Vídeo da reportagem da TV Liberal exibindo a detenção
de Ricardo Albuquerque da Silva, por dirigir alcoolizado.
Um celerado, que tenta pateticamente
desmentir o indesmentível, exibindo um cinismo de corar anêmico, turbinado pela
arrogância de quem aposta na impunidade. Assim, resumidamente, pode ser
descrita a aventura processual protagonizada por Ricardo Albuquerque da Silva,
flagrado pela Polícia Rodoviária Federal, em 2011, dirigindo bêbado, em um
episódio registrado em imagens pela reportagem da TV Liberal, levadas ao ar nas
duas edições diárias do Jornal Liberal. Na época corregedor substituto do
Ministério Público Estadual, apesar das inocultáveis evidências de embriaguez
exibidas quando foi detido pela PRF, ele acabou inocentado, por insondáveis mistérios
divinos, certamente reforçados pelos atalhos do corporativismo e do tráfico de influência.
Do imbróglio resultaram ações civil e criminal movidas contra mim, pelo fato do Blog do Barata
ter noticiado a carraspana de Silva, em postagem de 1º de novembro de 2011, cujo antetítulo,
“Bebum”, foi posteriormente censurado pela Justiça, que também determinou a
supressão de comentários anônimos. O controvertido
procurador de Justiça, porém, não moveu nenhuma ação judicial contra a TV
Liberal, e tampouco o jornal O Liberal,
que repercutiu o vexame de Silva, embora também tenha processado uma cunhada, a
quem acusou de forjar o flagrante, em uma sandice, de contornos algo cômicos,
que a Justiça tratou de sepultar.
O que evidencia a litigância de má-fé, no
caso de Silva, é a desfaçatez do procurador de Justiça em insistir em alegar
tratar-se de balela a acusação de ter sido flagrado dirigindo bêbado, a
despeito das imagens exibidas na reportagem da TV Liberal. Isso certamente
justifica a ironia com a qual trata o assunto o advogado Cadmo Bastos de Melo
Júnior – um profissional de competência, probidade e experiência reconhecidas –
ao fazer minha defesa na ação criminal. Diante
das imagens da reportagem da TV Liberal, Cadmo Bastos Melo Júnior é incisivo. “No
vídeo podemos todos constatar dois detalhes absolutamente precisos e
induvidosos de qual era a condição que a pretensa vítima apresentava naquele
momento. A primeira, de facílima observação, é que ele caminha trôpego ao sair
de seu automóvel do lado do motorista, o que confirma que era ele quem dirigia
o veículo, onde também se constata que ele tinha a voz embrulhada, embargada
mesmo, denotando que ele estava sob efeito de alguma substância entorpecente
naquele lugar e naquele momento, presumivelmente alcóolica”, acentua, cáustico.
“A segunda, e essa é a mais aterradora para alguém que possui o status
socialmente relevante de ‘procurador
de Justiça’, e, portanto, deveria dar o exemplo de conduta pessoal
que a liturgia do seu cargo exige, e que vem concretamente confirmar a primeira,
é que ele saiu de seu automóvel portando em sua mão direita uma garrafa de, de,
de….. whisky!”, ironiza o advogado.
As palavras do advogado Cadmo Bastos Melo Júnior, ao fazer minha defesa,
corroboram a observação feita na postagem que deu origem às ações judiciais
movidas contra mim pelo procurador de Justiça flagrado dirigindo em inocultável
carraspana. “O visível excesso etílico do distinto procurador de Justiça seria
uma questão de consumo interno do cidadão que ele também é se Ricardo Albuquerque
da Silva não estivesse dirigindo, na contramão do bom senso e do respeito a lei
da qual ele, em tese, é fiscal. Com um agravante: qual sua autoridade moral,
após o episódio, para permanecer no cargo de vice-corregedor do Ministério
Público Estadual?”, assinala a postagem de 1º de novembro de 2011. Depois disso,
Silva foi compelido a se exonerar do cargo de vice-corregedor e, revelando-se o
poltrão que todo celerado no fundo é, investiu, graciosamente, contra a própria
cunhada e contra mim. Mas, covardemente, não teve coragem moral de ajuizar
nenhuma ação contra a TV Liberal, que é afiliada da Rede Globo de Televisão, e O Liberal, o segundo jornal de maior
tiragem do Pará.
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