SEDUC – Nilsinho, o pavão de subúrbio

O mais grave, segundo os relatos de bastidores, é que, por osmose, Nilson Pinto transmutou-se em Nilsinho, inclusive no deslumbramento, traduzido em uma arrogância, que mais do que nunca, foi levada ao paroxismo. Um condimento algo explosivo para quem, como ele, parece jamais ter convalescido da origem humilde, que deveria orgulhá-lo, mas que, no seu caso, é motivo de constrangimento. Por isso, de acordo com recorrentes relatos, a postura de “pavão de subúrbio”, da qual deriva o autoritarismo presunçoso, que leva o secretário estadual de Educação a esquecer que compustura não requer regras, bastam modos.
Explica-se, a partir desses relatos, o porquê da postura, no limite da molecagem, assumida por Nilsinho na audiência na qual recebeu a comissão da Asconpa. O contingente mobilizado pela entidade é expressivo demais para o governo Simão Jatene ter a veleidade de desconhecê-la como interlocura do contingente de profissionais à espera da nomeação a qual se habilitaram por méritos próprios, em concursos públicos. Sobre José Emílio Almeida pretender, ou não, vir a sair candidato a vereador, trata-se de uma questão periférica. A questão basilar é saber se a reivindicação da qual ele tem sido um tenaz porta-voz é legítima ou não. E certamente legítima é. Nilsinho pretender apresentá-lo, a priori, como um oportunista, talvez decorra do fato de ver em José Emílio Almeida um espelho de si próprio, no constrangedor ocaso que começa a percorrer e da qual é uma evidência eloqüente a presença de Lena Ribeiro na Seduc, ostentando a mediocridade orgulhosa de si mesma. Com o aval de Nilsinho, cujos paletós, ao lado do visual de Lena Ribeiro, remetem ao chiste segundo o qual existem pessoas elegantes e outras que apenas se enfeitam.