Vagueando entre a estultícia e a má-fé, não
por acaso, em sua denúncia, Marcelo Batista Gonçalves, o promotor de Justiça servil,
passa ao largo das graves denúncias envolvendo a administração procurador-geral
de Justiça, Marcos Antônio Ferreira das Neves, reveladas pelo Blog do Barata.
Convenientemente, ele deleta os antecedentes desabonadores de Neves, que passou
pelo constrangimento de ser denunciado por improbidade administrativa pelo
próprio Ministério Público, em ação ajuizada pela 10ª procuradora de Justiça Criminal
Ana Tereza do Socorro da Silva Abucater. Reconhecida
como uma procuradora intransigentemente ética, Abucater acusou o procurador
geral de Justiça de se valer dos poderes
do cargo para beneficiar com a “ilegal e imoral” nomeação, como assessor do
procurador-geral de Justiça, André Ricardo Otoni Vieira, que também surge como
seu advogado, em ação de despejo, e que vinha a ser seu sócio na empresa Rota
391 Comércio Varejista de Combustíveis Automotores e Serviços Ltda. Por ser
sócio-administrador em duas empresas das quais é sócio Neves - Rota 391 Comércio
Varejista de Combustíveis Automotores e Serviços Ltda. e Couto da Rocha
Construções e Serviços de Engenharia Ltda.-, André Ricardo Otoni Vieira não
poderia ocupar cargo comissionado no MPE. Assim como, por ser assessor do
procurador-geral de Justiça, Vieira também não poderia advogar, tal qual fez
para Neves (Leia aqui). O escândalo
da promíscua relação de Neves com Vieira, diga-se, foi revelado pelo Blog do Barata,
em 18 de novembro de 2014 (Leia aqui).
Amigo-de-fé-irmão-camarada
de Neves, além de sócio, advogado e assessor do procurador geral de Justiça, André
Ricardo Otoni Vieira também foi réu em uma ação de improbidade movida pelo
mesmo Ministério Público, ajuizada por quatro competentes e destemidos promotores
de Justiça - Helena Maria Oliveira Muniz Gomes, Domingos Sávio Alves de Campos,
Firmino Araújo de Matos e Elaine Castelo Branco (Leia aqui).
Acionados, os bandidos togados do TJ, que
agem em conluio com os inquilinos do poder, logo entraram em ação, livrando
Neves e Vieira dos rigores da lei, cumprindo o ciclo de impunidade que faz do
Tribunal de Justiça do Pará um prostíbulo sem rameiras.
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