quarta-feira, 31 de julho de 2013

CRM – Constrangimento ético


        Como as ações judiciais nas quais são réus, acusados de improbidade administrativa, ainda não transitaram em julgado, José Antonio Cordero da Silva e Amaury Braga Dantas (foto) obviamente merecem o benefício da dúvida. Mas a condição de réu de ambos, por suspeita de corrupção, cria um evidente constrangimento ético. Tanto mais porque a palavra de ordem da chapa 1 proclama o suposto compromisso de seus integrantes precisamente com princípios éticos, em um descompasso entre o discurso e a prática. Na verdade, essa contradição precede a própria eleição, diante do status de ambos como atuais conselheiros do CRM, dos quais é lícito exigir que, como a mulher de César, não apenas sejam sérios, mas que também pareçam sérios. Uma exigência que aparentemente o corporativismo atropelou nas eleições passadas e volta a sepultar agora, com o agravante, na atual disputa, de que a chapa de ambos desfralda justamente a bandeira da ética. De resto, a situação fatalmente soará ainda mais contraditória, do ponto de vista ético, se confirmados os rumores de que, na eventualidade de vitória da chapa 1, José Antonio Cordero da Silva seria novamente o 1º tesoureiro do CRM. Essa boataria ressuscitou o constrangimento provocado entre alguns conselheiros, por ele ter exercido esse cargo, ao mesmo tempo em que é suspeito de improbidade administrativa, a quando do primeiro mandato da atual presidente da CRM, mesmo Maria de Fátima Guimarães Couceiro sendo, reconhecidamente, uma profissional de competência e probidade comprovadas.

        José Antonio Cordero da Silva é ex-reitor da UEPA, a Universidade do Estado do Pará, da qual foi também vice-reitor, na gestão do ex-reitor Fernando Antônio Colares Palácios – réu, como o próprio Cordero da Silva, na mesma ação judicial movida por improbidade administrativa -, e seu currículo eleitoral inclui uma recente derrota, na eleição para o CFM, o Conselho Federal de Medicina. Amaury Braga Dantas foi secretário municipal de Saúde na administração do ex-prefeito Edmilson Rodrigues, então no PT e hoje deputado estadual pelo PSol, legenda pela qual disputou as eleições de 2012 para a Prefeitura de Belém, sendo derrotado pelo então deputado federal Zenaldo Coutinho, o candidato do PSDB. Edmilson Rodrigues – eleito prefeito em 1996 e reeleito em 2000, ambas as vezes no segundo turno – também é réu, tal qual Amaury Braga Dantas, na mesma ação judicial, na qual são acusados de improbidade administrativa.

6 comentários :

Anônimo disse...

Quem lhe informou sobre o caráter da Dra. Fátima Couceiro realmente não sabe nada do que acontece no prédio da Generalíssimo Deodoro.
É claro que não foi divulgado o que ela fez de errado quando na presidência no CRM . Ela é grosseira com os servidores, antipatizada por todos e promoveu perseguição e assédio moral a servidor que ela não gostava. Foi aberto processo no TRT e a "panelinha" que se formou na administração dessa Fátima Couceiro tratou de apresentar testemunhos falsos e montar documentos fraudulentos para tentar sujar a ficha funcional desse servidor. Claro que o servidor perdeu a ação que movia. Agora ela posa de presidente do CRM "limpa" e honesta???????
Mais cuidado com quem pretendemos adjetivar de honestos!

Rodrigo Monteiro disse...
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Anônimo disse...

Fátima Couceiro sempre foi competente e honesta. Ninguem deve ter paciencia com funcionario desqualificado e incompetente. Ninguém tem. Só que nao tem compromisso com a instituicao.

Anônimo disse...

Anônimo das 18:48 talvez você não saiba mas a ex servidora citada, como namorada do ex presidente Cordero, é que não se conformava com o fim de suas regalias e alegou assédio moral. Perdeu no TRT porque não tinha razão.

Anônimo disse...

A tal dissidência que levou à formação da chapa 1 não passou de que a maior parte dos conselheiros atuais não aceitava Marcos Vinicius e José Antonio Cordero para liderar a chapa. Sintomático, como dizem os médicos.

Anônimo disse...

Nada disso, anônimo de 2 de agosto de 2013 13:19, tá falando sobre o que não sabe. Perdeu no TRT porque a honesta Presidente do CRM, Fátima Couceiro, montou um processo disciplinar falso contra a servidora com a subserviência do Antonio Córdero que assinou embaixo com data retroativa. Isso é fraude! Não pôde ser desmentida porque funcionários do órgão ficaram com medo de também perderem seus empregos se fossem depor contra o CRM.