Em verdade, a barbárie no Pará, hoje,
extrapola os limites dos presídios e ganha as ruas, no rastro do sucateamento
da segurança pública, acentuada nos sucessivos governos do PSDB, a partir de
1995. Com exceção do hiato da administração da ex-governadora petista Ana Júlia
Carepa, que governou entre 2007 e 2010, de 1995 para cá sucederam-se governos
do PSDB, correspondentes aos dois mandatos do ex-governador Almir Gabriel e aos
três mandatos do governador Simão Jatene, reeleito em 2014, após eleger-se em
2002 e reeleger-se em 2010. Desde então, perdura a propaganda enganosa tucana,
destinada a obnubilar o eleitorado. Em 2006, por exemplo, ao tentar, sem êxito,
obter um terceiro mandato, o ex-governador Almir Gabriel enriqueceu o folclore
político, ao tentar ignorar, para consumo externo, a escalada da criminalidade,
atribuindo-a a uma suposta “sensação de insegurança”, pretensamente derivada do
sensacionalismo do noticiário policial. Dias depois, o coordenador da campanha
de Almir em Belém e sua acompanhante foram assaltados no Guamá, perdendo todos
os seus pertences, às 11 horas da noite.
Segundo revela o “Mapa da Violência 2016 – Homicídios por Armas de Fogo no Brasil” (Leia aqui),
em 10 anos o Pará teve aumento de 139,3% nos
números de assassinatos por arma de fogo. Foi a 9ª maior taxa por grupos de 100
mil habitantes do Brasil em 2014, ficando atrás dos Estados da região Nordeste
– considerados os mais violentos do país – e de Goiás. Belém segue a mesma
tendência de crescimento da violência e Ananindeua, a segunda maior cidade
paraense, se tornou a sétima mais violenta do Brasil.
O “Mapa
da Violência 2016 – Homicídios por Armas de Fogo no Brasil” também evidencia a
evolução da taxa de mortes por arma de fogo a cada 100 mil habitantes no Pará e
em Belém. O Pará era o 24º em 2004 e pulou para 9º; Belém saiu da 17ª posição
para a 9ª.
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