quinta-feira, 11 de agosto de 2016

SEDUC – Casa saqueada e defesa cerceada

Intimação manuscrita, que ilustra o caráter gracioso do PAD instaurado.

Alexandre da Silva Dias chegou a ter sua casa arrombada e saqueada, seus móveis quebrados e o inusitado roubo das cadernetas escolares, algo que estampa as digitais dos envolvidos nas falcatruas que denunciou. Diante do PAD ao qual responde, por suposta desídia – que é desmentida categoricamente pelos seus próprios alunos -, ele solicitou o acesso ao livro de ocorrências da escola, o que lhe foi negado, em evidente cerceamento da defesa.
Instaurado em 4 de abril deste ano, o PAD segue caminhos para lá de tortuosos. É ilustrativo do caráter gracioso do PAD a postura da servidora encarregada de presidi-lo, Maria José Silva Nascimento. Na noite de 24 de junho passado, uma sexta-feira, por exemplo, por volta das 20h, em telefonema a Alexandre, ela indagava a este se tinha conhecimento que respondia a um processo administrativo disciplinar. No sábado subsequente, 25, o professor recebeu em sua casa uma notificação manuscrita, comunicando-lhe que deveria se dirigir à Seduc, para inteirar-se das acusações que lhe eram feitas.

No epicentro das falcatruas denunciadas figura o diretor da Escola Olinda Veras Alves, Evanildo Sabino Borges Rodrigues, que é também quem preside o Conselho Escolar. Rodrigues é acusado de não fazer as prestações de contas devidas. Daí resulta não haver transparência na aplicação dos recursos destinados à escola. O que permite mensurar a extensão das falcatruas é a utilização de notas frias, relativas a supostas compras, repassadas pela Prefeitura de Curuçá. As notas foram emitidas por uma certa Alfa Comércios e Serviços, cujo endereço simplesmente inexiste, e cujo CNPJ pertence ao eletricista que prestava serviços à escola. Não por acaso, em dezembro de 2015 o diretor da Escola Olinda Veras Alves, Evanildo Sabino Borges Rodrigues, foi intimado a devolver R$ 5.100,00 aos cofres públicos.

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