Perdura o impasse entre a direção e os
professores da Funbosque, a Fundação Centro de
Referência em Educação Ambiental Escola Bosque Professor Eidorfe Moreira, a
propósito da ampliação da jornada de trabalho, sem a devida contrapartida
salarial. Isto porque a assessoria jurídica da Semec, a Secretaria Municipal de
Educação, entende que a jornada de trabalho só tem início com a presença dos docentes
em sala de aula, ignorando o tempo consumido com os deslocamentos, de ida e
volta, até as unidades pedagógicas na região das ilhas, feitos de barco, o que
exige a presença dos professores em Icoaraci às 7h15, pontualmente. Com isso, a
Funbosque trata como letra morta a figura das horas in itinere, o tempo gasto a disposição do empregador, previsto
em lei.
Disso resultou não dar em
nada a reunião dos professores com a coordenadora pedagógica geral, Roberta
Hage, que fez a interlocução em nome da direção da Funbosque, embora estivesse
previsto que o assunto seria tratado diretamente com a presidente da fundação,
Carol Rezende Alves, cuja gestão é etiquetada de “pífia”, por docentes e
servidores. Segundo relato dos professores, em um primeiro momento Roberta Hage
revelou-se permeável à tese dos docentes, porém recuou, após uma consulta
reservada ao grupo de gestão da Escola Bosque. Previsivelmente insatisfeitos,
os professores ainda não definiram o que fazer, poorém não emitem sinais de que
pretendam acatar passivamente a situação que lhes é imposta. Mas sublinham a
preocupação em não prejudicar seus alunos. “Estamos nos organizando para ver a melhor
maneira de agir. Mas precisamos voltar para nossas escolas, para nossos alunos”,
observa uma professora.
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