SOB CENSURA, POR DETERMINAÇÃO DOS JUIZES TÂNIA BATISTELO, JOSÉ CORIOLANO DA SILVEIRA, LUIZ GUSTAVO VIOLA CARDOSO, ANA PATRICIA NUNES ALVES FERNANDES, LUANA SANTALICES, ANA LÚCIA BENTES LYNCH, CARMEN CARVALHO, ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO E BETANIA DE FIGUEIREDO PESSOA BATISTA - E-mail: augustoebarata@gmail.com
quinta-feira, 26 de janeiro de 2017
JATENE – Reajuste da contribuição para o Iasep deixa servidores encalacrados e gera clima de indignação
Não convidem para compartilhar a mesma cuia
de açaí o governador tucano Simão Jatene e os servidores públicos estaduais em geral e,
em particular, os professores. O reajuste de 6% para 9% da contribuição dos
servidores com o plano de saúde do Iasep, o Instituto de Assistência dos
Servidores do Estado do Pará, em vigor a partir deste mês, disseminou um clima
de indignação, na esteira do impacto registrado nos contracheques do
funcionalismo. “Estamos a caminho da bancarrota, vamos ficar endividados”, desabafa, em tom de
inocultável indignação, um servidor, protegido pelo anonimato, ao comentar o aumento do plano de saúde do Iasep, parte do "pacote de maldades" do governo Simão Jatene, instituído a pretexto da crise econômica. O aumento do
desconto afeta mais de 244 mil associados ao plano de saúde do instituto, entre servidores e dependentes. Além
da elevação da alíquota básica, o plano também passará a cobrar 1,5% sobre a
remuneração do titular para a manutenção do cônjuge.
A atmosfera de revolta se alastra com a
rapidez de fogo em rastilho de pólvora, em especial entre os professores da
ativa, um respeitável contingente, estimado entre sete e oito mil servidores, aos
quais sequer foi pago o novo piso salarial nacional da categoria, de R$ 2.298,80, e que
permanecem à espera do pagamento retroativo do piso salarial em vigor ano
passado, no valor de R$ 2.135,64. Os professores, que reclamam receber menos que outros profissionais de
nível superior do estado e até da própria Seduc (Secretaria de Estado de
Educação), ainda amargam a perspectiva da redução da gratificação de nível
superior de 80% para 40%, pretendida pelo governo Simão Jatene, a pretexto da
crise econômica, justificativa que pavimentou o reajuste de 6% para 9% da
contribuição dos servidores com o plano de saúde do Iasep.
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JATENE – Dramas e desabafos indignados
Diante do reajuste de 6% para 9% da
contribuição dos servidores com o plano de saúde do Iasep, não faltam relatos
de situações dramáticas, previsivelmente acompanhadas de ácidas críticas ao "pacote de maldades" criado pelo governador Simão Jatene, a pretexto da crise econômica. Este é o caso de um jovem professor
de carreira da Seduc, classe I, com mestrado e remuneração básica de R$ 7.792,41.
Ele, que contribui para o Iasep e mantém como dependentes o pai e a mãe, relata
que viu seu desconto saltar para R$ 2.200,00. “Isso é achaque, é extorsão!”,
desabafa indignado o professor, que é arrimo de família e ainda cursa uma
faculdade particular, à noite, cuja mensalidade é de R$ 1.200,00. Ele se revela
tanto mais revoltado ao recordar que o governo Simão Jatene sequer pagou, até
agora, o retroativo do piso salarial nacional dos professores de 2016, fixado em R$ 2.135,64, assim como ignora
o reajuste do piso salarial, que este ano passou para R$ 2.289,80.
Outro professor, utilizando-se das redes
sociais, afirma que no Amazonas o plano de saúde dos educadores é pago pelo
próprio governo do estado. Este professor questiona a versão oficial, segundo a
qual o reajuste da contribuição do plano de saúde do Iasep visa ampliar a rede de atendimentos médicos e diminuir os prazos de espera
para consultas e exames, além de representar um acréscimo de 50% nos valores
investidos na saúde do servidor, aumentando de R$ 22 milhões para R$ 33
milhões, por mês, os repasses para compor a receita do instituto. “A intenção
clara do governador é o esvaziamento do Iasep, com o objetivo de repassar sua
gestão para a iniciativa privada”, especula, entrevendo uma desistência massiva
dos servidores do plano de saúde do instituto.
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JATENE – A versão oficial
![]() |
Iris Gama, presidente do Iasep: na crise, aumento como única opção. |
Na versão oficial, divulgada pelo G1/Pará (Leia aqui), o reajuste de 6% para 9%
da contribuição dos servidores que são clientes do plano de saúde do Iasep visa
ampliar a rede de
atendimentos médicos e diminuir os prazos de espera para consultas e exames. Além
disso, de acordo com a direção do instituto, isso representará um acréscimo de
50% nos valores investidos na saúde do servidor, aumentando de R$ 22 milhões para
R$ 33 milhões, por mês, os repasses para compor a receita do instituto.
“A
ampliação da receita é a única forma de sanar as dívidas deixadas por um
passivo mensal de seis milhões”, tentou justificar a presidente do Iasep, Iris
Gama, em entrevista ao G1/Pará, desempenhando o papel de boneco de ventríloquo, ao ecoar o discurso do governador tucano Simão Jatene. Segundo ela, a dívida é causada principalmente
por três fatores: arrecadação insuficiente, sem aumento desde 2006; grande
número de atendimentos em alta complexidade; e a alta inflação em saúde.
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quarta-feira, 25 de janeiro de 2017
BLOG – Denúncias sobre abandono da Funbosque disparam no ranking das postagens mais acessadas
No ranking das postagens mais acessadas do Blog do Barata – que na segunda-feira, 23 registrou 1.474 acessos, e
na terça-feira, 24, 1.980 acessos -, o destaque foi a postagem FUNBOSQUE – Escola Bosque inicia ano letivo em clima de abandono e sob ameaças de retaliação a concursados. Publicada
na segunda-feira, 23, a postagem já registrava, na virada de terça-feira, 24,
para quarta-feira, 25, 1.383 acessos. As quatro demais postagens mais acessadas
são sobre a farra de cargos no TCE, o Tribunal de Contas no Estado do Pará.
No ranking dos acessos por país, o Blog do Barata registrou nesta última terça-feira, 24, os seguintes números:
Brasil – 1.735 acessos.
Alemanha – 73 acessos
Estados Unidos – 65 acessos.
França – 26 acessos.
Egito – 20 acessos.
Portugal – 8 acessos.
Argentina – 2 acessos.
China – 2 acessos.
Espanha 2 acessos.
Índia – 2 acessos.
FUNBOSQUE – Ignoradas pela presidente, cobranças de mães são tratadas como caso de polícia por assessor
![]() |
Paulo Nazareno, o assessor truculento da Funbosque... |
![]() |
...do qual se sabe ser mero cabo eleitoral do PSDB (à dir.). |
Tratar a questão social como caso de
polícia, um dos mais tacanhos receituários da forma mais primitiva do
coronelismo, parece ter sido desarquivado pela administração do prefeito sub judice de Belém, Zenaldo Coutinho
(PSDB). Isso é o que sugere o incidente ocorrido na manhã desta terça-feira,
24, quando um grupo de 20 mães de alunos das unidades pedagógicas da Funbosque,
a Fundação
Escola Bosque Professor Eidorfe Moreira, foi ameaçado de ser retirado à
força da sede da instituição, pela polícia, por cobrar uma solução para a falta de material didático e
de higiene que inviabiliza o início do ano letivo. O estopim do imbróglio foi a
tentativa de um grupo de mães de alunos e professores concursados da Escola
Bosque de se reunir com a presidente da Funbosque, Carol Rezende Alves. O grupo
deu com a cara na porta, porque Carol Rezende Alves, tal qual ocorre desde
dezembro, não compareceu à sede da fundação. Acionada via WhatsApp, ela antecipou que não tem data
disponível em sua agenda, descartando assim, a priori, a possibilidade de
qualquer reunião, na mais ignominiosa indiferença diante da situação de abandono em
que se encontram as unidades pedagógicas da Escola Bosque, nas quais falta até
papel higiênico, segundo relatos dos próprios docentes.
Em lugar de Carol Rezende
Alves, coube a
um obscuro assessor do segundo escalão da Escola Bosque, Paulo Nazareno, mais
conhecido como Paulinho, reunir-se com as mães e professores. Definido como
“pateticamente despreparado”, o opaco assessor, cuja
qualificação profissional é desconhecida até pelos docentes da fundação, protagonizou um colossal
vexame. Diante de críticas irrespondíveis, para as quais não ofereceu respostas
minimamente convincentes, e da indignação provocada por sua arrogância, ele
ameaçou chamar a polícia para retirar as mães dos alunos da sede da Funbosque.
Antes mesmo da reunião, o tal Paulo Nazareno, notabilizado como áulico da
administração do prefeito Zenaldo Coutinho e servil cabo eleitoral do PSDB, já
antecipara seu jaez, compatível com o diminutivo pelo qual é conhecido. Em um ato de mesquinharia explícita, ele se recusou a
autorizar que o barco da Escola Bosque transportasse, da região das ilhas para
Outeiro, as mães dos alunos que pretendiam participar da reunião. Foi
necessário que os professores concursados da Funbosque fretassem um barco - pagando
por isso, do próprio bolso, R$ 200,00 - para garantir a presença das mães na
reunião.
Para além da “evidente inépcia
administrativa” da presidente interina da Funbosque, Carol Rezende Alves, uma
advogada sem nenhuma formação ou experiência pedagógica, os professores
concursados denunciam a rotina de abandono da Escola Bosque, levada ao paroxismo
na administração Zenaldo Coutinho. Sobre a fracassada reunião de terça-feira,
24, eles atribuem o fiasco ao “flagrante despreparo” do tal Paulo Nazareno, o
Paulinho, para fazer uma interlocução que exigia “um mínimo de autonomia”, algo
muito aquém de um obscuro assessor do segundo escalão. “Trata-se de um cidadão totalmente despreparado, que não soube conduzir a reunião, razão
pela qual o que deveria servir de abertura de um diálogo com a direção da escola acabou em
discussão, com ele ameaçando chamar a polícia para retirar as mães dos alunos
da sede da escola”, resume um professor.
segunda-feira, 23 de janeiro de 2017
DESCALABRO – TCE tem quase 10 vezes o total de comissionados do TCU e sequer ¼ dos servidores deste
Não por acaso conhecido como o Palácio das
Sinecuras, o TCE, Tribunal de Contas do Estado do Pará, mais do que nunca
corresponde à fama que a ele aderiu, particularmente na gestão como presidente
do conselheiro Cipriano Sabino, um ex-deputado de perfil fisiológico e parcos
escrúpulos. No tribunal há uma profusão de cargos comissionados, tradicionais
fontes de sinecuras e de denúncias de servidores fantasmas, dos quais se
serviriam inclusive conselheiros, para se locupletar à margem da lei,
embolsando parte da remuneração de assessores pagos para não comparecerem ao
tribunal. Um recente levantamento constatou que o TCE tem quase 10 vezes o
total de comissionados do TCU, o Tribunal de Contas da União, sem ter sequer ¼
do total de servidores deste. O TCE, que tem hoje 612 servidores ativos, abriga
atualmente 259 servidores comissionados, dos quais 172 não são efetivos, 45 são
efetivos, 38 são requisitados e quatro sub
judice. A maioria dos servidores sub
judice é constituída por ex-temporários, aos quais tentaram enquadrar como “servidores
estatutários não estáveis”, uma aberração enfim sepultada, mas alguns
beneficiários do cambalacho permanecem nos quadros de efetivos e comissionados,
amparados em liminares graciosas. Detalhe revelador da farra de cargos
comissionados no TCE: existem, hoje, 237 cargos de
provimento efetivo vagos no tribunal. Trata-se de um acintoso deslabro em um
estado com índices sociais pífios como o Pará.
Na contrapartida, o TCU, com um total de
2.562 servidores, tem apenas 26 servidores comissionados, dos quais 22 não têm
vínculos com a administração pública, um é requisitado de outro órgão e três
são servidores de carreira do tribunal. Os cargos de livre
provimento ocupados no TCE representam, portanto, mais de 42% do total de 612
servidores ativos, enquanto que, no TCU equivalem a 1% do total de 2.562
servidores ativos. O levantamento também revela que no TCU, há apenas dois tipos
de cargos comissionados: oficial de gabinete e assistente. No TCE há uma
profusão de cargos comissionados. São 48 os tipos de cargos comissionados no
Tribunal de Contas do Estado, um vasto cardápio à disposição do nepotismo
cruzado e do tráfico de influência.
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DESCALABRO – O vasto elenco de cargos
Tipos de cargos
comissionados, frequentemente utilizados como fontes de remunerações faraônicas
e/ou prazerosas sinecuras:
Chefe de gabinete
da Presidência
Chefe de
gabinete de conselheiro
Procurador
Secretário geral
Secretário de
Controle Externo
Secretário de
Tecnologia da Informação
Secretário de
Administração
Secretário de
Planejamento e Gestão Estratégica
Secretário de
Controle Interno
Secretário de
Representação
Assessor Técnico
(NS-03)
Assessor de
Conselheiro (NS-03)
Subprocurador
Subsecretário
Geral
Subsecretário
Controle Externo
Subsecretário de
Tecnologia da Informação
Subsecretário de
Administração
Subsecretário de
Representação
Chefe de
Assessoria de Cerimonial e Relações Institucionais
Chefe da
Assessoria de Comunicação e Relações Públicas
Diretor de
Gestão de Pessoas
Diretor de
Finanças
Diretor de
Logística e Patrimônio
Diretor da
Escola de Contas
Assessor da
Vice-Presidência
Assessor da
Corregedoria
Assessor da
Ouvidoria
Assessor do
Plenário
Assessor de
Tecnologia da Informação
Assessor de Comunicação
e Relações Públicas
Assessor Técnico
(NS-02)
Assessor de
Conselheiro (NS-02)
Assessor de Procuradoria
Assessor de
Plenário
Assessor de
Tecnologia da Informação
Assessor de
Cerimonial e Relações Institucionais
Assessor de Comunicação
e Relações Públicas
Assessor de
Fiscalização
Assessor
Administrativo
Assessor
Educacional, Assessor de Conselheiro (NS-01)
Assistente de
Conselheiro
Assistente de
Tecnologia da Informação
Assistente de
Direção
Assistente de
Representação
Assistente
Educacional
Assistente de
Cerimonial e Relações Institucionais
Assistente de Comunicação
e Relações Públicas
Assistente de
Transporte
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DESCALABRO – Casta de privilegiados e aberrações
Segundo fontes
do Blog do
Barata, citando o Portal da Transparência do tribunal, o elenco de
servidores comissionados não efetivos e requisitados constituem uma casta de
privilegiados, com remunerações que costumam variar entre R$ 10 mil e R$ 15
mil, mas podem chegar, como em alguns casos, a R$ 20 mil e até R$ 30 mil. Já a
remuneração de técnicos e auditores concursados, em início de carreira, é de R$
3.154,60 e R$ 6.260,22, respectivamente.
Aos privilégios
reservados a uns poucos ungidos somam-se aberrações como a existência do
Gabinete Militar. De necessidade duvidosa, o Gabinete Militar abriga 33 servidores,
inclusos naturalmente PMs, em óbvio desvio de função, mantidos em um ócio
remunerado, que pode render mensalmente, em alguns casos, R$ 13.950,00.
Outra vistosa aberração
são os 56 servidores sub judice, mantidos
em cargos efetivos por força de liminares.
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DESCALABRO – Quadro dos servidores ativos do TCE
Abaixo, a atual distribuição
dos servidores ativos do TCE:
COMISSIONADOS
NÃO EFETIVOS
|
172
|
COMISSIONADOS
EFETIVOS
|
45
|
REQUISITADOS
EM CARGOS COMISSIONADOS
|
38
|
SUBJUDICE
EM CARGOS COMISSIONADOS
|
4
|
EFETIVOS
SEM COMISSÃO
|
240
|
EFETIVOS
CEDIDOS
|
3
|
REQUISITADOS
EM CARGOS EFETIVOS
|
9
|
SUBJUDICE
EM CARGOS EFETIVOS
|
56
|
ENE/PA
EM CARGO EFETIVO
|
1
|
MAGISTRADOS
|
11
|
GABINETE
MILITAR
|
33
|
TOTAL
DE SERVIDORES ATIVOS
|
612
|
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Augusto Barata
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FUNBOSQUE – Escola Bosque inicia ano letivo em clima de abandono e sob ameaças de retaliação a concursados
![]() |
Carol Rezende Alves: ausente, na reapresentação dos professores... |
![]() |
...recepciodos com a ameaça da truculência de Socorro Aquino. |
Sob uma atmosfera de incertezas e
apreensões, a Funbosque, a Fundação
Escola Bosque Professor Eidorfe Moreira, inicia nesta segunda-feira, 23, o ano
letivo. No retorno dos professores, na terça-feira, 17, quando deveria ter
início o planejamento do ano letivo, o corpo docente não encontrou sequer a
diretora interina da Escola Bosque, Carol Rezende Alves, uma advogada
desprovida de experiência pedagógica, aboletada no cargo pelo prefeito sub judice Zenaldo Coutinho (PSDB). “Carol Rezende, a eterna presidente em exercício
da fundação, sequer deu as caras em Outeiro para receber os professores, que
não sabiam nem quais turmas assumiriam em 2017”, relatam fontes da escola ao Blog do Barata.
Essas mesmas fontes acrescentam que em
lugar do planejamento pedagógico, com vistas ao novo ano letivo, os professores
em geral, e particularmente os docentes concursados, depararam-se com ameaças
de retaliação, por conta das denúncias sobre o sucateamento da Funbosque,
durante a recente campanha eleitoral. “Não faltaram ameaças e assédio moral por parte do segundo escalão da
gestão tucana da Funbosque”, sublinham docentes da Escola Bosque, inclusive
acenando com uma intervenção da administração da Semec, a Secretaria Municipal
de Educação. O algoz de plantão, dizem, seria Socorro Aquino, diretora de
Ensino da Semec, que vem a ser cunhada do prefeito sub judice Zenaldo Coutinho, notabilizada pela truculência com que
trata os servidores. Na versão corrente, disseminada pelos áulicos da atual
administração, o “pacote de maldades” de Socorro Aquino incluiria a supressão
da gratificação de 80% paga aos servidores da Escola Bosque por atuarem em
fundação.
De imediato, o cenário é sombrio. “Nas unidades pedagógicas da
Funbosque nas ilhas, os professores concursados aguardam por lotação, pois a
prioridade é dos afilhados dos políticos do PSDB”, acentuam as denúncias feitas
ao Blog do
Barata. Para viabilizar o apadrinhamento, não faltam arranjos,
acrescentam ainda fontes da escola. “Tem-se contratados que já atingiram o
tempo máximo de contrato como professores e que retornarão como técnicos
pedagógicos e vice-versa; cabos eleitorais que eram contratados em 2016 para
bater perna pela ilha em busca de votos e que permanecerão com contrato e sem
função em 2017; assessor de vereador contratado para não fazer nada e ficar o
dia inteiro no whatsapp passando ‘relatórios’ baseados em fofocas para a senhora
Carol Rezende, dentre outros absurdos”, testemunha uma professora. Enquanto
isso, as unidades pedagógicas permanecem sem material didático e até de limpeza,
indispensáveis ao seu funcionamento”, arremata a professora.
BARBÁRIE – Matança de sexta-feira supera chacina de 2014 e evidencia sucateamento da segurança pública
![]() |
Simão Jatene: inércia diante da nova chacina que aterrorizou Belém. |
Por si só e pela gravidade do que lhe deu
causa, é demasiadamente chocante, para ser banalizada, a matança registrada ao
longo de sexta-feira, 20, com a sucessão de 25 mortes, todas com
características de execução, que se seguiu ao assassinato do PM Rafael da Silva Costa, de 29
anos, soldado da Rotam, a Ronda Tática Metropolitana, durante uma perseguição a
suspeitos de assalto, ainda na manhã de sexta-feira (Leia aqui). Para além de evidenciar o sucateamento da segurança
pública, que fragiliza o que seria uma unidade de elite da Polícia Militar, tornando-a
vulnerável até a bandidos pés-de-chinelo, o episódio evidencia mais uma vez, pela
barbárie deflagrada na esteira do assassinato do soldado da Rotam, que a PM
entranhou a selvageria da bandidagem que deveria combater e com a qual, hoje,
frequentemente se confunde. como evidenciam as milícias.
As 25 execuções registradas sexta-feira,
20, superam quantitativamente o saldo da chacina ocorrida em 2014, entre a
noite de 4 e a madrugada de 5 de novembro, que deixou 11 mortos, em sua maioria jovens e sem antecedentes policiais, como
retaliação pelo assassinato do cabo da PM Antônio Marcos Figueiredo, o cabo Pet, que comandava um grupo de
extermínio e foi morto em um acerto de contas entre bandidos (Leia aqui). Naquela ocasião, a matança
foi deflagrada por policiais militares, em um modus operandi semelhante ao verificado
nas 25 execuções ocorridas sexta-feira, apenas dispensando a pantomina policial
que evidenciou a ostensiva participação de PMs na matança indiscriminada de
2014 (Leia aqui).
O denominador comum, entre
um episódio e outro, é a incapacidade do governador Simão Jatene (PSDB) em
assumir as responsabilidades que o cargo lhe impõe e em oferecer respostas
capazes de contemplar um melhor aparelhamento dos órgãos de segurança pública. Restou,
como de praxe, o mise-en-scène, que obviamente incluiu a recomendação de
“rigorosa apuração”, dessa vez acrescida de um tal “gabinete permanente de
situação”, uma dessas empulhações midiáticas, como álibi para dissimular, para
consumo externo, o repulsivo silêncio do governador, que traduz a inércia da
sua administração, cujo corolário, em matéria de segurança pública, é a
escalada da criminalidade, que hoje contamina a própria polícia. De resto, para
arrematar a propaganda enganosa, Simão Jatene, telefonou para o ministro da Justiça,
Alexandre de Moraes, e pediu ajuda do governo federal nas investigações dos
crimes.
É sob essa atmosfera de lassidão, que
fragiliza a segurança pública e por via de consequência estimula a
criminalidade, que medra com vigor o clima de barbárie sob o qual vive o Pará e,
em particular Belém. Barbárie que não distingue o cidadão indefeso do bandido,
com o qual passa a se confundir quem deveria reprimi-lo, pela própria corrupção
que contamina o aparelho policial e a leniência diante da bandidagem
institucionalizada.
A permissividade que permite a polícia
permitir-se execuções indiscriminadas, a pretexto de retaliar bandidos, é uma
espécie de habeas corpus preventivo para a violência policial da qual é vítima
frequente o cidadão em geral e a população carente, em particular. Daí emerge a
dolorosa pergunta, que não quer calar: a polícia em tese nos protege dos
bandidos, mas quem nos protege da polícia?
PATRIMONIALISMO – A mamata da família de Jatene
A edição deste domingo do Diário do Pará quantifica quanto custa,
para o contribuinte, o patrimonialismo do governador Simão Jatene (PSDB).
Segundo o jornal do grupo de comunicação da família do senador Jader Barbalho,
o morubixaba do PMDB no Pará, a família, os parentes e agregados do governador aboletados
na máquina administrativa custam aos cofres estaduais R$ 240 mil mensais.
A revelação do Diário do Pará
foi um revide. O jornal O Liberal, havia revelado que parentes
e apaniguados do senador Jader Barbalho aboletados no TCM, Tribunal de Contas
dos Municípios do Pará, custam aos cofres públicos R$ 200 mil mensais.
PATRIMONIALISMO – Izabela, a estrela do bem-bom
![]() |
Izabela Jatene, a primeira-filha, beneficiária do patrimonialismo do pai. |
A estrela da mamata é a primeira-filha,
transformada em secretária Extraordinária de
Integração de Políticas Sociais. A secretaria comandada por Izabela Jatene, que
embolsa mensalmente R$ 21 mil, foi ironicamente criada em na esteira de uma
reforma administrativa supostamente destinada a enxugar a máquina
administrativa. Originalmente uma obscura professora da Universidade Federal do
Pará, a vida pregressa de Izabela Jatene inclui antecedentes criminais: em outubro de 1998, às vésperas do
primeiro turno das eleições estaduais, ela e o marido, Ricardo Augusto Garcia
de Souza, foram presos pela Polícia Federal, flagrados com 20 mil cestas
básicas que seriam distribuídas pela Coligação União pelo Pará, do então
candidato Almir Gabriel (PSDB). Na época, o atual governador Simão Jatene era
ex-secretário de Almir Gabriel e coordenador da campanha do governador tucano,
que postulava a reeleição, enfrentando Jader Barbalho, ao qual acabou por
derrotar, em uma eleição pontuada por denúncias de uso da máquina
administrativa estadual (Leia aqui).
PATRIMONIALISMO – Antecedentes da primeira-filha
Além de antecedentes criminais, Izabela
Jatene notabilizou-se pela arrogância, expressa no episódio da suspeita de
risco de desabamento do edifício Wing,
com um apartamento por andar, no qual residiam, em andares distintos, ela, o
irmão e a mãe de ambos. “Falando como uma
cidadã comum”, bradou ela, na ocasião, em entrevista à TV Liberal, colocando-se
acima dos demais cidadãos, presumivelmente pela condição de filha do governador
(Leia aqui).
Mais constrangedor, e bem mais grave, foi o
episódio por ela protagonizado, ao ser flagrada em um comprometedor diálogo
telefônico com Nilo Rendeiro de Noronha,
então subsecretário de Receitas da Sefa, a
Secretaria de Estado da Fazenda, da qual posteriormente tornou-se titular. No
diálogo comprometedor, Izabela solicitava ao subsecretário de Receitas a lista
das 300 maiores empresas do Estado. “Consegue
pra mim? Manda pro meu e-mail?”, indagava Izabela, que, a seguir, justificava
candidamente o porquê do pedido: “Vamos começar a buscar esse dinheirinho
deles, né?”. A resposta servil de Nilo: “Claro. Qual é o teu e-mail?” (Ouça aqui).
PATRIMONIALISMO – Discípulo de Jader
Também em termos de patrimonialismo, o
governador tucano Simão Jatene revela-se um aplicado discípulo do senador Jader
Barbalho, do qual foi secretário no primeiro mandato do morubixaba do PMDB como
governador, de março de 1983 a março de 1987, e com o apoio do qual retornou ao
Palácio dos Despachos em 2010, derrotando, no segundo turno, a ex-governador
petista Ana Júlia Carepa.
No seu primeiro mandato como governador, quando
o morubixaba peemedebista ainda erigia a oligarquia que hoje comanda, alastrou-se,
nas diversas instâncias de poder, e mais visivelmente no Executivo, a presença
de parentes e contraparentes de Jader e da primeira dama, dona Elcione Zahluth
Barbalho. Então com supremacia dos Zahluth sobre os Barbalho, diga-se.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2017
BLOG – Neves vale-se de promotor servil e enreda MPE em aventura processual, sob o manto de juíza parcial
![]() |
Neves: tentativa graciosa de tentar calar denúncias do Blog do Barata. |
No final da manhã de sábado, 14, recebi das
mãos de uma jovem e bela oficial de Justiça, Ângela Lorena Figueiredo das
Neves, um novo mandado de citação e intimação – enfim anexando, embora tardiamente, a cópia
da petição inicial - para a nova data da audiência de instrução e julgamento do contencioso
que travo com o procurador geral de Justiça, Marcos Antônio Ferreira das Neves,
em ação ajuizada pelo MPE, o Ministério Público do Estado do Pará, na 5ª Vara do
Juizado Especial Criminal de Belém. Na denúncia oferecida pelo promotor de
Justiça Marcelo Batista Gonçalves sou acusado de injúria a servidor público no
exercício da função, por reporta-me a Neves, no Blog do Barata, como Napoleão de Hospício, por publicar uma
montagem caracterizando o procurador geral de Justiça como Napoleão Bonaparte e por criticá-lo por “ausência de pudores éticos”, sem nenhuma menção ao
contexto em que isso se deu e passando ao largo das graves suspeitas de
malfeitos noticiadas. Tudo isso sob o manto protetor da juíza Silvana Maria de
Lima e Silva, da 5ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém, a quem caberá
julgar o contencioso e que revelou-se escandalosamente parcial, ao cercear
minha defesa, ao privar-me do acesso à petição inicial, em sucessivos mandados
de citação e intimação. Inicialmente, em 27 de janeiro de 2016, fui
destinatário de um primeiro mandado de citação e intimação, sem que a este
fosse anexada, como determina a lei, a cópia da petição inicial da denúncia
oferecida, razão pela qual recusei-me a recibá-lo (Leia aqui). Isso não inibiu a juíza de seguir com o processo,
marcando para 7 de dezembro de 2016, às 10 horas, a audiência de instrução e
julgamento, da qual tive conhecimento em novo mandado de citação e intimação,
dessa vez remetido pelos Correios e por mim recebido a 10 de novembro de 2016,
embora ignorando os teor da denúncia oferecida. A pedido de Marcos Antônio
Ferreira das Neves, audiência foi adiada e transferida pela juíza para 9h30 de
17 de fevereiro de 2017, do que me foi dado conhecimento este último sábado,
14, por um novo mandado de citação e intimação entregue pela oficial de Justiça
Ângela Lorena Figueiredo das Neves, agora anexando, enfim, cópia da petição
inicial. Na prática, ao citar-me e intimar-me sem fazer anexar a cópia da
petição inicial - e mesmo assim dar andamento ao processo, a despeito da
citação ineficaz -, a juíza Silvana Maria de Lima e Silva, da 5ª Vara do
Juizado Especial Criminal de Belém, privou-me de apresentar minha defesa por
escrito, dentro do prazo de 10 dias estipulado por lei, a contar da citação,
feita a 27 de janeiro de 2016, cuja ineficácia foi solenemente ignorada pela
magistrada.
Trata-se de mais um capítulo da cruzada movida
pelo procurador geral de Justiça contra o Blog do Barata, com o auxílio da máfia togada que
domina o TJ, o Tribunal de Justiça do Estado do Pará, na tentativa de amordaçar-me,
diante das recorrentes denúncias de suspeitas de malfeitos que pontuam sua
administração (Leia aqui). Anteriormente,
com o aval da banda podre do colégio de procuradores, Neves utilizou-se do MPE para
solicitar e a PGE, Procuradoria Geral do Estado, endossar o pedido e ajuizar
uma ação impondo a censura judicial ao Blog do Barata, em um aberração contemplada pelo
Tribunal de Justiça, que para tanto valeu-se de um pusilânime togado, o juiz Luiz
Gustavo Viola Cardoso (Leia aqui). O
pretexto para a lambança foi uma suposta
“campanha de satanização e perseguição ao Parquet Estadual (sic), isto em
virtude da atuação de alguns dos seus membros, bem como por conta do
direcionamento de questões administrativas da instituições, cujas decisões
(sic) não concorda”. Se a petição inicial, subscrita pelo então procurador-geral
do Estado, Caio Trindade, e por Ricardo Seffer, procurador do Estado, soa
graciosa, configura-se entre hilária e patética a liminar do juiz substituto
Luiz Gustavo Viola Cardoso, determinando que abstenha-me de veicular no blog,
“ou qualquer outra publicação” de minha autoria, “expressões ofensivas,
injuriosas, pejorativas e grotescas dirigidas a instituição Ministério Público
do Estado do Pará e seus órgãos administrativos. A manifestação do magistrado é
um primor em matéria de estultícia servil. Comportando-se como um autêntico mequetrefe togado, com a postura
própria dos boys qualificados dos donos do poder, o juiz substituto Luiz
Gustavo Viola Cardoso permitiu-se, pateticamente, proibir-me de utilizar, em
relação ao MPE, expressões como “trem da alegria”, “tramoia”, “silêncio
obsequioso”, “sinecura”, “orgia de sinecuras” e termos “congêneres”.
Detalhe
sórdido, ilustrativo do caráter ignominioso da ação movida pela PGE, a pedido
do MPE: não há registro de nenhuma ação similar contra o Diário do Pará, o jornal do grupo de comunicação da família do
senador Jader Barbalho, o morubixaba do PMDB no Pará (Leia aqui). O jornal dos Barbalho, utilizando-se frequentemente da
prestigiada coluna Repórter Diário, é
hoje um crítico feroz de Marcos Antônio Ferreira das Neves, por conta dos
estreitos vínculos do procurador geral de Justiça com a tucanalha, a banda podre do PSDB, da qual é ícone o governador
Simão Jatene, o popular Simão Preguiça,
alcunha que a ele aderiu, em decorrência de sua verminótica indolência,
traduzida no imobilismo de sua gestão.
BLOG – Litigância de má-fé
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Neves: no papel de Napoleão de Hospício. |
Pela própria superficialidade e fragilidade
de seus argumentos, não é difícil identificar como aventura processual a
denúncia oferecida pelo promotor de Justiça Marcelo Batista Gonçalves, que
subscreve a ação ajuizada pelo MPE, do qual valeu-se, em sua
torpe retaliação, o procurador-geral de Justiça, Marcos Antônio Ferreira das
Neves, que mais do que nunca encarnou, com sua prepotência inescrupulosa, a
figura do Napoleão de Hospício. Na
denúncia fica claramente tipificada a litigância de má-fé (art. 80, inciso VII,
do novo Código de Processo Civil), com o fim precípuo de cercear a liberdade de
expressão (artigo 5º, inciso IV, da Constituição Federal), na contramão de
preceitos constitucionais, o que evidencia-se na pretensão de cercear a plena
liberdade de informação jornalística (artigo 220, parágrafos 1º e 2º, da
Constituição Federal).
A denúncia oferecida pelo promotor de
Justiça Marcelo Batista Gonçalves dá a exata dimensão do tamanho a que Neves,
valendo-se da escória servil, reduziu o Ministério Público Estadual. Emblematicamente,
a denúncia passa ao largo das graves suspeitas suscitadas e dos questionamentos
feitos envolvendo o procurador-geral de Justiça. Que Neves é um moleque, que a
nada e a ninguém respeita, porque não respeita sequer a si próprio, sabem até
as pedras desta terra, mas nada justifica a extensão dessa lambança – nem mesmo
o que andaram pondo na sua cabeça.
BLOG – O embargo de gaveta do PCCR da Alepa
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Campos: parecer sobre inconstitucionalidade do PCCR da Alepa ignorado. |
Com uma
seletiva noção de honra, Marcelo Batista Gonçalves, o promotor servil,
certamente jamais se preocupou em saber o porquê do embargo de gaveta sofrido
pelo parecer do promotor de Justiça Domingos Sávio Alves de Campos,
concluindo pela inconstitucionalidade do decreto legislativo nº 04/2012, que
trata do projeto do PCCR da Alepa, o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração
da Assembleia Legislativa do Pará, passível, assim, de ajuizamento de Adin, a
Ação Direta de Inconstitucionalidade (Leia aqui). A conclusão
de Domingos Sávio Alves de Campos, diga-se, foi inclusive
notícia no site do MPE em 1º de setembro de 2014 (Leia aqui). A despeito disso, Neves mantém-se silente, ao mesmo
tempo em que a Alepa aprova, generosamente, sucessivos trens da alegria, na
forma de projetos criando uma avalancha de cargos comissionados, tradicionais sinecuras
que viabilizam o nepotismo cruzado.
Da mesma forma, o Ministério Público
Estadual perdura absolutamente silente sobre as recorrentes denúncias de
malfeitos no TCE, o Tribunal de Contas do Estado, onde, não por acaso,
encontra-se aboletada a filha de Marcos Antônio Ferreira das Neves, Mariana
Silva Neves, que antes aportara na Prefeitura de Ananindeua, logo depós da
posse, em 2013, de Manoel Pioneiro (PSDB). Como não exibe substância e nem
experiência capazes de justificar tão meteórica ascensão, e sequer beleza para valer-se
da sedução como instrumento de conquistas profissionais, é inevitável concluir que
a jovem advogada seja o próprio jabuti na árvore.
BLOG – A vexatória omissão na ação contra Jatene
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Neves (à esq.) com Jatene: omissão que blindou o governador tucano. |
É bem verdade que não se deveria esperar
muito de um procurador-geral de Justiça capaz de refugar diante de suas
atribuições, como ocorreu no episódio do qual resultou a representação feita à
corregedoria do MPE pelo governador tucano Simão Jatene contra o procurador de
Justiça Nelson Medrado, que chefia o Núcleo de Combate à Improbidade Administrativa, e o promotor de
Justiça Militar Armando Brasil. Por amizade ou corporativismo puro e simples, ambos
podem até poupá-lo, mas foi certamente a inércia dolosa de Neves que levou
Medrado e Brasil a ajuizarem uma ação civil pública, por improbidade
administrativa, contra o governador Simão Jatene, a secretária estadual de
Administração, Alice Viana Soares Monteiro, e o filho de Jatene, Alberto Lima
da Silva Jatene, o Beto Jatene, notabilizado como gigolô de cargos
comissionados e que, a despeito do raquítico currículo, tornou-se, no governo
do pai, um próspero empresário (Leia aqui). O estopim do imbróglio foi a promiscua relação de Beto Jatene com o
governo do pai, na esteira da qual parte da frota da Polícia Militar abastece
nos postos de combustível do ilustre rebento, que entre 2012 e 2014 faturou,
com isso, algo em torno de R$ 5 milhões. Sem subscrever a ação ou delegar poderes para Medrado e Brasil fazê-lo, Neves simplesmente desautorizou a ambos e sordidamente blindou Jatene e seus comparsas.
Pela Constituição, segundo os profissionais de direito, nas ações de improbidade administrativa o governador não tem
privilégio de foro, podendo ser julgado em primeira instância e por juízo
singular, mas cabe somente ao procurador-geral de Justiça processá-lo, ou por
autoridade com delegação para tanto. Profissionais de competência,
probidade e experiência reconhecidas, Medrado e Brasil obviamente não
desconhecem a lei, tanto quanto, no íntimo, sabem das amarras que tornam o
procurador geral de Justiça, Marcos Antônio Ferreira das Neves, refém do
governador tucano Simão Jatene, optando, diante disso, por uma manobra
temerária. Não por acaso, ambos pretenderam, no curso da ação, que a juíza
Kátia Parente Sena intimasse Neves a se manifestar sobre a delegação de
autoridade para que ajuizassem a ação civil pública, por improbidade
administrativa, contra o governador, a secretária estadual de Administração e o
filho do governador. “Verifica-se, também, que o Ministério Público quer que
este Juízo intime o procurador- geral de Justiça para que este se manifeste
sobre o ato delegatório para a propositura da presente ação em face do governador
do Estado do Pará”, observa a magistrada, nos autos. A juíza Kátia Parente Sena
previsivelmente descartou a pretensão de Medrado e Brasil. Após citar os
parágrafos 1º e 2º do artigo 127 da Constituição Federal, a
magistrada conclui: “Portanto, a Constituição Federal, a legislação federal e estadual
conferem a autonomia e independência funcional ao Ministério Público no sentido
de tomar decisões relativas a atividade-fim, sem injunções de outros órgãos do
Estado.”
Os fatos falam
por si. E por eles não há como eximir Marcos Antônio Ferreira das Neves da
constatação de que exibe ausência de pudores éticos e parcos escrúpulos.
Imaginá-lo como Napoleão de Hospício,
diante do seu despudor pela liturgia do cargo e da falta de compromisso com o
cumprimento da lei e a probidade administrativa, é o mínimo que se pode dizer.
A única vítima, nesse imbróglio, tem sido o erário, ainda que essa evidência
solar seja convenientemente ignorada por Marcelo Batista Gonçalves, o promotor
servil.
BLOG – Tentação totalitária, o vício de origem
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Ministro Celso de Mello, cuja manifestação esfarinha a estultícia servil. |
Compatível com seu opaco histórico
funcional, que sugere indigência intelectual, a denúncia oferecida pelo promotor de Justiça Marcelo Batista
Gonçalves, a quem cabe subscreve a denúncia contra mim oferecida pelo MPE, padece de um
vício de origem, expresso na tentação totalitária, própria dos poderosos da
hora e seus sequazes, compulsivamente inclinados a tentar criminalizar o
exercício da liberdade de imprensa, para a qual é condição sine qua non o direito de crítica, sobretudo em razão do interesse
coletivo. Nisso ele vai na contramão da própria Constituição e do entendimento
de instâncias superiores da Justiça, como o STF, Supremo Tribunal Federal.
Convém lembrar, a propósito, a manifestação do ministro Celso de Mello,
acompanhada por unanimidade pela 2ª turma do STF, observando que o direito dos jornalistas de criticar pessoas públicas,
quando motivado por razões de interesse coletivo, não pode ser confundido com
abuso da liberdade de imprensa (Leia aqui). “A crítica jornalística, desse
modo, traduz direito impregnado de qualificação constitucional, plenamente
oponível aos que
exercem qualquer atividade de interesse da coletividade
em geral, pois o interesse social, que
legitima o
direito de criticar, sobrepõe-se a
eventuais suscetibilidades que
possam revelar as pessoas públicas ou as figuras notórias, exercentes, ou não,
de cargos oficiais”, sublinha o ministro Celso de Mello, do STF, no seu voto,
acompanhado, repita-se, por
unanimidade pela 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal.
“A crítica que os meios de comunicação social dirigem às
pessoas públicas, por mais dura e veemente que possa ser, deixa de
sofrer, quanto ao seu concreto exercício, as
limitações externas que ordinariamente resultam dos direitos de personalidade”,
acrescenta o ministro do STF, para então fulminar: “Não induz responsabilidade
civil a publicação de matéria jornalística cujo conteúdo divulgue observações em caráter mordaz ou irônico ou, então, veicule opiniões em tom de crítica severa,
dura ou, até, impiedosa, ainda
mais se a
pessoa a quem tais observações forem dirigidas ostentar a condição de figura
pública, investida, ou não,
de autoridade governamental, pois, em tal
contexto, a liberdade de crítica qualifica-se como
verdadeira excludente anímica, apta a afastar o intuito doloso de
ofender.” (Leia aqui)
A manifestação de Celso de Mello é de uma
clareza solar, em seus fundamentos. De resto, no cotejo de credenciais e currículos,
opto por ficar com o decano do Supremo Tribunal Federal, que exibe uma
credibilidade e um notório saber jurídico dos quais é evidentemente carente o
promotor de Justiça Marcelo Batista Gonçalves, como ilustra a denúncia que subscreve
e contra ele depõe, de tão graciosa. De Gonçalves sabe-se que é descrito como
aquele tipo de promotor que, mirando na ascensão funcional, manda os escrúpulos
às favas e permite-se concessões, ainda que ignominiosas, capazes de torná-lo
simpático aos seus superiores. Isso talvez explique assinar uma peça tão tosca,
mas tão tosca, que permite concluir, de seu autor, que se trata de alguém capaz
de ficar à beira de uma convulsão cerebral, na possibilidade de ter duas ideias
concomitantes. Sabe-se ainda, sobre Marcelo Batista Gonçalves, que se trata do
promotor encarregado de manifestar-se sobre a representação anônima protocolada
no MPE, contendo denúncias de supostas falcatruas no Sintepp (Leia aqui). A gravidade das denúncias (Leia aqui), segundo entendimento de
fontes do próprio Ministério Público, sugeria, como primeira medida, um mandado
de busca e apreensão, algo ignorado pelo promotor de Justiça, que optou por
tratar burocraticamente o imbróglio (Leia aqui). Disso resultou, até onde se sabe, uma manifestação superficial do
delegado incumbido de apurar as suspeitas de falcatrua, deixando o dito pelo
não dito.
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