quarta-feira, 21 de maio de 2014

PM – Mototaxista, outra vítima da truculência

Em vídeo, o registro da truculência dos PMs contra Diego.


        É ilustrativo dos efeitos perversos da impunidade, diante da violência policial, o drama protagonizado pelo mototaxista Diego Olegário, 28 anos, também covardemente agredido por PMs, na manhã de sábado passado, 17, na rua Rose Dani, no bairro de Canudos, em Belém. O episódio foi registrado no vídeo acima, originalmente veiculado pelo Diário Online, em notícia que pode ser acessada pelo link http://www.diarioonline.com.br/noticias/para/noticia-286079-mototaxista-e-agredido-por-policiais-militares.html . É possível conferir, pelo vídeo, a indignação de populares que testemunharam a agressão dos bandidos fardados.
        O grotesco, no caso do mototaxista, é que ele foi encaminhado para a delegacia da Terra Firme e, em inocultável abuso de autoridade, enquadrado pelos crimes de desacato e resistência à prisão, segundo relata o Diário Online. Diego, sublinha também a notícia, foi abordado pelos PMs de maneira absolutamente desrespeitosa e chamado de “vagabundo” por um deles. Ele retrucou cobrando respeito do policial, observando que é casado, pai de dois filhos e mototaxista regularizado, filiado a Ampub, a Associação dos Mototaxistas e Profissionais de Motocicleta Unidos de Belém. Trata-se de um trabalhador, dedicado à mulher e aos filhos.
        Observe-se que a acintosa e repulsiva violência policial da qual foi vítima Diego, no bairro de Canudos, sábado passado, se dá muito pouco tempo depois do episódio da vil agressão e posterior sumiço do suposto flanelinha, na rua Henrique Gurjão, bairro do Comércio. Fosse o coronel Daniel Borges Mendes, comandante da Polícia Militar, mais rigoroso diante dos casos de abuso de autoridade na tropa, e os PMs que agrediram Diego, verbal e fisicamente, além de forjarem os crimes de desacato e resistência à prisão, não se sentiriam tão à vontade para perpetrarem a lambança protagonizada.

        Mas o que esperar de uma Polícia Militar cujo próprio comandante reage com leniência diante das suspeitas de assassinato da vítima de uma gratuita e covarde agressão? Isso tudo coonestado por um promotor militar, ao qual falta coragem moral para tornar pública a identidade dos três suspeitos de um crime bárbaro.

3 comentários :

Anônimo disse...

barata muito me espanta esse promotor agir dessa forma já que em outras situaçoes ele tem demostrado agir exemprarmente.

Condoreiro disse...

Os versos de Gregório de Matos caem muito bem nessa situação:

A cada canto um grande conselheiro, / Que nos quer governar cabana e vinha; / Não sabem governar sua cozinha, / E podem governar o mundo inteiro.

Anônimo disse...

Ei eu nao vi socos e pontapes, vcs viram??? O cara foi imobilizado, isso é normal em casos d resistencia, ou sera q o cara ia por livre e espontanea vontade???? E as testemunhas do caso foram na delegacia apoiar o injustiçado???? Botar lenha na fogueira é muito facil...