A nota veiculada no site do sindicato ignora
solenemente questionamentos feitos ao acordo com o governo Simão Jatene, o
principal dos quais ter sido celebrado sem a anuência prévia da categoria e, em
uma polêmica passagem, critica a decisão de prolongar a greve da categoria,
avalizada pela maioria de uma concorrida assembleia geral dos professores. A
direção do Sintepp defende o acordo como a alternativa mais viável, nas
circunstâncias em que se deu. E passa ao largo da crítica de que legitimou os
descontos pelos dias parados na última paralisação da categoria, que apenas
migraram dos contracheques para o pagamento do retroativo de 2015 dos
professores. A nota oficial também desconhece a crítica pelo acordo acatar as
condições impostas para o pagamento das aulas repostas, condicionado a
disponibilidade financeira do governo e aos limites estabelecidos pela Lei de
Responsabilidade Fiscal, no que é interpretado como “o calote anunciado”.
É claro o empenho da direção do Sintepp em
se defender das críticas ao acordo feito com o governo Simão Jatene. Os dirigentes
do sindicato sublinham, na nota oficial, que “precisamos historicizar
o que aconteceu, e o esforço feito para que chegássemos a este acordo, que como
dissemos anteriormente, inclusive na assembleia, não era o acordo desejado por
todos, mas o possível para a suspensão de descontos e ‘limpeza’ das fichas
funcionais”. Não sem antes acentuar que os descontos impostos pelo governo
Simão Jatene ocorreram na esteira da decisão da categoria em prolongar a greve.
A propósito, é dito que “não buscamos aqui responsabilizar setores de nossa
categoria que tenham defendido equivocadamente a continuidade da greve”, o que
soa inusitado, diante dos fatos: prolongar a paralisação foi uma decisão da
maioria dos professores presentes em uma concorrida assembleia geral.
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