segunda-feira, 4 de abril de 2016

DEBOCHE – Para barrar o impeachment, vale tudo. Até Pepeca comandar a Antaq, patrocinado por Jader

Luiz Otávio: no comando da Antaq, apesar do passado desabonador...
...relevado por Jader, que quando governador mandou prendê-lo.

Luiz Otávio de Oliveira Campos, o popular Pepeca, ser secretário executivo da Secretaria dos Portos, comandada por Helder Barbalho, soa a escárnio, diante da vida pregressa do apadrinhado político do senador Jader Barbalho, o morubixaba do PMDB no Pará e aliado do governo Dilma Rousseff. Torná-lo diretor-geral da Antaq, a Agência Nacional de Transporte Aquaviário, é emblemático da falência do decoro que medra com vigor no Palácio do Planalto, diante da ameaça de impeachment da presidente, à beira de um ataque de nervos, segundo revela a revista ISTOÉ.
Em sua mais recente edição, a revista Veja trata de resgatar os antecedentes de Luiz Otávio de Oliveira Campos, o Pepeca. Ex-vereador de Belém, ex-deputado estadual e ex-senador - eleito em 1998 pelo PRB, atual PP, sob o patrocínio do ex-governador tucano Almir Gabriel, já falecido -, em 2012 ele foi condenado pela Justiça Federal do Pará por suspeitas de desvio de recursos públicos da ordem de R$ 12 milhões, em valores corrigidos para os dias atuais.
“O caso investigado pelo Ministério Público Federal remete ao ano de 1992, quando Campos era coordenador do Grupo Rodomar. Segundo a denúncia da procuradoria, a empresa conseguiu um financiamento do BNDES, no Banco do Brasil, para construir treze balsas para o Estaleiros Bacia Amazônica (Ebal)”, recorda Veja. “O problema é que as embarcações nunca foram construídas e o dinheiro foi embolsado para pagar dívidas da companhia. O esquema teria contado com a participação de funcionários da Ebal e do Banco do Brasil, que também receberam uma porcentagem das fraudes.”
De acordo com as investigações, para driblar a fiscalização, os envolvidos chegaram ao ponto de mostrar aos fiscais balsas velhas pintadas como se fossem novas, recorda também Veja. “Luiz Otávio Campos foi apontado como um dos chefes do esquema. Funcionários da Rodomar, que eram réus também no processo, relataram, em depoimento, que cometeram as irregularidades a mando do ex-senador. Segundo inquérito, foi Campos quem assinou as treze escrituras públicas de construção, compra e venda das balsas, cuja ‘falsidade ele conhecia’”, assinala a reportage,, para então arrematar: “Campos foi condenado a 12 anos de prisão em regime fechado e a pagamento de multa. Em 2013, enquanto recorria da sentença em liberdade, a punição prescreveu e ele nunca chegou a pisar em uma penitenciária.”

O toque de ironia fica por conta da História. Quando assumiu o governo do Pará pela segunda vez, em 1991, Jader Barbalho esteve por traz da prisão de Luiz Otávio Campos, que foi inclusive algemado, sob a acusação de falcatruas em sua passagem pela Secretaria de Estado de Transportes, na administração do ex-governador Hélio Gueiros, na época rompido com o morubixaba do PMDB no Pará, com o qual se reconciliaria posteriormente. “Luiz Otávio não só foi algemado como colocado num camburão da Polícia Militar, quando se encontrava em roupas íntimas”, relatou o jornalista Antônio José Soares, em matéria veiculada pelo UOL, em 20 de fevereiro de 2002.

Um comentário :

Anônimo disse...

Essa aí é o novo círculo de amizade do Sargentão e da turma do PSOL. Kkkkkkkkkkk