Antônio Hernandes Torres Júnior (quarto, da esq. para dir.): afastado. |
Favorecimento
a empresas madeireiras, fraudes, corrupção e desaparecimento de processos. Tudo
isso está sob investigação da Polícia Federal, que desde o dia 29 de abril,
cumprindo determinação da Justiça Federal, mantém fechada, com cadeado no
portão e vigilância de 24 horas, a sede da superintendência do Ibama, o Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, em Santarém. O
gerente do Ibama de Santarém, Antônio Hernandes Torres Júnior, foi afastado
temporariamente do cargo. A gerência do órgão no município está sendo ocupada
interinamente por Silvana Cardins.
A
informação é do UOL e pode ser acessada pelo link abaixo:
Em
seguida, a transcrição, na íntegra, da notícia:
Ibama de Santarém sofre intervenção
judicial
Favorecimento
a empresas madeireiras, fraudes, corrupção e desaparecimento de processos. Tudo
isso está sob investigação da Polícia Federal de Santarém, que desde o dia 29
passado, cumprindo determinação da Justiça Federal, mantém fechada, com cadeado
no portão e vigilância de 24 horas, a sede da superintendência do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) naquela
cidade. Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo juiz da 1ª Vara
Federal de Santarém, José Airton Aguiar Portela. Ele decretou sigilo nas
investigações e também na operação da PF, o que pegou de surpresa os servidores
do Ibama.
O gerente do Ibama de Santarém, Antônio Hernandes Torres
Júnior, foi afastado temporariamente do cargo. A gerência do órgão no município
está sendo ocupada interinamente por Silvana Cardins, que deslocou-se de Belém,
após a presidência do órgão em Brasília solicitar a inspeção na sede de Santarém.
O chefe da delegacia da Polícia Federal no município, Olavo Athayde Pimentel,
informou que a operação foi deflagrada com a ajuda da direção do próprio Ibama
local para que não houvesse nenhum problema no cumprimento da ordem judicial.
Fontes ligadas ao judiciário revelaram que a sede permanecerá
lacrada para averiguações até quarta-feira (7). O jornal "O Impacto",
de Santarém, informa que o Ibama também teria sofrido uma intervenção
administrativa para auditoria interna, devido ter sido alvo de denúncias de
desaparecimentos de vários documentos. Dentre os documentos que sumiram da sede
do órgão estão vários processos de Auto de Infração Ambiental (AIA). Quando os
agentes da PF entraram na sede, todas as salas foram vasculhadas em busca dos
papéis.
Como a ordem do juiz José Airton Portela previa busca e
apreensão, os policiais também se deslocaram para as residências de vários
servidores. Computadores, documentos impressos, entre outros materiais, foram
analisados e apreendidos pela PF, assim como servidores foram vistoriados pelos
agentes federais. Desde terça-feira passada ninguém está podendo entrar no
órgão, que teve os portões lacrados com cadeados. Vários advogados e
empresários que se deslocaram para a sede do Ibama à procura dos serviços, tiveram
que retornar. Já os policiais federais dizem que por enquanto o órgão está
fechado e só voltará a funcionar após a conclusão do trabalho da PF.
O superintendente do Ibama no Pará, Hugo Américo Rubert
Schaedler, reforçou que a operação ocorreu de forma conjunta do Ibama com a
Polícia Federal, onde a Corregedoria do órgão levantou diversos processos e
procedimentos que estavam equivocados e que precisam ser apurados. "A
Polícia Federal fez a parte dela na questão judicial. São processos que a gente
não pode falar sobre nenhum tipo de dado porque corre em segredo de
justiça", acrescentou Schaedler.
Ele disse ainda que a ação policial teve a colaboração da
corregedoria do órgão, que abriu as portas para que fossem encontrados os
documentos arrolados no processo. A busca judicial, informou, acabou depois que
a PF cumpriu na terça-feira, os mandados de busca e apreensão. Ele declarou que
o Ibama está fazendo administrativamente um procedimento de correção, onde são
levantados outros procedimentos que precisam ser corrigidos.
"Pessoas de Belém e de outros estados vão passar 30 dias
aqui em Santarém fazendo os levantamentos desses processos. Na medida do
possível será restabelecido o atendimento ao público e se alguém tiver de ser
penalizado, não mediremos esforços para punir", enfatizou o
superintendente.
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