quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

BLOG - Entre a estultícia e a má-fé



Vagueando entre a estultícia e a má-fé, não por acaso, em sua denúncia, Marcelo Batista Gonçalves, o promotor de Justiça servil, passa ao largo das graves denúncias envolvendo a administração procurador-geral de Justiça, Marcos Antônio Ferreira das Neves, reveladas pelo Blog do Barata. Convenientemente, ele deleta os antecedentes desabonadores de Neves, que passou pelo constrangimento de ser denunciado por improbidade administrativa pelo próprio Ministério Público, em ação ajuizada pela 10ª procuradora de Justiça Criminal Ana Tereza do Socorro da Silva Abucater. Reconhecida como uma procuradora intransigentemente ética, Abucater acusou o procurador geral de Justiça de se valer dos poderes do cargo para beneficiar com a “ilegal e imoral” nomeação, como assessor do procurador-geral de Justiça, André Ricardo Otoni Vieira, que também surge como seu advogado, em ação de despejo, e que vinha a ser seu sócio na empresa Rota 391 Comércio Varejista de Combustíveis Automotores e Serviços Ltda. Por ser sócio-administrador em duas empresas das quais é sócio Neves - Rota 391 Comércio Varejista de Combustíveis Automotores e Serviços Ltda. e Couto da Rocha Construções e Serviços de Engenharia Ltda.-, André Ricardo Otoni Vieira não poderia ocupar cargo comissionado no MPE. Assim como, por ser assessor do procurador-geral de Justiça, Vieira também não poderia advogar, tal qual fez para Neves (Leia aqui). O escândalo da promíscua relação de Neves com Vieira, diga-se, foi revelado pelo Blog do Barata, em 18 de novembro de 2014 (Leia aqui).
Amigo-de-fé-irmão-camarada de Neves, além de sócio, advogado e assessor do procurador geral de Justiça, André Ricardo Otoni Vieira também foi réu em uma ação de improbidade movida pelo mesmo Ministério Público, ajuizada por quatro competentes e destemidos promotores de Justiça - Helena Maria Oliveira Muniz Gomes, Domingos Sávio Alves de Campos, Firmino Araújo de Matos e Elaine Castelo Branco (Leia aqui).

Acionados, os bandidos togados do TJ, que agem em conluio com os inquilinos do poder, logo entraram em ação, livrando Neves e Vieira dos rigores da lei, cumprindo o ciclo de impunidade que faz do Tribunal de Justiça do Pará um prostíbulo sem rameiras.

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