sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

CENSURA – Um golpe que atinge a todos

“Como se vê, de nada adiantou a rejeição ao projeto do senador tucano Eduardo Azeredo, o qual pretendia amordaçar a liberdade de expressão na internet. Isto já vem sendo feito”, sublinha mestre Barra, ao repudiar a censura togada, em manifestação que transcrevo abaixo, na íntegra:

“Augusto,

“Minha solidariedade por mais este golpe que, queiram ou não, atinge também a todos nós, jornalistas. Agora fazes parte de mais um degrau da perigosa escada que, lenta e progressivamente, vem sendo carregada por algumas instâncias do Poder Judiciário, nos últimos anos. O caso do Estadão é um dos muitos exemplos que estão aí.
“Como se vê, de nada adiantou a rejeição ao projeto do senador tucano Eduardo Azeredo, o qual pretendia amordaçar a liberdade de expressão na internet. Isto já vem sendo feito.
“E estão vindo as recomendações da Conferência Nacional de Comunicação, recém realizada, com apoio da Fenaj, inclusive, as quais comprometem a liberdade de informação, e acompanhadas, até, de controle público das atividades jornalísticas - estamos na dependência tão-somente de um congressista que queira apresentá-las em forma de projeto.
“Do deputado Martinho Carmona, que só o conheço pelos ossos do nosso ofício, lembro de dois fatos. Quando eu era editor geral do Diário, o Informe JB em uma nota o chamou de "analfabeto", logo após ele ter assumido o seu primeiro mandato, por não ter completado o curso primário, segundo a coluna. Fui procurado por um assessor de imprensa dele, pedindo que a nota fosse retificada. Ele foi atendido (em outro espaço de página, óbvio), embora o correto seria o deputado se dirigir ao JB, a origem dela, como foi instruído o assessor por mim. Não sei se o jornal carioca chegou a ser contatado.
“O outro, noticiado à época, foi a proibição da realização do Círio dos funcionários da Assembléia Legislativa, já como presidente da Casa. Aqui, o deputado, que deveria dar exemplo de cidadania, ainda mais por adotar outro credo religioso, preferiu ignorar a nossa Constituição, que consagra como direito fundamental a liberdade de religião.

“Um abraço,

“Barra

“PS: em outro comentário, estou transcrevendo notícia publicada no Portal Imprensa.”

Nenhum comentário :