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Na internet, a ironia sobre o episódio que ficou conhecido como "Guerra dos Cabides", corajosamente revelado pelo jornalista Ricardo Noblat. |
Na postagem intitulada “O emprego mais arriscado da República”, o jornalista Ricardo Noblat faz um inventário dos recorrentes surtos coléricos da
presidente Dilma Rousseff, nominando suas vítimas, invariavelmente submetidas a
uma relação de subordinação hierárquica. O que não livrou a “doutora” da justa indignação
de uma camareira do Palácio da Alvorada, Jane, no patético episódio que ficou conhecido
como “Guerra dos Cabides”.
Abaixo, a reprodução integral da postagem de
Ricardo Noblat:
O emprego mais arriscado da República
08/09/2015 - 03h00
Ricardo Noblat
Sabe qual é o emprego mais perigoso de
Brasília?
Qualquer um que obrigue seu ocupante a conviver
diretamente com a presidente Dilma Rousseff. E com uma frequência temerária.
Veja o caso de Francisco Chagas, uma espécie de
administrador do Palácio da Alvora, residência oficial do presidente da
República. É o encarregado de serviços por lá.
Chagas suporta o mau humor de Dilma desde que
ela se elegeu pela primeira vez. Já passou por tudo.
Do caso de uma ema que bicou o cachorro de
Dilma até a gripe contraída recentemente pela mãe da presidente.
Dilma culpou Chagas pela gripe. Gritou com ele.
Reclamou do sistema de ar refrigerado do palácio.
Chagas enfartou há quase 30 dias. Está de
licença médica.
Veja o caso de Renato Mosca, chefe do
cerimonial do Palácio do Planalto. Está de licença médica há 3 meses. Teve um
acidente vascular cerebral. Ganhou cinco pontes de safena.
Segundo os amigos, uma ponte por cada ano
trabalhado ao lado de Dilma, que antes de ser presidente foi chefe da Casa
Civil.
Mosca sempre foi um dos sacos preferidos de
pancada de Dilma. Pagou por isso.
O interino de Mosca é o diplomata Fernando
Igreja. Que outro dia foi repreendido duramente por Dilma diante de um monte de
gente no Palácio do Planalto.
Igreja cometeu a tolice de tentar barrar a
passagem de Dilma para que antes dela passassem atletas paraolímpicos reunidos
em um dos salões do Planalto.
Há pouco mais de um ano e meio, Dilma não
gostou da arrumação de seus vestidos. E, numa explosão de cólera, jogou cabides
em Jane, uma das camareiras do Alvorada. Que, sem se intimidar, jogou cabides
nela.
O episódio conhecido dentro do governo como ‘a
guerra dos cabides’ custou o emprego a Jane. Menos mal que não lhe tenha
custado também a saúde.
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