quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

SINTEPP – A partilha do poder



Para entender o imbróglio, em cujo epicentro figura a direção do Sintepp, é indispensável entender como se dá a partilha do poder no sindicato, cuja composição da diretoria é definida proporcionalmente a votação obtida na eleição. Assim, apurados os votos na eleição realizada em 2014, a APS, a tendência do PSol, representada na chapa Avançar na Luta, emergiu como a força hegemônica, com 54% dos votos. A APS tem origem na Força Socialista, uma tendência do PT que participou da fundação do PSol, fruto da dissidência petista ocorrida na esteira do escândalo do mensalão, o propinoduto – abastecido com desvios de recursos públicos – através do qual o Palácio do Planalto garantia maioria parlamentar no Congresso Nacional, no primeiro mandato do ex-presidente Lula. Inicialmente a APS teve como expoentes o deputado federal Edimilson Rodrigues e a vereadora de Belém Marinor Brito, ambos fundadores do Sintepp e que passaram a integrar a Unidade Socialista, outra tendência do PSol. Além do coordenador-geral do sindicato, Beto Andrade, são também militantes da APS, dentre outros, a coordenadora da Secretaria de Finanças, Maria da Conceição Holanda Oliveira, mais conhecida como Conceição Holanda; José Mateus Rocha da Costa Ferreira, também coordenador-geral; Mauro da Conceição Borges, coordenador de Secretaria Geral; Maurilo da Silva Estumano, coordenador da Secretaria de Assuntos Jurídicos; José Alacid da Silva, coordenador da Secretaria de Funcionários; Williams Antônio da Silva, coordenador da Secretaria de Comunicação; Ronaldo Oliveira da Rocha, coordenador da Secretaria de Saúde do Trabalhador; e Edilena Pena da Silva, titular do Conselho Fiscal.

Na eleição de 2014 do Sintepp, a oposição, reunidas nas três demais chapas, teve 46% dos votos, o que lhe garantiu representação na diretoria do sindicato, proporcional à votação obtida. Assim, na atual diretoria do Sintepp estão também representados o PT, com Hamilton, Aldo Vasconcelos e Raí; Rosa Zumbi, uma facção do PSol, com Antônio Neto, o Quinha; o Movimento Revolucionário Socialista, com Ovídio Franco; o Movimento dos Professores do Oeste do Pará, de caráter autônomo, com Márcio Pinto; Unidade Socialista, tendência do PSol, com Marco Carrera; PC do B, com Cleber Rezende e Tiago Barbosa; o PSTU, o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados, resultante de outra dissidência do PT, representado por Abel Ribeiro.

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