Como
as ações judiciais nas quais são réus, acusados de improbidade administrativa,
ainda não transitaram em julgado, José Antonio Cordero da Silva e Amaury Braga Dantas (foto) obviamente
merecem o benefício da dúvida. Mas a condição de réu de ambos, por suspeita de
corrupção, cria um evidente constrangimento ético. Tanto mais porque a palavra
de ordem da chapa 1 proclama o suposto compromisso de seus integrantes precisamente com
princípios éticos, em um descompasso entre o discurso e a prática. Na verdade,
essa contradição precede a própria eleição, diante do status de ambos como atuais
conselheiros do CRM, dos quais é lícito exigir que, como a mulher de César, não
apenas sejam sérios, mas que também pareçam sérios. Uma exigência que
aparentemente o corporativismo atropelou nas eleições passadas e volta a
sepultar agora, com o agravante, na atual disputa, de que a chapa de ambos
desfralda justamente a bandeira da ética. De resto, a situação fatalmente soará
ainda mais contraditória, do ponto de vista ético, se confirmados os rumores de
que, na eventualidade de vitória da chapa 1, José Antonio Cordero da Silva seria
novamente o 1º tesoureiro do CRM. Essa boataria ressuscitou o constrangimento provocado
entre alguns conselheiros, por ele ter exercido esse cargo, ao mesmo tempo em
que é suspeito de improbidade administrativa, a quando do primeiro mandato da
atual presidente da CRM, mesmo Maria de Fátima Guimarães Couceiro sendo,
reconhecidamente, uma profissional de competência e probidade comprovadas.
José
Antonio Cordero da Silva é ex-reitor da UEPA, a Universidade do Estado do Pará,
da qual foi também vice-reitor, na gestão do ex-reitor Fernando Antônio Colares
Palácios – réu, como o próprio Cordero da Silva, na mesma ação judicial movida
por improbidade administrativa -, e seu currículo eleitoral inclui uma recente
derrota, na eleição para o CFM, o Conselho Federal de Medicina. Amaury Braga
Dantas foi secretário municipal de Saúde na administração do ex-prefeito
Edmilson Rodrigues, então no PT e hoje deputado estadual pelo PSol, legenda
pela qual disputou as eleições de 2012 para a Prefeitura de Belém, sendo
derrotado pelo então deputado federal Zenaldo Coutinho, o candidato do PSDB.
Edmilson Rodrigues – eleito prefeito em 1996 e reeleito em 2000, ambas as vezes
no segundo turno – também é réu, tal qual Amaury Braga Dantas, na mesma ação
judicial, na qual são acusados de improbidade administrativa.
6 comentários :
Quem lhe informou sobre o caráter da Dra. Fátima Couceiro realmente não sabe nada do que acontece no prédio da Generalíssimo Deodoro.
É claro que não foi divulgado o que ela fez de errado quando na presidência no CRM . Ela é grosseira com os servidores, antipatizada por todos e promoveu perseguição e assédio moral a servidor que ela não gostava. Foi aberto processo no TRT e a "panelinha" que se formou na administração dessa Fátima Couceiro tratou de apresentar testemunhos falsos e montar documentos fraudulentos para tentar sujar a ficha funcional desse servidor. Claro que o servidor perdeu a ação que movia. Agora ela posa de presidente do CRM "limpa" e honesta???????
Mais cuidado com quem pretendemos adjetivar de honestos!
Fátima Couceiro sempre foi competente e honesta. Ninguem deve ter paciencia com funcionario desqualificado e incompetente. Ninguém tem. Só que nao tem compromisso com a instituicao.
Anônimo das 18:48 talvez você não saiba mas a ex servidora citada, como namorada do ex presidente Cordero, é que não se conformava com o fim de suas regalias e alegou assédio moral. Perdeu no TRT porque não tinha razão.
A tal dissidência que levou à formação da chapa 1 não passou de que a maior parte dos conselheiros atuais não aceitava Marcos Vinicius e José Antonio Cordero para liderar a chapa. Sintomático, como dizem os médicos.
Nada disso, anônimo de 2 de agosto de 2013 13:19, tá falando sobre o que não sabe. Perdeu no TRT porque a honesta Presidente do CRM, Fátima Couceiro, montou um processo disciplinar falso contra a servidora com a subserviência do Antonio Córdero que assinou embaixo com data retroativa. Isso é fraude! Não pôde ser desmentida porque funcionários do órgão ficaram com medo de também perderem seus empregos se fossem depor contra o CRM.
Postar um comentário