PSDB – O propinoduto da corrupção tucana

A descoberta do propinoduto que regava a corrupção tucana ocorreu na esteira de um pedido de busca e apreensão formulado pelo Ministério Público Federal, provocado por indícios, detectados pelo Ministério Público do Trabalho, de que a Cerpa vinha pagando seus funcionários através de um caixa dois, o que a desobrigava de fazer os descontos legais, além de subfaturar os seus produtos. Ao subfaturar os seus produtos a Cerpa pavimentava a sonegação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias), do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e do Imposto de Renda, assim como das contribuições previdenciárias.
Realizada a busca na cervejaria, foram apreendidos diversos documentos, computadores e R$ 300 mil, destinados a pagamentos de salários por um caixa dois. Em um dos computadores apreendidos, auditores fiscais da Previdência Social, que rastreavam fraudes trabalhistas, se depararam com um arquivo, denominado de “Pendências”, no qual consta o compromisso da Cerpa em contribuir com R$ 4 milhões para a campanha do futuro governador do Pará, o tucano Simão Jatene, além do pagamento de mais R$ 12,5 milhões ao tucanato, em troca de benefícios fiscais concedidos à empresa.