Helder Barbalho: postura que sepulta expectativas de novos paradigmas. |
Sagaz, habilidoso, carismático, e por isso,
irresistivelmente sedutor, além de despido de escrúpulos políticos. Assim é o
senador Jader Barbalho, o morubixaba do PMDB no Pará e um dos mais diligentes
articuladores do governo Dilma Rousseff no Congresso Nacional, em cujos bastidores
trafega com desenvoltura, para escapar da mídia nacional, pela qual foi
estigmatizado com a pecha de corrupto, na esteira de uma assombrosa e
inexplicável evolução patrimonial, além de figurar no epicentro de dois colossais escândalos.
De Jader Barbalho não se espera nada de
diferente daquilo que permite concluir sua biografia política. Mas, até pela juventude, era de se
esperar algo um pouco mais distinto, para melhor, por parte de seu herdeiro
político, o filho Helder Barbalho, o ministro dos Portos do governo Dilma
Rousseff. Mas, para além da insistência em permanecer no ministério, revelador
do seu jaez, a presença de Pepeca na
Secretaria dos Portos, como secretário executivo, é emblemático do quem seja o
político Helder Barbalho, algo tanto mais assustador diante das chances dele
vir a tornar-se governador do Pará, na sucessão de 2018, beneficiado pelas
desastrosas administrações do notório governador tucano Simão Jatene. Este,
diga-se, também dispensa apresentação e não por acaso foi catapultado para o
proscênio político por Jader Barbalho, como secretário de Ciência e Tecnologia,
no primeiro governo do morubixaba do PMDB no Pará, de 1983 a 1987.
Conclui-se, ao fim e ao cabo, que não
convém cultivar a esperança de novos, embora tímidos, paradigmas. Helder
Barbalho reproduz os padrões oligárquicos e seu desapreço pela defesa dos
interesses públicos. É o novo porta-voz de um velho modus operandi político. A vanguarda do atraso, tanto quanto a tucanalha, a banda podre do PSDB, da qual é ícone Simão Jatene, que tem como ilustre herdeiro Zenaldo Coutinho, o inepto prefeito de Belém.
Mesmo para quem não crê, diante do exposto,
cabe repetir o desabafo do ministro Roberto Barroso, do STF,
o Supremo Tribunal Federal: “Meu Deus do céu! Essa é nossa alternativa de poder!”. Ao que
eu acrescentaria: “Pobre Pará!”
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