FUNBOSQUE – Impunidade alimenta sucateamento

Na leitura dos professores da Funbosque, o sucateamento da fundação está diretamente relacionado a um sentimento de impunidade, que deriva do imobilismo dos órgãos de fiscalização e, em particular, da inércia do MPE, o Ministério Público Estadual. “A certeza da impunidade e o desprezo dos órgãos de fiscalização, como o Ministério Público Estadual, são tão evidentes na administração de Carol Rezende Alves e daqueles que a antecederam, como Fernando Queiroz, que a lentidão e promessas não cumpridas foram sua marca maior, apesar de inúmeras denúncias, fotos, fatos, depoimentos e reuniões que evidenciavam a gravidade da situação” , desabafa uma professora. A propósito, convém recordar, o procurador-geral de Justiça, Marcos Antônio Ferreira das Neves, o Napoleão de Hospício, mantém estreitos vínculos com a tucanalha, a banda podre do PSDB, da qual são expoentes o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, e  seu avalista político-eleitoral, o governador Simão Jatene.

Há um consenso, no corpo docente da Funbosque, de que o sucateamento da fundação foi levado ao paroxismo na administração Zenaldo Coutinho, e chegou ao seu ápice na gestão de Carol Rezende Alves, presidente da fundação, cuja maior credencial, dizem, é ser militante histórica do PSDB, além do que é ironicamente denominado de “dom divino”. As críticas a Carol Rezende Alves, etiquetada de “despreparada” e “carente das qualificações que seu cargo exige”, se estendem a Roberta Hage, coordenadora pedagógica geral, definida como “porta voz arrivista” de uma gestão pontuada por “medidas paliativas, contratos descabidos e perseguição implacável aos que ousam apontar seus graves tropeços administrativos”. “Disso resulta o cenário de terra arrasada com o qual nos deparamos”, desabafa outra professora.