sábado, 3 de maio de 2014

MPE – Pusilanimidade e desfaçatez

        Impressiona, na manifestação de Ítalo Costa, o despudor com o qual o promotor de Justiça exibe sua inocultável pusilanimidade. Diante do exposto, soa inevitável a ilação de que o comentário anônimo, questionando o inusitado e servil mutismo da Ampep no episódio envolvendo o promotor de Justiça Alexandre Couto, serviu apenas de álibi para Ítalo Costa pretender minimizar a tramóia patrocinada pelo procurador-geral de Justiça. De resto, ele ainda tenta justificar o injustificável, que é o mutismo da Ampep, em versão que tem o efeito de um bumerangue, ao voltar-se contra o próprio Costa e aqueles a quem pretende defender.
        Soa fatalmente a estultícia, turbinada pela má-fé, pretender resumir a uma mera “conotação administrativa” o episódio que levou o promotor de Justiça Alexandre Couto a entrar em rota de colisão com o procurador-geral de Justiça, Marcos Antônio Ferreira das Neves, no rastro da tramóia por este patrocinada ao contratar, à margem da lei, a Fundação Carlos Chagas, com dispensa de licitação. A lambança do procurador-geral de Justiça é tão evidente, tão escandalosa, que até o CNMP, o Conselho Nacional do Ministério Público, a despeito do seu notório corporativismo, inclina-se, a concluir dos votos já antecipados, a revogar a contratação da Fundação Carlos Chagas com dispensa de licitação. O surreal é o relator do processo, conselheiro Alexandre Saliba, defender a instalação de um PAD contra o promotor de Justiça Alexandre Couto, a pretexto de que este teria sido desrespeitoso com o procurador-geral de Justiça, ao acusá-lo de burlar intencionalmente a lei.

        Mas o que esperar da diretoria de uma entidade representativa de uma categoria que precisa ser acionada para se solidarizar com um associado eventualmente fragilizado? Não surpreende, assim, que os dirigentes da Ampep, como é próprio dos arrivistas, calem-se no caso do promotor de Justiça Alexandre Couto, porque este litiga com o procurador-geral de Justiça, Marcos Antônio Ferreira das Neves, e Samir Tadeu Moraes Dahás Jorge conta com este para ser reeleito presidente da associação.

4 comentários :

Anônimo disse...

Fantástica a matéria Barata! Sabes falar melhor da AMPEP do que os pobres associados!! Vale apenas uma retificação, qual seja, Samir quer eleger seu sucessor, que é Manoel Murrieta...

Anônimo disse...

Esse candidato deve ser da Construtora Leal Moreira "tem nome e sobrenime". Kkkkkk.

Anônimo disse...

Os membros não podem pedir socorro à sua associação (AMPEP)! A AMPEP precisa ser vista como uma associação séria e não mais como um comitê eleitoral da Procuradoria-Geral de Justiça... Esse é o momento SAMIR JORGE!!

Anônimo disse...

No dia 06 de maio o CNJ vai julgar o caso do juiz Mairton dizem que um político da terra que deve favores ao juiz está se mobilizando para que mairton não seja julgado.De olho neles CNJ, o Mairton precisa ser julgado e punido.