Em nota oficial veiculada no site da
entidade, a direção do Sintepp, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação
Pública do Pará, ofereceu sua versão sobre o acordo celebrado com o governo
Simão Jatene suspendendo os descontos na folha mensal dos professores da rede pública
estadual de ensino pelos dias parados na recente greve da categoria. Pelo
acordo, os descontos perduram, mas deixam de incidir nos contracheques dos
professores, migrando para o retroativo do piso salarial de 2015, a ser pago
pelo governo.
O acordo, por acatar os descontos e ter
sido celebrado sem uma convocação prévia da assembleia geral do sindicato,
provocou ácidas críticas contra a direção do Sintepp, atualmente às voltas com denúncias de corrupção, contidas em uma representação anônima
protocolada no MPE, o Ministério Público Estadual. As denúncias surgiram na
esteira das acusações de aparelhamento do sindicato pela APS, Ação Popular
Socialista, uma das tendências abrigadas no PSol, o Partido Socialismo e
Liberdade, na qual militam diversos dirigentes da entidade, inclusive seu
coordenador-geral, Alberto Ferreira de Andrade Júnior, o Beto Andrade,
pré-candidato psolista a prefeito de Ananindeua. O imbróglio suscitou uma nota
de repudio do coletivo SAL, Socialismo, Ação e
Liberdade, outra tendência do PSOL, cobrando uma rigorosa apuração das
denúncias. Concomitantemente, circula na internet uma petição pública online
cobrando da direção do Sintepp que seja instalada uma sindicância, para apurar,
com rigor e isenção, as suspeitas de malversação dos recursos e do patrimônio
da entidade.
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