A propósito de um comentário anônimo, a respeito da entrevista que concedeu ao Blog do Barata, recebi do jornalista Guilherme Barra (foto) o esclarecimento que abaixo reproduzo.
“Augusto, um dos comentários a minha entrevista em teu Blog do Barata, acredito que o blog de jornalista mais acessado de Belém, conforme os números registrados na home, lembra que 'órgão de imprensa é uma empresa que no final do mês precisa pagar salários, impostos e insumos. Jornalista sem visão comercial é coisa do passado muito passado'. Não quero polemizar, mas o comentário do anônimo merece uns reparos. Eu não disse que 'órgão de imprensa' não precisa faturar, mas que em primeiro plano está o faturamento publicitário por obra do domínio hoje das redações pelo comercial, o que é indesmentível. Discordo totalmente que jornalista precisa de visão comercial. Nem no passado, nem no presente. Visão comercial é para o dono do jornal e aí acho que o anônimo misturou as bolas, pois nem todo jornalista é dono de jornal e vice-versa. Um exemplo, o Diário do Pará, onde eu militei por mais anos: nenhum dos donos é jornalista. O principal deles, o diretor-presidente, é formado em Administração. Jornalista tem que se preocupar com a notícia, com a informação, com a credibilidade, ética e outros itens essenciais à sua profissão, como escrever bem. 'Relacionar o fator comercial com credibilidade também é perigoso'. Alguém em Belém nos últimos cinco ou seis anos já viu ou leu alguma notícia que vá de encontro aos interesses de grandes conglomerados empresariais, por exemplo? E por último: não tenho procuração do Lúcio Flávio nem tua. Mas, não há dúvida que vocês se mantêm como jornalistas independentes não por não aceitarem 'propaganda', mas porque vivemos em uma cidade de muro baixo. Do contrário, vocês não poderiam tecer críticas ou comentários do que acham pertinentes sobre grandes empresas, governos, por exemplo. Entendeu? Agora, que é muito melhor fazer o que gosta com ética, responsabilidade, ser bem informado e não ter rabo preso, ah, isso é.”
“Augusto, um dos comentários a minha entrevista em teu Blog do Barata, acredito que o blog de jornalista mais acessado de Belém, conforme os números registrados na home, lembra que 'órgão de imprensa é uma empresa que no final do mês precisa pagar salários, impostos e insumos. Jornalista sem visão comercial é coisa do passado muito passado'. Não quero polemizar, mas o comentário do anônimo merece uns reparos. Eu não disse que 'órgão de imprensa' não precisa faturar, mas que em primeiro plano está o faturamento publicitário por obra do domínio hoje das redações pelo comercial, o que é indesmentível. Discordo totalmente que jornalista precisa de visão comercial. Nem no passado, nem no presente. Visão comercial é para o dono do jornal e aí acho que o anônimo misturou as bolas, pois nem todo jornalista é dono de jornal e vice-versa. Um exemplo, o Diário do Pará, onde eu militei por mais anos: nenhum dos donos é jornalista. O principal deles, o diretor-presidente, é formado em Administração. Jornalista tem que se preocupar com a notícia, com a informação, com a credibilidade, ética e outros itens essenciais à sua profissão, como escrever bem. 'Relacionar o fator comercial com credibilidade também é perigoso'. Alguém em Belém nos últimos cinco ou seis anos já viu ou leu alguma notícia que vá de encontro aos interesses de grandes conglomerados empresariais, por exemplo? E por último: não tenho procuração do Lúcio Flávio nem tua. Mas, não há dúvida que vocês se mantêm como jornalistas independentes não por não aceitarem 'propaganda', mas porque vivemos em uma cidade de muro baixo. Do contrário, vocês não poderiam tecer críticas ou comentários do que acham pertinentes sobre grandes empresas, governos, por exemplo. Entendeu? Agora, que é muito melhor fazer o que gosta com ética, responsabilidade, ser bem informado e não ter rabo preso, ah, isso é.”
5 comentários :
Guilherme Barra: mais uma vez você foi preciso. Você deveria escrever mais. Seus comentários só enriquecem qualquer espaço.
Muito feliz o esclarecimento do jornalista. A matéria prima do jornalista é o fato, o cotidiano, que deve ser pintado com a cor da verdade, da ética. Jornalista que coloca interesse comercial, possui outro "ista", ou seja: chantagista. O jornalista quando honesto e comprometido com a realidade, não apenas informa, mas também forma (como fazem o Lúcio e Tu), levando o leitor a integrar-se à realidade e sobre ela opinar.
Profissional por direito, cria do Jornal do Comércio de Manaus, do tempo do Baraúna, em 1967, compartilho a idéia de Guilherme. Hoje em Guanambi – Bahia, no meu virtual e irá para o impresso Vanguarda Bahia, peço que ele e Augusto acessem o www.vanguardabahia.com.br onde ousei postar esta sensata entrevista.
Sim... brilhante Guilherme Barra.
Excelente o posicionamento do Mestre Barra.
Gente competente e séria é coisa bem diferente do que costumamos ver todo dia na Imprensa Paraense.
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