O poder econômico, entrevisto no milionário orçamento da campanha pela reeleição, deverá conspirar a favor da governadora Ana Júlia Carepa (foto), acentua o cientista político consultado “Infelizmente, o poder econômico acaba sendo determinante em uma realidade como a nossa, na qual predomina a carência”, admite a fonte do blog, corroborado pelos índices sociais pífios exibidos pelo Pará, herança dos 12 anos de sucessivos governos do PSDB no Estado. Trocando em miúdos, isso significa que o PT, na busca desesperada pela reeleição de Ana Júlia, conta com o voto de cabresto que, embora sob novas tinturas, prevalece nos grotões, as regiões mais longínquas do interior do Estado, cujas populações vagueiam entre a faixa de pobreza e a miséria pura e simples.
O irônico, em tudo isso, é que, historicamente, os votos dos grotões costumam ser garimpados por políticos conservadores. Mas é com esse tipo de eleitor que o PT conta, inclusive, para reverter o colossal índice de rejeição ostentado até aqui por Ana Júlia Carepa. Rejeição que hoje estaria em torno de 35%, de acordo com a pesquisa encomendada pelo PT. Abstraindo juízos de valor, deletando preocupações éticas e priorizando a realidade objetiva, a estratégia faz sentido. A rejeição a Ana Júlia atinge patamares alarmantes na região metropolitana de Belém, cujos eleitores seriam, supostamente, mais esclarecidos. “No cafundó-do-judas, cuja população vive às voltas com demandas mais imediatas, além de estar a uma respeitável distância de Belém, o eleitor, até por uma questão geográfica, está alheio aos humores da capital”, resume uma fonte do PT, para justificar o assédio aos eleitores dos grotões.
O irônico, em tudo isso, é que, historicamente, os votos dos grotões costumam ser garimpados por políticos conservadores. Mas é com esse tipo de eleitor que o PT conta, inclusive, para reverter o colossal índice de rejeição ostentado até aqui por Ana Júlia Carepa. Rejeição que hoje estaria em torno de 35%, de acordo com a pesquisa encomendada pelo PT. Abstraindo juízos de valor, deletando preocupações éticas e priorizando a realidade objetiva, a estratégia faz sentido. A rejeição a Ana Júlia atinge patamares alarmantes na região metropolitana de Belém, cujos eleitores seriam, supostamente, mais esclarecidos. “No cafundó-do-judas, cuja população vive às voltas com demandas mais imediatas, além de estar a uma respeitável distância de Belém, o eleitor, até por uma questão geográfica, está alheio aos humores da capital”, resume uma fonte do PT, para justificar o assédio aos eleitores dos grotões.
9 comentários :
Barata, vc acha realmente que a miséria paraense é fruto de 12 anos de PSDB. A miséria paraense vem muito antes disso, né...
Barata... essas eleições estão + para samba que qualquer outro ritmo:
"Quem te viu, quem te vê. Quem não te conheçe [PT] não pode ver prá crer, quem jamais esquece não pode reconhecer..."
O cidadão paraense é compelido a votar lamentavelmente em candidatos desonestos e despreparados. Nossas lideranças refletem talvez o nosso grau de avanço cultural.
Poder econômico e... muita desinformação... como de sempre.
NOTA DE FALECIMENTO:
"SESPA - UBS PEDREIRA"
"ILUSÕES E DECEPÇÕES DOS SERVIDORES COM O TRISTE FIM DA UNIDADE"
Todas as antigas e repetitivas promessas de transformação desta unidade em um centro de referência agora foram silenciadas. Promessas verbalmente assumidas em inúmeras reuniões, e também por escrito, chegando até a serem coladas nas paredes para que todos os servidores tomassem ciência.
Em vez das melhorias prometidas, servidores e usuários já vinham percebendo nos últimos meses a saída de vários profissionais de valor, como "aves de arribação" prenunciando condições extremamente agrestes como consequência natural de um sistema administrativo de exceção que aos poucos tomou conta da unidade, engendrado pelo "establishment" político que controla a aplicação das verbas do SUS.
Garantida em lei estadual, a GDI dos servidores sofreu sucessivos achatamentos, até ser final e sumariamente abolida, através de um processo obscuro do qual só tomaram conhecimento através de boatos.
A transferência para o município - projeto dos que não querem desenvolver a saúde pública; está com os dias contados. Servidores agora inquietam-se com o futuro incerto, pois sabem que em matéria de gerência de recursos humanos a SESPA lhes reserva o que há de mais desumano.
Agora lembram que, segundo a constituição, "lugar de unidade básica de saúde é no município"; não mais nos projetos que fizeram o governo reservar este órgão para um centro de atendimento especializado.
Era tudo uma ilusão.
"SESPA - UBS PEDREIRA"
O ÚLTIMO A SAIR APAGA A LUZ:
As ordens do Olimpo são para que sejam paulatinamente desativados os serviços da unidade, enquanto tentam convencer os servidores de que "tudo caminha para a transformação da unidade numa URE".
As decisões mais recentes atingiram a admissão de novas matrículas, o Sis Pré-Natal (cadastro que garante às gestantes o pagamento das despesas com o parto), parte do atendimento odontológico e o plantão de pequenas urgências noturno.
Com o fim do Sis pré-natal, o governo está simplesmente se eximindo do custeio da fase mais importante deste serviço: o parto. O que as gestantes estão para descobrir, é que outras unidades também estão desativando total ou parcialmente seus serviços, o que tornará a busca pelo "atendimento integral" - um dos paradigmas mais importantes da instituição do SUS - mais um perverso gargalo na saúde pública estadual.
A desativação do pré-natal cria uma situação de demanda reprimida, cuja consequência será a enxurrada de pacientes para os hospitais públicos de urgência, que se limitarão a dizer "não há vagas". Procure outro lugar.
Nos últimos anos, justificados por protocolos de boas intenções, muitos repasses de verbas do SUS foram liberados para incrementar serviços públicos diretamente em suas unidades ou através de conveniados. Pergunta-se: por quê ainda existem tantos gargalos?
De fato o petismo vai de encontro desses miseráveis para fazer um pacto de para eleger Ana que essa irá lutar para acabar com a miséria destes. E pacto não é exploração.
"SAÚDE PÚBLICA"
"COMUNIDADE DESASSISTIDA, REPRESENTANTES ALIENADOS"
A representação popular no processo de implantação do SUS previa um controle bem mais apolítico e influente; o que na prática vem se demonstrando uma quimera.
A politicagem na saúde pública, tanto a nível estadual como municipal, criou personagens paralelos aos previstos na legislação do SUS. O gestor comunitário - incapaz de se manter como representação independente e organizada, deu lugar a figura dos "despachantes da saúde", pessoas atreladas a gabinetes político-partidários que se infiltram nos diversos setores para conseguir aquilo que parece impossível às pessoas comuns: consultas mais especializadas, procedimentos diagnósticos mais sofisticados, internação em hospital melhorado, etc. Quanto mais dificuldades se criam no atendimento do SUS, mais valiosa se torna a presença de um "despachante".
Se falta representação da comunidade, igualmente calados e submissos se encontram os servidores - uma mordaça imposta pelo tucanato por 12 anos (PSDB-DEM) e que vem sendo mantida pelo PT e PTB. Pode-se dizer que a saúde pública no Pará é um poder imperial de decisões de gabinetes superiores, onde nem comunidade, nem servidores são ouvidos - no máximo são permitidas ridículas manifestações ensaiadas de claques em eventos políticos. Em vez de canais democráticos, vez por outra, quando o absurdo incomoda e provoca murmúrios, mandam subalternos "cães-de-guarda" reprimirem e ameaçarem os que discordam deste statu quo.
Caro barata, quero lhe informar q não passa de ledo engano achar que os cafundós do Pará estão alheios ao "humores" da capital. Sou moradora de um destes "cafundó" e posso te garantir q pertecemos a uma das regiões mais politizadas do Estado. Aqui sabe-se tanto daí que nós estamos numa campanha árdua pela divisão.A propósito da governadora informo-lhe tbm, que ela foi veementemente vaiada aqui no nosso "cafundó", agora em julho, pena que ela não tenha públicado no blog dela,né? obg
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