“Ou
restaure-se a moralidade, ou locupletemo-nos todos!”
Cunhado
pelo jornalista Millôr Fernandes, mais do que nunca o célebre chiste perdura atual,
atualíssimo. Como evidencia, convém acentuar, a decisão do colégio de procuradores
do MPE, o Ministério Público do Estado do Pará, ao aprovar, por 15 votos a 9, a
criação de 185 cargos comissionados, por proposta do procurador-geral de
Justiça, Marcos Antônio Ferreira Neves. Em tese, o
anteprojeto de lei de criação de 185 novos cargos comissionados será submetido a votação pela Alepa, a Assembleia
Legislativa do Pará, cujo PCCR, o Plano de Cargos, Carreira e
Remuneração, declarado inconstitucional pelo MPE, perdura em vigor, sob o
silêncio cúmplice do próprio Ministério Público Estadual.
Realizada
em um clima tenso, depois de um jogo de pressão e contra-pressão a reunião pôde
ser acompanhada pelos representantes da Asconpa, a Associação dos Concursados
do Pará, Sisemppa, do Sindicato dos
Servidores do Ministério Público do Estado do Pará, e da Asmip, a Associação
dos Servidores do Ministério Público do Estado do Pará. O procurador-geral de
Justiça, porém, indeferiu o requerimento protocolado pela Asconpa, solicitando o direito de seu representante fazer
sustentação oral prévia sobre a proposta de criação dos 185 cargos
comissionados.
A
reunião teve passagens algo hilárias. Como, por exemplo, a manifestação do
procurador de Justiça Ricardo Albuquerque da Silva, depois que tocou o celular
do presidente da Asconpa, José Emílio Almeida, que acompanhava a votação do anteprojeto de lei, embora convalescendo de duas
delicadas cirurgias. De imediato, ao ver Emílio manipulando o aparelho –
exatamente para desligá-lo, como explicou posteriormente o presidente da Ascopa
–, o procurador de Justiça vociferou, elevando o tom, que era vedada a gravação
e/ou filmagem da reunião. E que ele, Ricardo Albuquerque da Silva, não
permitiria a veiculação de sua imagem. Ricardo Albuquerque da Silva vem a ser o
procurador de Justiça que, em fins de outubro de 2011, foi flagrado pela
Polícia Rodoviária Federal dirigindo seu carro, apesar das inocultáveis evidências de embriaguez. As imagens exibidas pela TV Liberal, no Jornal Liberal 1ª Edição, de 31 de
outubro de 2011, uma segunda-feira, falam por si. Na época, o procurador de
Justiça era vice-corregedor do Ministério Público Estadual, conforme relata postagem
do Blog do Barata, veiculada em 1º de novembro de
2011, que pode ser acessada pelo link abaixo:
8 comentários :
Se vale pra ALEPA todo Projeto de Lei que cria despesa ser inconstitucional imaginem para o Ministério Publico que nem é tido como Poder.
Alô Simão Preguiça assume esta empreitada em ano eleitoral.
Depois que a ALEPA, via Pastor, travestido de politico criou a famigerada Verba de Gabinete (porque o Senado é assim) para contratar Secretários Parlamentares em níveis salariais de 01 a 14 definindo a base salarial desses secretários que são comissionados e regidos, portanto pelo RJU, que aplica cominações legais na base salarial, onde em épocas subtraíram-se essas cominações e seria caso de Justiça, toda esfera do Poder passou a criar cargos comissionados em detrimento dos efetivos.
Essa Verba de Gabinete para fazer contratações de servidores é fragorosamente inconstitucional estando indo de encontra com os ditames da Carta Magna brasileira.
Esse senhor, Ricardo Albuquerque, já se declarou candidato a PGJ. Se, enquanto vice-corregedor, este ilustre representante da classe já fez o que fez ébrio, imagina sentando na cadeira de PGJ, ele vai marchar sobre a lei... Pena dos servidores do MP caso esta figura se eleja...
Perguntei ao Augusto se o chiste a respeito de restaura-se a moralidade não era de Stanislaw Ponte Preta. Ele postou Millor Fernandes, qual o correto?
O correto é Stanislaw Ponte Preta, cujo nome era Sérgio Porto.
eu vou procurar urgentemente me casar com a filha de algum membro do Ministério Publico do Pará, pq só assim consigo entrar como servidor desse órgão..ESTUDAR NÃO COMPENSA!
Iure, teus pais são senadores? São deputados? São pelo menos vereadores? Então, filho, tire o cavalo da chuva!
Essa votação começou assim: Colegas vamos aprovar por 15 votos a favor 9 contra. Agora vamos fazer o sorteio pra ver quem vai se queimar com a sociedade votando a favor. Fez-se o sorteio e aí está o resultado. Bando de pilantras!
Historicamente o MP foi marcado por bondades na admissão não só de membros como de funcionários. Este Procurador de nome Ricardo Albuquerque outrora conhecido como Dick Crazy, já se envolveu em situações complicadíssimas que graças a sua condição de acima da lei nada aconteceu. Porem o mesmo é motivo de pilhéria e gozação por seu pares devido as insanidades e absurdos partidos do mesmo.
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