A democracia é, por excelência, o império das leis. O que quer que se pretenda, para além dos limites da legalidade, resvala para a tentação totalitária, que conspira contra o ordenamento jurídico democrático. Sob essa perspectiva é inevitável o sentimento de alívio diante da decisão do STF, o Supremo Tribunal Federal, de liberar, enfim, a posse do ex-governador Jader Barbalho (foto, ao desembarcar em Belém, após a confirmação da posse pelo STF) como senador eleito pelo Pará. A despeito de tudo que se sabe e do muito que se fala sobre o morubixaba do PMDB no Estado, cujo nome acabou associado, para todo o sempre, a enriquecimento ilícito, na esteira de uma inexplicável evolução patrimonial, que coincide com o seu primeiro mandato como governador eleito do Pará, de 1983 a 1987, no alvorecer da redemocratização no Brasil. Uma redemocratização selada com a eleição no colégio eleitoral, em 1985, do ex-presidente Tancredo Neves, o candidato do PMDB, que morreu sem chegar a tomar posse, na esteira de uma sucessão de cirurgias, provocadas por uma diverticulite, que o abateu na noite de 14 de março de 1985, véspera de sua posse, prevista para 15 de março de 1985.
Eleito ao derrotar o empresário Oziel Carneiro, candidato do PDS, em 1982, e contribuir para a eleição de Hélio Gueiros para o Senado, derrotando Jarbas Passarinho, também do PDS, o primeiro mandato de Jader Barbalho como governador, de 1983 a 1987, foi pontuado por denúncias de corrupção e pelo mais acintoso nepotismo, dos quais foram beneficiários, em particular, os Barbalho e os Zaluth, da então primeira-dama, dona Elcione Zaluth Barbalho. Depois de fazer de Hélio Gueiros seu sucessor e catapultar Almir Gabriel para o Senado, juntamente com Jarbas Passarinho, em uma inusitada coligação, além de ter feito de Fernando Coutinho Jorge prefeito de Belém, Jader foi ministro da Reforma Agrária e da Previdência Social do governo do presidente José Sarney. Foi eleito em 1990 para um segundo mandato como governador, em uma eleição plebiscitária, ao derrotar o empresário Sahid Xerfan, então no PTB, ex-prefeito de Belém e hoje vereador pelo PPR, na época candidato de Hélio Gueiros, que fizera seu sucessor, mas que rompera politicamente com seu patrono, somando-se ao grupo de comunicação dos Maiorana e com lideranças políticas no ostracismo, como o ex-governador Alacid Nunes e Henry Kayath, que catapultou para a Sudam, a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia, do qual o ex-aliado foi defenestrado de forma humilhante.
No seu segundo mandato como governador, de 1991 a 1994, Jader Barbalho revelou a preocupação de tentar retocar sua imagem, já tisnada pela pecha de corrupto, no rastro de uma inexplicável evolução patrimonial. Candidato ao Senado, renunciou ao governo, entregue ao seu vice, o empresário e compositor e cantor brega Carlos Santos, protagonista de uma administração calamitosa, que fez da máquina administrativa terra de ninguém, pavimentando a eleição de Almir Gabriel, do PSDB, como governador, sob o calor de Hélio Gueiros, então prefeito de Belém e cujo filho, Hélio Gueiros Júnior, o Helinho, foi feito vice-governador. Eleito governador, Almir virou as costas para Gueiros e passou a tratar com menosprezo o avalista eleitoral da véspera. Rompido com Almir Gabriel, Hélio Gueiros se reconciliou com Jader Barbalho, que em 1998 voltou a ser candidato a governador, sendo derrotado, por minguada diferença, por Almir Gabriel, que utilizou-se, escancaradamente, da máquina administrativa, para ser reeleito, conforme passara a facultar a legislação eleitoral. Favorito na disputa ao Senado, Gueiros acabou derrotado, superado não só por Luiz Otávio Campos, o Pepeca, o Senador do Governador, como por Ana Júlia Carepa, candidata do PT. Presidente nacional do PMDB, Jader Barbalho ganhava visibilidade na grande imprensa nacional, pela qual passou a ser politicamente linchado, a partir de seu entrevero com o ACM, o senador Antônio Carlos Magalhães, a quem impôs uma humilhante derrota política, ao ser eleito presidente do Senado, início de suas desditas políticas, que culminaram com sua renúncia, para evitar a cassação do seu mandato, por supostos desvios de verbas da Sudam.
Jader renasceria politicamente, no plano regional, ao ser o responsável pela engenharia política que resultou na eleição como governadora, em 2006, da petista Ana Júlia Carepa, em uma vitória que destinou ao limbo político o ex-governador tucano Almir Gabriel, hoje no PTB, que passara a tratá-lo como inimigo figadal. Rompido com Ana Júlia, nas eleições de 2010, aliou-se, informalmente, a Simão Jatene, do PSDB, eleito novamente governador, depois de tornar-se em 2002 o sucessor de Almir Gabriel, que governou o Pará por dois mandatos consecutivo (de 1995 a 1998 e 1999 a 2002). Hoje, o PMDB participa, com destacada presença, do governo Simão Jatene, com o qual rompeu Almir Gabriel, já politicamente reconciliado com Jader Barbalho.
Jader renasceria politicamente, no plano regional, ao ser o responsável pela engenharia política que resultou na eleição como governadora, em 2006, da petista Ana Júlia Carepa, em uma vitória que destinou ao limbo político o ex-governador tucano Almir Gabriel, hoje no PTB, que passara a tratá-lo como inimigo figadal. Rompido com Ana Júlia, nas eleições de 2010, aliou-se, informalmente, a Simão Jatene, do PSDB, eleito novamente governador, depois de tornar-se em 2002 o sucessor de Almir Gabriel, que governou o Pará por dois mandatos consecutivo (de 1995 a 1998 e 1999 a 2002). Hoje, o PMDB participa, com destacada presença, do governo Simão Jatene, com o qual rompeu Almir Gabriel, já politicamente reconciliado com Jader Barbalho.
12 comentários :
Pago pra ver a hora que o jovem senador do Amapá meter a boca no Jader! Será que o morubixado vai ter coragem de aparecer diante dos holofotes?
...ufa...um resumão da banda podre na história politica do Pará...
...ufa...um resumão da banda podre na história politica do Pará...
Rola nos bastidores do judiciario federal que o tio jardi foi usado como moeda de troca e tbm se beneficiou é claro. O Peluso, presidente do STF que emitiu o voto de minerva no caso da ficha limpa, fez um acordo com o titio. Dessa forma o peluso libera o titio pra ocupar sua cadeira no senado e em troca o PMDB pressiona o PT pra aprovar a reforma do judiciario, isso é politica pra maioria, pra mim é safadeza.
Rola nos bastidores do judiciario federal que o tio jardi foi usado como moeda de troca e tbm se beneficiou é claro. O Peluso, presidente do STF que emitiu o voto de minerva no caso da ficha limpa, fez um acordo com o titio. Dessa forma o peluso libera o titio pra ocupar sua cadeira no senado e em troca o PMDB pressiona o PT pra aprovar a reforma do judiciario, isso é politica pra maioria, pra mim é safadeza.
Isto é uma falta de vergonha.
18:54, sabe que vc tá coberto de razão. É claro que deve ter uma moesda de troca.
Os tucaninhos que cercam o Jatene estão P da vida. KAKAKAKA Jardi voltou!
O rapaz ai de cima tá desinformado. O jardi é padrinho de casamento do Jatene, aí vc tira se eles são amigos ou inimigos. O jatene era filiado ao PMDB há muito tempo. Optou pelo PSDB porque viu que não iria ter espaço no cenário político paraense naquele partido.
O rapaz ai de cima tá desinformado. O jardi é padrinho de casamento do Jatene, aí vc tira se eles são amigos ou inimigos. O jatene era filiado ao PMDB há muito tempo. Optou pelo PSDB porque viu que não iria ter espaço no cenário político paraense naquele partido.
Se este país fosse sério, ele deveria está era sendo conduzido pelo comboio da polícia para o presídio junto com o Sarney e toda a cambada de bandidos do Senado.
estou ançiosa para ver o encontro ao publico do jader com o compadre niçias começaran juntos e querem terminar juntos no senado e o povo e só um pequeno detalhe,naõ se esqueçendo do jatene.
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