sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

BARBÁRIE – Pará, o 9º estado mais violento



Em verdade, a barbárie no Pará, hoje, extrapola os limites dos presídios e ganha as ruas, no rastro do sucateamento da segurança pública, acentuada nos sucessivos governos do PSDB, a partir de 1995. Com exceção do hiato da administração da ex-governadora petista Ana Júlia Carepa, que governou entre 2007 e 2010, de 1995 para cá sucederam-se governos do PSDB, correspondentes aos dois mandatos do ex-governador Almir Gabriel e aos três mandatos do governador Simão Jatene, reeleito em 2014, após eleger-se em 2002 e reeleger-se em 2010. Desde então, perdura a propaganda enganosa tucana, destinada a obnubilar o eleitorado. Em 2006, por exemplo, ao tentar, sem êxito, obter um terceiro mandato, o ex-governador Almir Gabriel enriqueceu o folclore político, ao tentar ignorar, para consumo externo, a escalada da criminalidade, atribuindo-a a uma suposta “sensação de insegurança”, pretensamente derivada do sensacionalismo do noticiário policial. Dias depois, o coordenador da campanha de Almir em Belém e sua acompanhante foram assaltados no Guamá, perdendo todos os seus pertences, às 11 horas da noite.
Segundo revela o “Mapa da Violência 2016 – Homicídios por Armas de Fogo no Brasil” (Leia aqui), em 10 anos o Pará teve aumento de 139,3% nos números de assassinatos por arma de fogo. Foi a 9ª maior taxa por grupos de 100 mil habitantes do Brasil em 2014, ficando atrás dos Estados da região Nordeste – considerados os mais violentos do país – e de Goiás. Belém segue a mesma tendência de crescimento da violência e Ananindeua, a segunda maior cidade paraense, se tornou a sétima mais violenta do Brasil.

O “Mapa da Violência 2016 – Homicídios por Armas de Fogo no Brasil” também evidencia a evolução da taxa de mortes por arma de fogo a cada 100 mil habitantes no Pará e em Belém. O Pará era o 24º em 2004 e pulou para 9º; Belém saiu da 17ª posição para a 9ª.

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