Mariana Neves, beneficiária do tráfico de influência. |
Não fosse o arrivista que se revelou, o
promotor de Justiça Marcelo Batista Gonçalves também já teria atentado para o
tráfico de influência que pavimenta a vida profissional de Mariana Silva Neves,
sob o patrocínio do pai, o procurador geral de Justiça Marcos Antônio Ferreira
das Neves, o Napoleão de Hospício. O desdém de Neves por qualquer resquício de pudor ético
volta a se manifestar, no rastro de um inequívoco episódio de tráfico de
influência, do qual é beneficiária sua filha, a jovem advogada Mariana Silva
Neves, comodamente abrigada no TCE, o Tribunal de Contas do Estado do Pará, não
por acaso notabilizado como o Palácio
das Sinecuras. Embolsando mensalmente, na época, aprazíveis R$ 11 mil,
Mariana Silva Neves aportou no TCE em 9 de fevereiro de 2015, no cargo
comissionado de assessor da vice-presidência, lotada no gabinete da conselheira
Lourdes Lima, uma ex-deputada de pífio desempenho parlamentar. O TCE se
notabiliza pela profusão de cargos comissionados e pelas recorrentes denúncias
de servidores fantasmas, desobrigados de bater ponto e acomodados nos gabinetes
dos conselheiros, alguns suspeitos de participarem da pilhagem ao erário,
supostamente usufruindo da partilha do butim com seus aspones. Tudo isso sob a inusitada omissão do Ministério Público
Estadual, cujo motivo da complacência dolosa tem desde então nome e sobrenome (Leia aqui).
Antes de ser catapultada
para a rentável sinecura na qual foi alojada no TCE, Mariana Silva Neves esteve
abrigada na Prefeitura de Ananindeua pelo prefeito tucano Manoel Pioneiro, que
como deputado estadual foi presidente da Alepa, a Assembleia Legislativa do
Pará (Leia aqui). Em 2013, tão logo
Pioneiro foi empossado prefeito, Mariana foi nomeada assessor especial, código
DAS-8, lotada na Procuradoria Geral do Município, com salário desconhecido,
porque o Portal da Transparência da prefeitura nada informava em matéria de
remuneração, em desrespeito a Lei de Acesso à Informação, sob a conivência do
MPE, comandado pelo ilustre pai da jovem advogada.
Na época, a então deputada
estadual Simone Morgado, do PMDB, atualmente deputada federal, denunciara ao
MPE uma avalanche de atos de suposta improbidade de Pioneiro, como presidente
da Alepa, mas as investigações não prosperaram. Da mesma forma como não
prosperou o parecer do promotor de Justiça Domingos Sávio Campos, assinalando a
flagrante inconstitucionalidade do PCCR da Assembleia Legislativa, o Plano de Cargos, Carreira e
Remuneração do Palácio Cabanagem, costurado por Domingos Juvenil, do PMDB, e turbinado
por Manoel Pioneiro, que sucedeu o ex-parlamentar peemedebista.
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