O que impressiona, no imbróglio protagonizado
pelo mutismo da direção do ICED, são os argumentos diante das denúncias
envolvendo José Mateus Rocha da
Costa Ferreira, em acintoso desafio ao decoro, em geral, e ao MPF, em
particular, diante do estímulo à transgressão de dispositivos legais. “Essa exigência de DE [Dedicação Exclusiva] para cursar
mestrado e doutorado é conversa fiada, fiz mestrado na UFPA e presenciei, vi
que 90% dos alunos trabalham durante o curso. Ter licença integral para aperfeiçoamento
é sonho hoje em dia”, dispara, por exemplo, um internauta anônimo, na postagem
intitulada “UFPA – A situação do mestrando”. Nada mais
ilustrativo de uma deletéria atmosfera de permissividade que aparentemente
floresce na Universidade Federal do Pará.
Se
a exigência de dedicação exclusiva, para cursar mestrado e doutorado, é inexequível,
conforme alguns alegam - inexplicavelmente abrigados no anonimato -, que seja
suprimida dos editais. Se neles perdura, obviamente deve ser respeitada e não
tratada como letra morta, o que penaliza aqueles que respeitam-na. Afinal, sem
que o poder público cumpra a lei, fica difícil convencer o cidadão a
respeitá-la.
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