estado – para fazer do eleitorado das regiões mais distantes massa de manobra, sob o álibi de materializar uma justiça social com a qual jamais estiveram verdadeiramente comprometidos. Com as eventuais exceções, que confirmam a regra, o que as lideranças separatistas buscam é a concentração de mais poderes e as benesses que deles decorrem. O resto é nhenhenhém.
4 comentários :
O deputado federal Giovanni Queiroz, mineiro de Campina Verde, detentor de imenso latifúndio, há msis de 30 anos defende a criação do Estado de Carajás e o faz desde a época em que foi Prefeito de Conceição do Araguaia,município onde se localizam boa parte de seu "patrimônio" rural, alíás, não só de Giovanni, mas de pessoas de seus laços familiares.
os responsaveis por isso sao os nossos historicos governantes.Alimente um mosntro.Ele, em seguida, será teu algoz.
Tenho ganas de dar um pontapé no traseiro desse deputado forasteiro!
Na página dele da Câmara dos Deputados, ele agradece ao tocantinenses pelo apoio à aprovação do plebiscito do dia 11.12. É só ir lá e conferir.
Mas a intentona separatista acaba no domingo.
Em Augusto Corrêa, o cara de pau Luís Cuinha faz campanha pela aprovação da divisão. E ainda mantém dois irmãos nomeados no presídio de bragança, antonio da cunha teixeira e paulo cunha teixeira, nos cargos de vice-diretor e chefe de segurança. Como acreditar na imparcialidade desses salafrários.
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