Embutiria um ardil a transferência desta
sexta-feira, 22, para a sexta-feira da próxima semana, 29, da assembleia geral
convocada pela direção do Sintepp, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do
Estado do Pará, para discussão do acordo selado com o governo
Simão Jatene. Isto, pelo menos, é o que vislumbram os críticos do acordo, que
faz migrar dos contracheques para o pagamento do retroativo do piso salarial de
2015 dos professores da rede pública estadual de ensino o desconto pelos dias
parados durante a recente greve da categoria. Livre dos descontos diretamente
no contracheque do mês – em alguns casos feitos de forma abusiva, segundo recorrentes
denúncias -, e às voltas com o pagamento de janeiro, a categoria estaria desmotivada,
secundarizando inclusive um problema avaliado como dramático, que é a reposição
das aulas, sem a garantia de contrapartida salarial imediata. É que, pelo
acordo, o pagamento pela reposição das aulas estará condicionado a
disponibilidade de caixa do governo e aos limites impostos pela Lei de
Responsabilidade Fiscal.
A direção do Sintepp ter celebrado o
acordo, sem o prévio aval da categoria, em assembleia geral, provocou ácidas
críticas de parcela dos professores. A esta parcela deu voz uma respeitada
liderança entre os professores, o presidente da Asconpa, a Associação dos
Concursados do Pará, José Emílio Almeida, cuja crítica repercutiu intensamente
nas redes sociais. “O Sintepp cometeu mais uma insensatez ao assinar, nesta
quinta-feira (14 de janeiro), acordo com o governo do estado, sem antes
apresentar proposta para ser discutida pela categoria, da qual eu faço parte”,
disparou ácido, no Facebook. “Apenas dirigentes do sindicato participaram da
reunião, que finalizou com a aprovação de uma proposta espúria feita pelo
governo”, acrescentou, corrosivo. O acordo também livra os dirigentes sindicais
de ações penais ajuizadas pelo governo, o que foi interpretado como um casuísmo,
introduzido à margem das prioridades da categoria e destinado a beneficiar o
coordenador-geral do Sintepp, Alberto Ferreira de Andrade Júnior, o Beto
Andrade, pré-candidato a prefeito de Ananindeua pelo PSol, o Partido Socialismo
e Liberdade, que assim livra-se dos rigores da Lei da Ficha Limpa. Beto
Andrade é militante da APS, Ação Popular Socialista, tendência abrigada no
PSol, acusada de aparelhar o Sintepp e associada às denúncias de malversação dos recursos e do patrimônio da entidade, segundo
representação protocolada no MPE, o Ministério Público do Estadual.
5 comentários :
Essa gente do Sintepp não toma vergonha na cara mesmo. Sempre agindo com impertinência e soberba. Não sei como os professores aturam tanta mal feitura.
Parece que eleição é tudo pra essa turminha de corruptos. Eles fecharam acordo só pra poder liberar a candidatura combalida do Beto Andrade Cunha....
Sou professor, fiz greve e reconheço que fomos derrotados pelo Governo Jatene e também por falta de força de todos nós. Mas não culpo a coordenação do Sintepp (que é composta por todas as “forças” políticas) e nem a assessoria jurídica.
Vejo esse acordo não como algo positivo, porém, necessário, como último instrumento. E por isso farei a reposição e compensação. EU NÃO VOU ASSINAR O REQUERIMENTO expressando a não concordância com acordo, assim previsto:
“Os professores que não desejarem que a compensação seja promovida deverão protocolar requerimento administrativo junto à SEAD, afirmando expressamente a sua não concordância com o presente acordo em até 30 (trinta) dias a contar da assembleia geral, realizada na forma desta cláusula”. (Parágrafo único, cláusula 6ª)
QUEM FOR CONTRA ESSE ACORDO É SÓ ASSINAR O REQUERIMENTO, SIMPLES ASSIM.
PEDE PRO QUINHA DA FARINHA PRA ASSINAR O REQUERIMENTO. PRA VER SE ELE ASSINA.
Mateus Ferreira vai a missa mas adora agredir professor com cadeiradas, Conceição Holanda adora beber com dinheiro da categoria e dá tapa na cara do funcionário Aguinaldo Soares e o próprio Aguinaldo Soares adora agredir professores, como CAPATAZ, a mando da direção majoritário.
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