Se
confirmadas as versões de bastidores, Marcus Vinícius Henriques Brito, o líder
da dissidência que esfarinhou a unidade do atual conselho desponta, se isso é
possível, como uma versão caricata do folclórico Odorico Paraguaçu, o fictício prefeito da imaginária Sucupira, personagem imortalizado na TV
pelo ator Paulo Gracindo e que brotou da imaginação do dramaturgo Dias Gomes.
Ele é descrito como um profissional de parca substancia, mas obsessivamente
vaidoso, resvalando para a arrogância, a qual é debitada a antipatia, que
frequentemente inspiraria não só em parcela expressiva dos seus alunos, mas
também, e particularmente, em um respeitável contingente dos próprios colegas
de profissão. A seu ego, avaliado como “colossal”, debita-se a dissidência que
lidera, no rastro da qual é acusado de se mover não balizado por princípios, mas
por uma “vaidade patológica”. Testemunhas do imbróglio relatam que ao postular
sua eleição para presidente, Brito não apresentou aos seus pares uma proposta,
mas um ultimato, com a arrogância própria daqueles que, em sua insana soberba,
disseminam a cizânia, movidos por ambições menores.
Mais
hilário, se confirmada a versão corrente, seriam os motivos que,
preponderantemente, fariam Brito postular a presidência do CRM. Ele teria
assumido, como sua maior motivação para postular o cargo, o desejo de comandar
o conselho para poder subscrever o registro profissional dos seus dois filhos,
que se formam em medicina. A filha, ao que consta, forma-se agora, em meados do
ano, pela UEPA. E o filho no final do ano, pelo Cesupa, o Centro Universitário
do Estado do Pará. Se verdadeiros os relatos nesse sentido, estaremos diante de
uma exacerbada manifestação de patrimonialismo, com a proverbial promiscuidade
entre o público e o privado levada ao paroxismo. Em assim sendo, pode-se dizer
que Sucupira é aqui! E que, em realidade, Odorico Paraguaçu não só existe, como
circula entre nós sob o codinome de Marcus Vinícius Henriques Brito.
2 comentários :
A dupla Marcus e Cordero? Nooossa! Haja espaço para tanta arrogância.
Haja espaço é para tanta necessidade de cargo.
Postar um comentário