Nádia
Douahy Khaled Porto,
personagem central dessa escandalosa pilhagem ao erário, é mulher de Joaquim
Passarinho Pinto de Souza Porto, o Quinzinho,
ex-deputado estadual pelo PTB, reprovado no teste das urnas nas
eleições de 2010 e cujo feito mais notável, como parlamentar, foi ser autor da
Lei do Fio Dental. Pela lei, restaurantes, bares e similares são obrigados a
fornecer fio dental aos consumidores, uma iniciativa de relevância discutível
em um Estado, como o Pará, que ostenta índices sociais africanos. Quinzinho, na verdade, se chama Joaquim
Pinto de Souza Porto, nome ao qual agregou o sobrenome ilustre do tio-avô por
oportunismo eleitoral. Ele é também irmão de Jarbas Pinto de Souza Porto, que desde
o início dos anos 90 do século XX é subsecretário legislativo da Alepa, cargo
comissionado do qual se apossou, como se vitalício fosse, pela via do
nepotismo, quando pontificava no Palácio Cabanagem o ex-deputado Ronaldo Passarinho
Pinto de Souza, seu tio e sobrinho predileto do coronel Jarbas Passarinho.
Ex-ministro, ex-senador e ex-governador do Pará, Jarbas Passarinho foi uma das
lideranças reveladas pelo golpe militar de 1º de abril de 1964, sob cuja sombra
fez carreira política Ronaldo Passarinho Pinto de Souza, por ele tratado como se filho fosse.
Ronaldo aposentou-se como conselheiro-presidente do TCM. Onde, não por acaso,
aboletou-se, à margem da lei, Nádia Douahy Khaled Porto, a mulher de
Joaquim Passarinho Pinto de Souza Porto, o Quinzinho.
Outro ilustre irmão de Quinzinho
é Raul Pinto de Souza Porto. Este vem a ser
aquele que, quando secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente,
foi preso e algemado pela Polícia Federal, em 2007, acusado de participar do
esquema de recebimento de propina para favorecer madeireiras locais, com a
liberação de documentação autorizando a extração ilegal de madeira.
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