Transcrevo abaixo, na íntegra, a manifestação de repúdio dos jornalistas Carlos Mendes e Francisco Sidou, diante da censura judicial imposta a este blog pela juíza Luana de Nazareth Santalices, da 1ª Vara do Juizado Especial Civil.
Carlos Mendes - Boa tarde, ouvintes. Eu quero abrir o programa lamentando profundamente a instauração da censura no Estado do Pará. A censura é uma praga, uma erva daninha que se infiltra no organismo democrático, tentando minar a livre manifestação de pensamento. Temos hoje aqui um blog sob censura judicial, que é o Blog do Barata. Pode-se até não concordar com o que o jornalista Augusto Barata escreve. É preciso, porém, como dizia o grande filósofo Voltaire, defender o direito de o Augusto Barata manifestar livremente seu pensamento até as últimas conseqüências. E se o Barata estiver errado que ele responda por seus atos de acordo com os mecanismos que a lei oferece a cada pessoa que porventura se sinta atingida.
O que se condena é o instituto da censura. A censura que amputa a liberdade de pensamento. Em um regime dito democrático isso é grave.
Em um regime ditatorial, a censura é a arma usada por governantes para calar opositores. Perseguições, seqüestros e mortes foram marca de ditaduras como a de 1964 contra pessoas que praticavam o “crime” de discordar e criticar eventuais detentores do poder.
Quero aqui me solidarizar com o jornalista Augusto Barata e dizer que seu eu não posso em um país democrático dizer o que penso, então que se acabe com a democracia e se instaure o totalitarismo. Uma coisa abjeta que ninguém quer mais neste país. Quem enfrentou a ditadura militar sabe o que isso significa.
Quem se sentir agredido em sua honra, caluniado ou injuriado, que faça uso dos mecanismos legais para reparar eventuais agravos. O caminho é a ação penal e a ação por eventuais danos morais. São mecanismos consagrados pelo Estado de Direito.
Hoje é o Augusto Barata, mas amanhã pode ser a televisão, o rádio, a rádio Tabajara, o jornal O Liberal, o jornal Diário do Pará, o blog da professora Edilza Fontes.
O Estadão está sob censura porque o reizinho do Maranhão, o senador José Sarney, um dos homens mais poderosos deste país, não quer ver seu filho criticado. Há outros blogs censurados pelo país afora. Aqui, a censura é a favor do deputado Martinho Carmona, um homem público.
Francisco Sidou - Muito boa tarde, ouvintes. Eu assino embaixo o que você disse, Carlos Mendes. Esse instrumento de censura está sendo usado por pessoas que querem calar a opinião e o direito da livre expressão. O Augusto Barata tem o direito de informar seu público. Mas há por aí uma turma de conspiradores do silêncio que não quer ver à tona as irregularidades no Detran. A censura que hoje atinge o Barata pode atingir amanhã o quintal de qualquer um e levar a sua roseira.
Carlos Mendes - Boa tarde, ouvintes. Eu quero abrir o programa lamentando profundamente a instauração da censura no Estado do Pará. A censura é uma praga, uma erva daninha que se infiltra no organismo democrático, tentando minar a livre manifestação de pensamento. Temos hoje aqui um blog sob censura judicial, que é o Blog do Barata. Pode-se até não concordar com o que o jornalista Augusto Barata escreve. É preciso, porém, como dizia o grande filósofo Voltaire, defender o direito de o Augusto Barata manifestar livremente seu pensamento até as últimas conseqüências. E se o Barata estiver errado que ele responda por seus atos de acordo com os mecanismos que a lei oferece a cada pessoa que porventura se sinta atingida.
O que se condena é o instituto da censura. A censura que amputa a liberdade de pensamento. Em um regime dito democrático isso é grave.
Em um regime ditatorial, a censura é a arma usada por governantes para calar opositores. Perseguições, seqüestros e mortes foram marca de ditaduras como a de 1964 contra pessoas que praticavam o “crime” de discordar e criticar eventuais detentores do poder.
Quero aqui me solidarizar com o jornalista Augusto Barata e dizer que seu eu não posso em um país democrático dizer o que penso, então que se acabe com a democracia e se instaure o totalitarismo. Uma coisa abjeta que ninguém quer mais neste país. Quem enfrentou a ditadura militar sabe o que isso significa.
Quem se sentir agredido em sua honra, caluniado ou injuriado, que faça uso dos mecanismos legais para reparar eventuais agravos. O caminho é a ação penal e a ação por eventuais danos morais. São mecanismos consagrados pelo Estado de Direito.
Hoje é o Augusto Barata, mas amanhã pode ser a televisão, o rádio, a rádio Tabajara, o jornal O Liberal, o jornal Diário do Pará, o blog da professora Edilza Fontes.
O Estadão está sob censura porque o reizinho do Maranhão, o senador José Sarney, um dos homens mais poderosos deste país, não quer ver seu filho criticado. Há outros blogs censurados pelo país afora. Aqui, a censura é a favor do deputado Martinho Carmona, um homem público.
Francisco Sidou - Muito boa tarde, ouvintes. Eu assino embaixo o que você disse, Carlos Mendes. Esse instrumento de censura está sendo usado por pessoas que querem calar a opinião e o direito da livre expressão. O Augusto Barata tem o direito de informar seu público. Mas há por aí uma turma de conspiradores do silêncio que não quer ver à tona as irregularidades no Detran. A censura que hoje atinge o Barata pode atingir amanhã o quintal de qualquer um e levar a sua roseira.
2 comentários :
Augusto, parece que as pessoas ainda não perceberam como a censura está crescendo contra o NOSSO DIREITO DE CONTESTAR em nossos blogs.
Por isso, larguei outros temas de lado e meu assunto hoje é a censura. Estou fazendo um apanhado de outros blogs, como o seu, para divulgar.
É ISSO QUE TEMOS QUE FAZER. NOS UNIR, PORQUE NÃO PODEM FECHAR TODOS OS BLOGS. Dá uma olhada na sugestão no Cara Nova no Congresso.
Um abraço, Ju
Tomei conhecimento da censura deste blog há pouco e já fiquei revoltado.É um absurdo, mas desse governo e de suas instituições nada me surpreende.Estamos indo a passos rápidos para a chavização (a não ser que ele caia antes, o que espero)ou a cubanização do país. Quem não está com a turma do poder está automaticamente contra.
A luta deve continuar.
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