Na
representação encaminhada ao MPE é sublinhado que as denúncias são de
responsabilidade de “um expressivo grupo de professores, filiados e pertencentes à base da
categoria profissional, que insatisfeitos e duvidosos quanto a condução
administrativa do Sintepp recorreram ao guardião da lei e da moralidade”. Ao
justificar os motivos do anonimato, o “expressivo grupo de professores” é
contundente, atendo-se a constrangedores episódios policiais protagonizados
pelo diretor geral do sindicato, Geraldo Mateus Ferreira, e pela tesoureira,
Conceição Holanda, como ilustrativos do “modus operandi dos diretores do
Sintepp quando contrariados ou questionados”. “Temendo, consequentemente,
represálias que podem acarretar em atentados as nossas integridades físicas e
de familiares, preferimos o anonimato”, fulminam os autores ocultos da
representação. Segundo registros de BOs, boletins de ocorrência, Mateus
Ferreira ameaçou por telefone um ex-funcionário do Sintepp e Conceição Holanda
agrediu um funcionário do sindicato.
Em
off, para não ferir a suscetibilidade de
colegas eventualmente envolvidos no contencioso, três advogados ouvidos pelo Blog do Barata
convergem para conclusões similares. “A representação está bem fundamentada”,
opina um dos advogados, endossado pelos demais. “Algumas das denúncias são
factíveis, não são acusações vagas, enquanto outras dependem de investigações
que o Ministério Público pode implementar”, avalia outro, avalizado pelos
colegas ouvidos. “A representação é trabalho de profissional qualificado; como
evidencia a argumentação exposta para defender, com inegável fundamentação, a
competência do Tribunal de Justiça para julgar o contencioso”, reforça um terceiro advogado,
corroborado pelos dois outros colegas. Os três advogados, também em off, entendem que eventuais lacunas da representação foram
satisfatoriamente supridas no documento no qual os denunciantes rebatem as
alegações da assessoria jurídica do Sintepp.
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