SOB CENSURA, POR DETERMINAÇÃO DOS JUIZES TÂNIA BATISTELO, JOSÉ CORIOLANO DA SILVEIRA, LUIZ GUSTAVO VIOLA CARDOSO, ANA PATRICIA NUNES ALVES FERNANDES, LUANA SANTALICES, ANA LÚCIA BENTES LYNCH, CARMEN CARVALHO, ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO E BETANIA DE FIGUEIREDO PESSOA BATISTA - E-mail: augustoebarata@gmail.com
quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
BLOG – Ausência compulsória
Problemas
domésticos obrigaram-me a fazer um hiato, absolutamente involuntário, na
atualização do Blog do Barata, que retomo nesta quinta-feira,
30, desculpando-me pela ausência.
BLOG - 3.598 acessos, o maior dos recordes
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O gráfico do Blogger, rastreando o pico de acessos do dia 27. |
Na
última segunda-feira, 27, mesmo sem ter sido atualizado, o Blog do Barata
superou todos os seus recordes, ao registrar 3.598 acessos, de acordo com a
estatísticas do Blogger, sobre as quais os blogueiros não têm qualquer
ingerência, convém acentuar. Também de acordo com o Blogger, as postagens mais
acessadas foram todas aquelas editadas na noite de domingo, 26.
Em
ordem decrescente, as postagens mais acessadas na segunda-feira, 27, ainda
segundo o Blogger, foram JUSTIÇA NO PARÁ – Feira da corrupção; MURAL – Queixas & Denúncias; ALEPA – Márcio Miranda patrocina sinecuras; TJ – Máfia togada desdenha dos concursados; e TJ – Luzia Nadja, o sujeito oculto da lambança.
BLOG – Estados Unidos superam Brasil em acessos
As estatísticas do Blogger também
revelam algo inusitado, sem precedentes, em relação ao Blog do Barata. Na segunda-feira passada, 27, pela
primeira vez o maior volume de acessos ao blog foi registrado nos Estados
Unidos, que superaram o Brasil.
Na última
segunda-feira, 27, revela o Blogger, as visualizações de página do Blog
do Barata por
país apresentaram os seguintes números: Estados
Unidos, 1.870 visualizações; Brasil, 1.549; Alemanha, 76; Áustria, 20; França, 20; Índia, 17; Reino
Unido,
15; Rússia, 5; Uruguai, 5; e Canadá, 2.
TETO – Alice negocia para escapar da Justiça
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Alice Viana: disposta a ressarcir o erário, para evitar ação judicial. |
O cinismo levado ao
paroxismo. Assim pode ser definida a mais recente lambança de Alice Viana, a
secretária estadual de Administração, originária do TJ Pará, o Tribunal de
Justiça do Estado, e uma das ilustres beneficiárias da sórdida pilhagem ao
erário, na forma de desrespeito ao teto constitucional. Flagrada no bem-bom das
remunerações faraônicas, obtidas à margem da lei, ela deverá responder a uma
ação judicial por improbidade, com ressarcimento ao erário, a ser movida pelo
MPE, o Ministério Público Estadual. Segundo fonte do Blog do Barata, cujo relato foi feito em off, Alice Viana, exibindo um cinismo
de corar anêmico, propôs ao MPE devolver aos cofres públicos, sem mais
delongas, o que embolsou indevidamente, solicitando, porém, que o MPE desista
da ação judicial na qual deverá figurar como ré.
“Nunca tinha visto
algo semelhante, em se tratando de improbidade”, assinala a fonte do Blog do Barata, ao relatar as circunstâncias nas quais Alice Viana protagonizou
a inusitada barganha. A graciosa proposta da secretária estadual de
Administração, notabilizada pelo arrogância própria dos deslumbrados com a
ascensão social, ocorreu em telefonema ao procurador de Justiça Nelson Medrado,
que quando promotor de Justiça flagrou a tramóia das remunerações faraônicas. A
ideia inicial era ajuizar uma ação judicial por improbidade, com ressarcimento
ao erário, na qual figurariam como rés, além de Alice Viana, Ana Maria Barata,
originária da Defensoria Pública e cedida por longos anos ao MPE, e Marta Maria
Vinagre Bembom, procuradora da Alepa, a Assembleia Legislativa do Pará, cedida
ao TCE, o Tribunal de Contas do Estado. Todas três acumulavam as remunerações
dos órgãos
cedente e cessionário, sem que, somados os pagamentos brutos, fosse descartado
o que excede o teto constitucional, como manda a lei.
Com a promoção a procurador de Justiça, por antiguidade, de
Nelson Medrado - de competência, probidade e experiência reconhecidas -, o
imbróglio ficou afeto ao promotor de Justiça Bruno Beckembauer Sanches
Damasceno. Este, então, segundo relato feito ao Blog do Barata,
por fonte do MPE, optou por fatiar em três a ação judicial originalmente
minutada, por entender que assim contribuiria para agilizar a tramitação.
Informações adicionais, não confirmadas,
relatam que, por eventuais irregularidades, distintas do desrespeito ao teto
constitucional, também seriam arrolados, na ação envolvendo Alice Viana,
Cláudia Guzzo, consultora jurídica do Estado e chefe da Consultoria Jurídica da
Sead, a Secretaria de Estado de Administração, e Adelino Carvalho Monteiro. Este
vem a ser o marido de Alice Viana, originário da Sead e anunciado como diretor de
Gestão da Política de Saúde Ocupacional do Servidor da secretaria, da qual seria servidor de carreira, tão logo a mulher
foi nomeada secretária. Diante das críticas, ele foi cedido à Casa Civil, em
cuja relação de servidores figura desde julho de 2012, quando foi
disponibilizada a folha de pagamento do governo, com remuneração de pouco mais
de R$ 5 mil. Quanto a Cláudia Guzzo, desde de julho de 2012, quando foi disponibilizada a folha de pagamento
do governo, aparece o abate teto na sua remuneração.
TJ – O escandaloso sumiço dos anexos do processo
Tanto quanto a
máfia legislativa, que comanda a burocracia da Alepa, a Assembleia Legislativa
do Pará, a máfia togada, que dá as cartas no TJ Pará, o Tribunal de Justiça do Estado, também não conhece limites. Isso certamente explica o porquê do
escandaloso sumiço de quatro anexos do processo nº 2013.3.004750-2,
que tramita na 9ª Vara Penal da capital e apura as falcatruas registradas na
Alepa, rastreadas pelo destemido promotor de Justiça Nelson Medrado, hoje
procurador de Justiça, um profissional de competência, probidade e experiência
reconhecidas.
Na
ação figuram como réus, dentre outros, Domingos Juvenil
Nunes de Sousa, ex-presidente da Alepa e atual prefeito de Altamira; Sérgio
Duboc Moreira, ex-diretor Financeiro da Alepa e ex-diretor do Detran, o Departamento
de Trânsito do Estado do Pará; e Maria de Nazaré Nogueira Guimarães Rolim, a célebre
Naná, a vovó das falcatruas da Alepa.
Também figuram como réus, na mesma ação, Paulo Roberto Batista de Souza,
Claudiana Alves da Cruz, Françoise Marie de Almeida Cavalcante, Sérgio Duboc
Moreira, Débora Jaques da Silva Cardoso, Raul Nilo Guimarães Velasco e Jorge
Luiz Feitosa Pereira.
Em sua edição
do último dia 28, o Diário da Justiça publica a portaria nº 004/2014-CJRMB, da
Corregedoria de Justiça da Região Metropolitana de Belém, instaurando
sindicância administrativa de natureza investigativa, para apurar o
desaparecimento dos quatro volumes apensos aos autos do processo nº 2013.3.004750-2,
que tramita na 9ª Vara Penal da capital.
JATENE – Uma suspeita austeridade
Enquanto
o governador Simão Jatene (PSDB), o Simão
Preguiça, cansado de tanto não fazer nada, usufrui das delícias de um tour internacional, com as mordomias
naturalmente bancadas pelo erário, seu vice, Helenilson Pontes (PSD), assumiu o
governo aparentemente encarregado de mostrar que o que é ruim pode ficar pior,
muito pior. O governador em exercício simplesmente decretou a suspensão do
pagamento de tempo integral e hora extra, exceto em circunstâncias excepcionais,
muito excepcionais, a partir de fevereiro próximo.
A
reação dos servidores públicos estaduais foi, previsivelmente, da mais
inocultável indignação. “O governo vai tirar a partir do
dia 1º de fevereiro o tempo integral dos servidores públicos. Tudo para poder
gastar dinheiro nas suas campanhas milionárias!”, comenta um servidor público,
resguardado pelo anonimato, para driblar eventuais retaliações. “Quando essa
pouca vergonha vai acabar???”, acrescenta, ácido.
Em
outro comentário, o internauta é devastador.
“É um governo da incoerência: na mesma pagina do Diario Oficial que publica o decreto
com o corte sumário das gratificações de GTI e horas extras dos já fumados
servidores, justificando para tanto ‘a necessidade de redução do dispêndio com
o pagamento de pessoal’, publica outro decreto nomeando o ex-secretário
Passarinho, que vai se candidatar nas próximas eleições, para um cargo de
Assessor DAS II! É um absurdo e ninguém da (in)Justiça deste estado faz nada!
Assim o ‘passarinho’ literalmente comeu a GTI (Gratificação de
Desempenho de Atividade de Informações Estratégicas) e horas extras dos
coitados!”, sentencia.
JATENE – Em tempo: a tramóia dos Passarinho
JATENE – O déjà-vu da tucanalha
O
inusitado surto de austeridade do governo, materializado pelas mão do
governador em exercício Helenilson Pontes (PSD), vem a ser um déjà-vu da postura assumida pelo
ex-governador Almir Gabriel, já falecido, ao final do seu segundo mandato,
mirando na eleição de Simão Jatene, então um poste eleitoral, sem currículo
capaz de credenciá-lo a tornar-se governador.
Mirando
na acintosa utilização da máquina administrativa, da qual se valeu para fazer
de Simão Jatene seu sucessor, Almir Gabriel impôs um draconiano regime de
austeridade, sem chegar aos limites do agora imposto, porque não tinha mais o
que extorquir dos servidores públicos estaduais. Convém lembrar, a propósito,
que ao longo dos 12 anos de sucessivos governos do PSDB, entre 1995 e 2006 – período
que inclui os dois mandatos do ex-governador Almir Gabriel e o primeiro mandato
do governador Simão Jatene -, a perda salarial média dos servidores públicos
estaduais do Pará chegou a mais de 50%, segundo os insuspeitos números do
Dieese, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos.
Resumindo,
trata-se, agora, do déjà-vu da
tucanalha, na esteira do seu menosprezo pelo servidor público de carreira.
Afinal, seus apadrinhados estão aboletados nas sinecuras em que
transformaram-se os cargos comissionados.
PIRABAS – A suspeita prosperidade de Barroso
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Cláudio Barroso (à esq.): sob recorrentes denúncias de corrupção. |
Protagonista
de uma administração pontuada por recorrentes denúncias de corrupção, o
prefeito de São João de Pirabas, Cláudio Barroso (PMDB), ainda tem contra si a
suspeita de enriquecimento ilícito, embora valendo-se de laranjas para mascarar a súbita evolução patrimonial. Isso, pelo
menos, é o que revelam as denúncias que levaram o MPE, o Ministério Público
Estadual, a deflagrar uma operação de busca e apreensão na Prefeitura de São
João de Pirabas, da qual resultou a apreensão de vasta documentação,
comprometedora para Barroso. O prefeito tem como fada-madrinha a deputada
peemedebista Simone Morgado, que ganhou visibilidade política no rastro de um affaire com o senador Jader Barbalho,
ex-governador e o morubixaba do PMDB no Pará, que é também a mais longeva
liderança política da história do estado.
Esse
vínculo político com Simone Morgado e, por extensão, com Jader Barbalho,
explicaria a leniência do TCM, o Tribunal de Contas dos Municípios, diante das
sucessivas denúncias de corrupção contra Barroso. No TCM, acrescentam as
denúncias, ele seria blindado pelos conselheiros Mara Lúcia Barbalho da Cruz, cujo
maior predicado é ser irmã de Jader Barbalho, e Daniel Lavareda, cujo
escritório de advocacia é hoje tocado pelo filho e que teria entre seus
clientes a Prefeitura de São João de Pirabas. Aos dois se soma, relatam ainda
as denúncias, o contador Anazildo de Morais, recentemente aposentado pelo
TCM e supostamente trabalhando na Prefeitura de São João de Pirabas, a qual já
serviria quando ainda na ativa, no tribunal, em flagrante conflito de
interesses. |
PIRABAS – A desfaçatez de Mara Barbalho
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Mara Barbalho: manobra para blindar o prefeito acusada de corrupção. |
Introduzida
como janelada no TCM, para depois tornar-se
conselheira no rastro do prestígio do ilustre irmão, o senador Jader Barbalho,
Mara Lúcia Barbalho da Cruz, atual vice-presidente do tribunal, levou a
desfaçatez ao paroxismo e protagonizou uma patética lambança, sem disfarçar o
empenho em garantir a impunidade do prefeito de São João de Pirabas, Cláudio
Barroso (PMDB), alvo de sucessivas denúncias de corrupção. Ao assumir a
presidência da sessão realizada a 18 de setembro de 2012, ela simplesmente
abortou o julgamento das contas de Barroso.
O
álibi para a lambança foi a decisão de anular o ato que conferia a função de
relatora do processo a Márcia Costa, auditora do tribunal. O serviço sujo,
protagonizado por Mara Lúcia Barbalho da Cruz, foi pavimentado pelo conselheiro
Cesar Colares, o ex-deputado tucano que é hoje corregedor do tribunal. Coube a
ele, na ausência do conselheiro-presidente Zeca Araújo, abrir a sessão, para
posteriormente sair de cena, retirando-se, após transferir a presidência dos
trabalhos a Mara Lúcia Barbalho da Cruz.
PIRABAS – Lavareda, o topa tudo por dinheiro
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Daniel Lavareda (à dir.), também acusado de blindar Cláudio Barroso. |
Quanto
ao conselheiro Daniel Lavareda, não surpreende que ele possa prestar-se a blindar
o prefeito de São João de Pirabas, Cláudio Barroso. Ao que consta, prestar
serviços a prefeituras do interior contribuiu para tornar próspera sua banca de
advocacia, juntamente com a corretagem de imóveis em Ananindeua.
Previsivelmente, a assessoria a prefeituras ensejou o tráfico de influência, do
qual também se beneficiou Lavareda, cuja ambição o fez passar por uma sucessão
de constrangimentos, o maior dos quais na sua posse como conselheiro do TCM, na
presença da própria família. Na ocasião, o conselheiro Alcildes Alcântara, de vínculos políticos com Jader Barbalho e que fez carreira como advogado de reconhecida competência, cobrou publicamente esclarecimentos sobre as suspeitas de desvios éticos e corrupção envolvendo Lavareda.
Só
a ambição desmedida justifica Daniel Lavareda mandar às favas os escrúpulos,
para tornar-se conselheiro do TCM, em uma desastrosa manobra da ex-governadora
petista Ana Júlia Carepa, estimulada pela presidente da seccional paraense da
OAB, a Ordem dos Advogados do Brasil, Jarbas Vasconcelos do Carmo, militante
histórico do PT e de antecedentes não exatamente lisonjeiros. Jarbas Vasconcelos do Carmo chegou a ser afastado do cargo, diante de graves denúncias de corrupção, durante a intervenção da direção nacional da OAB na seccional do Pará, em um episódio sem precedentes na história da entidade. Lavareda, atuando como
advogado no TCM, tornou-se conselheiro, em vaga destinada a um
auditor, função que na ocasião ele exercia interinamente. O arranjo espúrio
naufragou e hoje o conselheiro vive na iminência de ser defenestrado do cargo de conselheiro do TCM,
embora faça cara de paisagem.
Impedido
de advogar, pela sua condição de conselheiro do TCM, Lavareda transferiu formalmente,
para o filho, o comando da sua próspera banca de advocacia. Formalmente, é
claro. Até pela sua experiência profissional e indiscutível inserção política,
soa absolutamente ingênuo imaginar que, mesmo à distância, ele não mantenha o
comando do escritório. Não por acaso seu nome é sempre associado ao prefeito
Cláudia Barroso, de São João de Pirabas, que segue impune, a despeito das
recorrentes denúncias de corrupção.
PIRABAS – Pela madrinha define-se o afilhado
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Simone Morgado e o afilhado político trapalhão, o prefeito Cláudio Barroso. |
Pela sua fada-madrinha, poder-se definir o jaez do prefeito
de São João de Pirabas, Cláudio Barroso. Simone Morgado é ré em uma ação civil pública, por improbidade administrativa, movida
pelo Ministério Público Estadual. Ela patrocinou a falcatrua – denunciada com
exclusividade pelo Blog do Barata - da qual
foi beneficiária a jovem advogada Ana Mayra Mendes Leite Cavalcante, lotada em
seu gabinete e que usufruía das benesses de uma aprazível sinecura na Alepa, a
Assembleia Legislativa do Pará, embora residindo em Portugal, onde fazia seu
mestrado, aproveitando para conhecer a Europa, nas horas vagas.
A desfaçatez de Simone Morgado, própria de quem confia na
impunidade, foi tanta e tamanha, que ela atestava a suposta freqüência da Fantasminha da Alepa, como ficou conhecida a jovem advogada, beneficiária da
sinecura. A deputada peemedebista chegou inclusive a conceder férias a Ana Mayra Mendes Leite Cavalcante, cujos pais, Márcia Mendes Leite Cavalcante e José Leite Cavalcante, são
também servidores da Alepa, embora ele raramente seja visto no Palácio
Cabanagem. Quanto a Márcia Mendes Leite Cavalcante, a mãe da Fantasminha da Alepa, a despeito do passado
aparentemente impoluto, acabou por revelar-se inusitadamente íntima da célebre Naná, a Vovó das Falcatruas na Assembleia Legislativa do
Pará, que também se apresenta como Maria de Nazaré Rodrigues Nogueira, ou Maria de Nazaré
Nogueira Guimarães Rolim, ou ainda Maria de Nazaré Guimarães Rolim. Ex-mulher do jornalista Walter Guimarães Rolim, já falecido, que conferiu-lhe visibilidade social e profissional, a Vovó das Falcatruas também notabilizou-se
pela soberba e por manter um affaire
com Jorge Moisés Caddah. Este vem a ser um corrupto confesso, envolvido, juntamente com Naná, nas fraudes nas licitações
realizadas no Palácio Cabanagem. Ambos respondem a ações, civil e penal,
movidas pelo MPE, o Ministério Público Estadual.
PIRABAS – O real patrimônio do prefeito
Segue abaixo o elenco de bens que, segundo as reiteradas
denúncias, seriam efetivamente de Cláudio Barroso, o prefeito de São João de
Pirabas, embora, para consumo externo, estejam em nome de laranjas.
CARROS:
- Gol NHS 5355 - Em nome de Ednilton, o
Nil, cunhado do prefeito. Nil é descrito como o playboy da família, que vive
viajando, em turismo supostamente financiado com recursos públicoas.
- S 10 NSL 0223 – Em nome de João
Serafim, cunhado do prefeito.
- Siena OGL 2454 – João
Serafim.
- Tucson w4w OFJ 0909 – Em
nome de América Barroso, mulher do prefeito.
- Hylux OFT 4929 – Em
nome de Luís Claudio, o Galego, filho
de Cláudio Barroso e hoje presidente da Colônia de Pescadores (Z-08). Ele é
suspeito de também valer-ser de eleitores fantasmas, para ser eleito, tal qual
o pai, nas eleições de 2012.
IMÓVEIS:
- Chácara em Ananindeua – Na
rodovia Mário Covas.
- Imóvel na passagem Álvaro Adolfo, 108, no bairro
da Pedreira, em Belém - Em nome de América Barroso, a mulher do prefeito.
- Imóvel na Vila Nova, na zona rural de São João de
Pirabas – Em nome de Claudio Barroso.
- Imóvel na rua Plácido Nascimento, 289 - Centro de
Pirabas – Em nome de Cláudio
Barroso.
- Imóvel na rua Tiradentes, 249, no centro de
Pirabas – Em nome de Claudio Barroso.
- Imóvel na travessa dos Mercadores, s/nº - Em
nome de João Serafim, cunhado do prefeito.
- Imóvel na rodovia PA 440, comercial, onde
funciona a oficina Autos Pirabas Car – Em nome de João
Serafim, cunhado de Cláudio Barroso.
- Imóvel na Praça da Bandeira, s/nº, centro de
Pirabas – Abriga o Sindicato dos Pescadores, hoje SEDECT/PA.
- Imóveis na travessa Lazaro Ribeiro, s/nº - São
dois prédios, mantidos em nome de
Ednilton Santos, sogro do prefeito.
- Imóvel na rodovia PA 440 – Casa
que fica à direita da oficina Autos Pirabas Car – Em nome de João Serafim,
cunhado do prefeito.
- Imóvel comercial, no qual funciona Materiais de
Construção Construpirabas – O responsável é Wellington Barroso, irmão do
prefeito Cláudio Barroso.
- Imóvel comercial, que abriga a panificadora São
João – O proprietário legal seria Canu, jogador do time de
futebol Independência.
domingo, 26 de janeiro de 2014
ALEPA – Márcio Miranda patrocina sinecuras
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Márcio Miranda: pilhagem ao erário, na forma de novas sinecuras. |
Se
confirmada a denúncia feita ao Blog do Barata, trata-se,
pura e simplesmente, de uma colossal molecagem, que soa a escárnio em relação
ao contribuinte e debocha do MPE, o Ministério Público Estadual.
De
acordo com a denúncia, o atual presidente da Alepa, a Assembleia Legislativa do
Pará, deputado Márcio Miranda (DEM), simplesmente abrigou em um importante
setor do Palácio Cabanagem todos os assessores que compunham o gabinete do
ex-deputado Gabriel Guerreiro (PV), recentemente falecido. Como, de praxe, o sucessor
de Guerreiro terá plena autonomia para compor sua assessoria de gabinete. Com isso, os
assessores do falecido parlamentar – sem vínculo direto com a Alepa – deveriam
ter sido defenestrados, sem maiores delongas. O que não ocorreu, em lambança
patrocinada por Márcio Miranda, ainda segundo a denúncia feita ao Blog do Barata.
ALEPA – Lei, decência e decoro atropelados
A
lambança atribuída ao deputado Márcio Miranda, como presidente da Alepa, parece
ter como combustível o calendário eleitoral, acentua a denúncia feita ao Blog do Barata. Confirmada a tramóia, é inevitável concluir
que o parlamentar do DEM optou por atropelar a decência e o decoro, para fazer
proselitismo eleitoral, valendo-se de recursos públicos, onerando ainda mais o
contribuinte.
Com
isso, sublinha a denúncia, o presidente da Alepa incha, despudoradamente, a
folha de pagamento do Palácio Cabanagem, inaugurando, assim, a temporada de
caça ao voto do eleitor, habitualmente feita com recursos públicos.
TJ – Máfia togada desdenha dos concursados
Um
dos mais ignominiosos episódios protagonizados pela máfia togada que pontifica
no TJ Pará, o Tribunal de Justiça do Estado do Pará, é revelador da truculência
dos bandidos de toga, habitués em tratar a lei como letra morta e a
comportar-se como dignos cúmplices retroativos da ditadura militar. O mais
grave, no imbróglio, é que nem durante o regime dos generais, que manteve o Brasil
na noite negra do obscurantismo por 21anos, a partir do golpe militar de 1º de
abril de 1964, viu-se algo parecido com a repulsiva coação da qual foi vítima
uma comissão de assistentes sociais aprovadas no concurso
público 002/2009, promovido pelo TJ Pará. Com o agravante do incidente se dar
nas dependências da sede do Tribunal de Justiça do Estado, o fórum mais
adequado e compatível com a reivindicação das assistentes sociais classificadas
no concurso promovido pelo próprio TJ Pará, mas ainda à espera de nomeação.
Pior, muito pior, porque degradante, é ver pessoas de bem tratadas como
delinqüentes, exatamente por quem primeiro deveria acolhê-las - a
desembargadora Luzia Nadja Nascimento, presidente do TJ Pará.
O
imbróglio teve como estopim a inexplicável ausência da secretária de Gestão de Pessoas do TJ, Alice Loureiro, com a qual a
comissão de assistentes sociais deveria se reunir, em audiência previamente
agendada e prevista para 9 horas da manhã do dia 17 deste mês, a fim de tratar da
nomeação de aprovados no concurso público 002/2012. Acompanhada do presidente
da Asconpa, a Associação dos Concursados do Pará, José Emílio Almeida, a
comissão, diante da falta de justificativa para a ausência de Alice Loureiro,
decidiu solicitar uma nova reunião, dessa vez com a própria presidente do TJ
Pará, a desembargadora Luzia Nadja Nascimento. Isso bastou para que entrasse em
cena um magote de PMs, que compõem a curriola de vagabundos fardados, em
acintoso desvio de função, quando deveriam estar nas ruas, garantindo a
segurança ao contribuinte, à mercê da escalada da criminalidade, enquanto banca
o ócio remunerados dos arremedos de policiais militares que, na falta de função
mais nobre, dedicam-se a abrir e fechar portas para a máfia togada. Sob o
comando do tenente-coronel da Polícia Militar Luís Carlos Rayol de Oliveira -
lotado na Coordenadoria Militar do TJ e descrito como uma borra-botas farto em
arrogância e parco em predicados, como é próprio dos ineptos -, os simulacros
de PMs interpelaram grosseiramente a comissão de assistentes sociais e o
presidente da Asconpa, “convidados” a se retirarem para outra sala, sob uma
atmosfera de inocultável constrangimento, no limite da intimidação. Quando
indagou o porquê da intervenção dos PMs, José Emílio Almeida, o presidente da
Asconpa, foi tratado grosseiramente e excluído da conversa pelo magote de
vagabundos fardados. As assistentes sociais e o presidente da Asconpa relatam,
indignados, que quando deixaram a faustosa sede do TJ, foram monitorados pelos
sequazes fardados, a serviço da máfia togada, como se fossem delinqüentes de
alta periculosidade. No mundo real, como bem sabemos, os PMs Maçanetas, dedicados a um confortável desvio de função, se
notabilizaram por acumular privilégios, sobretudo salariais, ao mesmo tempo que
se mantêm a uma distância abissal das ruas, nas quais medra com vigor a
criminalidade, o que fez de Belém a segunda capital no ranking da violência
urbana, superada apenas por Recife. Isso antes, é verdade, de São Luis se
revelar, para um Brasil estarrecido, refém da criminalidade, cuja escalada é
corolário da oligarquia comandada pela família Sarney, que escraviza o Maranhão
há quase 50 anos.
TJ – Luzia Nadja, o sujeito oculto da lambança
Luzia Nadja, com Simão Jatene (à dir.): sujeito oculto da ignomínia. |
Diante das circunstâncias não há como
deixar de associar a presidente do Tribunal de Justiça do Estado,
desembargadora Luzia Nadja Nascimento, ao tratamento ignominioso dispensado à
comissão de assistentes sociais e ao presidente da Asconpa, a Associação dos
Concursados do Pará. É lambança demais para ser perpetrada sem, pelo menos, o
silêncio cúmplice de Luzia Nadja, alternativa que, em tese, permite-lhe driblar
o desgaste de eventual controvérsia. A desembargadora, recorde-se também, é mulher
do ex-procurador geral de Justiça, Manoel Santino Nascimento Júnior, que foi
também secretário especial de Defesa Social no segundo mandato do ex-governador
Almir Gabriel, já falecido. Na versão que até hoje circula nos bastidores, Santino,
como é mais conhecido o ex-procurador geral de Justiça, ascendeu politicamente
na esteira do compromisso de blindar – tal qual foi feito - o ex-governador
Almir Gabriel, diante do massacre de Eldorado dos Carajás, ocorrido a 17 de
abril de 1996, no qual foram barbaramente mortos, pela PM, 19 sem-terra.
Soa fatalmente gracioso que a secretária
de Gestão de Pessoas do TJ Pará, Alice Loureiro, com a qual a comissão de
assistentes sociais deveria se reunir, estivesse ausente justo no horário de
uma audiência previamente agendada, para tratar de um tema delicado, como é o
drama dos concursados à espera de nomeação. E isso sem a gentileza de
justificar a ausência e sem que a comissão fosse remetida a outro interlocutor.
Mais inverossímil ainda é a possibilidade de toda essa lambança se dar sem o
conhecimento da presidente do TJ Pará. O ato falho, que evidencia a
determinação em abortar a audiência e inviabilizar o diálogo com os concursados
– algo só possível com o endosso da desembargadora Luzia Nadja Nascimento -, é
ter entrado em cena, com uma postura a priori hostil, o magote de vagabundos
fardados da PM, de notórias limitações intelectuais e, até pela formação
castrense, pouco ou nada afeitos ao diálogo.
TJ – O escandaloso desafio ao CNJ
Do
incidente resultou uma nota de repúdio da Asconpa e do Sinaspa, o Sindicato de
Assistentes Sociais no Estado do Pará, denunciando a truculência da qual foram
vítimas José Emilio Almeida e a comissão de assistentes sociais, em plena sede
do TJ Pará. O que serve para marcar posição, certamente. Mas que é pouco, muito
pouco, irrisório, mesmo, diante do tratamento dispensado aos concursados em
geral, e aos seus em particular, pelo TJ Pará, em claro desafio às leis e, em
especial, ao CNJ, o Conselho Nacional de Justiça. No caso específico do
Tribunal de Justiça do Pará, o menosprezo aos seus concursados é levado ao
paroxismo, atropelando a lei, o decoro e a decência. O que exige a intervenção,
sem mais delongas, do CNJ, que mais do que nunca precisa ser acionado, como
alternativa para debelar a iniqüidade institucionalizada, que faz do Pará terra
de ninguém, na qual lei é potoca, conforme a definição atribuída ao
ex-interventor e ex-governador Joaquim Cardoso de Magalhães Barata, o caudilho
que marcou época na história política do Estado.
O
imbróglio envolvendo os assistentes sociais aprovados no concurso do TJ, mas
que perduram à espera de nomeação, é emblemático do desdém da máfia togada
pelos mais elementares princípios da administração pública. Depois de pretender
efetivar seus temporários, em lambança abortada pelo CNJ, tratou de obter a
criação de uma avalancha de cargos comissionados, para neles alojar os janelados, uma parcela dos quais,
segundo versão não confirmada, figuraria na folha de pagamento de empresas que
prestam serviço ao tribunal, na esteira da decantada terceirização.
Quanto
as assistentes sociais, o desdém do TJ Pará, inclusive em relação ao CNJ, é
absurdamente escandaloso. O Conselho Nacional de Justiça, acionado, expressou a
recomendação para a nomeação de assistentes sociais, de modo a fazer frente às
demandas do tribunal, diante da denúncia de que esses profissionais,
contratados pelas prefeituras do interior, estavam sendo obrigados a ficar
também a serviço dos magistrados, embora sem vínculos funcionais com o TJ e sem
que fossem sequer remunerados para tanto.
TJ – Entenda o imbróglio
Segundo
informações da Asconpa, a Associação dos Concursados do Pará, o concurso público 001/2009, promovido pelo TJ Pará, o Tribunal de
Justiça do Estado do Pará, foi realizado para formação de cadastro de reserva
para cargos de nível fundamental, médio e superior. Para o cargo de assistente
social, a homologação ocorreu em 4 de fevereiro de 2010. Em 4 de fevereiro de
2014, portanto, expira o prazo de validade do concurso para o referido cargo.
De acordo também com a Asconpa, embora
tenham sido classificados 134 assistentes sociais para o pólo Belém, apenas
três candidatos foram convocados. Para o pólo Ananindeua, que abrange também os
municípios de Marituba, Benevides e Santa Bárbara, foram aprovados 59
assistentes sociais, mas, até o momento, somente uma profissional foi nomeada, denuncia
a Asconpa.
A necessidade de profissionais da área e
a existência de assistentes sociais cedidas ao tribunal para prefeituras do
interior, à margem da legalidade, atuando no lugar de concursados, são notórias
e já foi denunciada pelo Sinaspa, o Sindicato de Assistentes Sociais no
Estado do Pará, ao CNJ, sublinha José Emílio Almeida, o presidente
da Associação dos Concursados do Pará. O CNJ já
notificou o TJ Pará, recomendando a demissão de temporários, mas o tribunal,
até o momento, ignorou solenemente a advertência, acentua José Emílio Almeida. O
presidente da Ascopa salienta que a truculência da qual foram vítimas ele
próprio e a comissão de assistentes sociais, na luxuosa sede do TJ, será
denunciada ao CNJ.
TJ – Solidariedade do deputado e dos vereadores
![]() |
Deputado Edmilson Rodrigues: engrossando o coro de solidariedade. |
O
repúdio da Asconpa, a Associação dos Concursados do Pará, e do Sinaspa, o
Sindicato de Assistentes Sociais no Estado do Pará, diante do repulsivo
tratamento dispensado às assistentes sociais e a José Emilio Almeida, foi
engrossado por um vasto leque de entidades. A essas entidades se juntaram o
deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSol), ex-prefeito eleito de Belém por
dois mandatos consecutivos, quando no PT, e os vereadores de Belém Fernando
Carneiro (PSol), Marinor Brito (PSol) e Cleber Rabelo (PSTU).
Na
nota oficial, a Asconpa, o Sinaspa e essas entidades manifestaram, de forma
veemente, a repulsa ao comportamento abjeto dispensado pelos vagabundos
fardados, travestidos de PMs, que se locupletam no ócio remunerado, patrocinado
pela escumalha togada e cuja conta cabe ao contribuinte.
Ao
repúdio da Asconpa e do Sinaspa somaram-se a Associação Nacional Unidos para
Lutar; ADDMIPA, Associação de Defesa dos Direitos dos Militares do Pará;
Sintsep, Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal; Sintepp,
Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública no Pará; SPDDH, Sociedade
Paraense de Defesa dos Direitos Humanos; Movimento Mulheres em Luta; e CSP
Conlutas.
TJ – A iniquidade recorrente dos bandidos de toga
![]() |
Dahil Paraense de Souza: no epicentro de uma colossal lambança. |
O
tratamento repulsivamente aviltante dispensado às assistentes sociais classificadas
no concurso do TJ Pará, mas ainda à espera de nomeação, é ilustrativo da rotina
de iniqüidades do Tribunal de Justiça do Estado. Em uma prática continuada, o
TJ Pará costuma negar para os demais a benevolência com a qual costuma tratar
os seus, o que inclui os janelados, que
em passado recente a máfia togada pretendeu efetivar à margem da lei, em uma
tramóia abortada pelo CNJ, o Conselho Nacional de Justiça.
Não
por acaso, como já denunciou o Blog do Barata, o TJ Pará
seguiu à risca a letra fria da lei, para descartar a reintegração postulada por um
ex-servidor temporário da Sespa, a Secretaria de Estado de Saúde Pública, com
16 anos de serviço e o agravante de ser portador da Aids, a síndrome de
imunodeficiência adquirida, por isso dependendo do emprego para bancar seu
tratamento, como assinalou no seu recurso. A mesma lei, porém, foi solenemente
ignorada pelo TJ Pará, que, por unanimidade, reintegrou ao cargo de oficial de
Justiça outro servidor temporário, Márcio Kleber Saavedra Guimarães de Souza,
cuja principal qualificação é ser filho da desembargadora Maria de Nazaré
Saavedra Guimarães. No epicentro da lambança figura a desembargadora Dahil Paraense de Souza, relatora do
mandado de segurança, que baseou-se na letra fria da lei para repelir a
reintegração postulada pelo servidor temporário da Sespa soropositivo, mas que
tornou letra morta a mesma lei, ao presidir a sessão do Conselho da
Magistratura que viabilizou o arranjo espúrio tornando possível a reintegração
do filho da desembargadora Maria de Nazaré Saavedra Guimarães.
A “segurança jurídica” foi o álibi para o TJ Pará reconhecer
a estabilidade de Márcio Kleber Saavedra Guimarães de Souza, sob esse argumento
reintegrado ao cargo de oficial de Justiça. Inusitadamente, o pretexto que
justificou a reintegração do filho da desembargadora Maria de Nazaré Saavedra
Guimarães não foi aplicado ao servidor temporário soropositivo, cuja
identidade, para preservá-lo, foi omitida pelo Blog do Barata,
embora o site do TJ tenha exposto detalhes sobre o mandado de segurança
impetrado. O mandado de segurança teve como relatora a desembargadora Dahil
Paraense de Souza, que em seu voto rejeitou a pretensão do impetrante.
TJ – O privilégio do filho da desembargadora
![]() |
Maria de Nazaré Saavedra Guimarães, que blinda o filho janelado. |
Ao
relatar o tratamento privilegiado concedido pelo Conselho da Magistratura a Márcio
Kleber Saavedra Guimarães de Souza, filho da desembargadora Maria de Nazaré
Saavedra Guimarães, o Blog do Barata sublinhou
quer a fonte da notícia era contundente ao evidenciar a iniqüidade da máfia
togada. E começava por recordar que o julgamento que beneficiou Márcio Kleber
Saavedra Guimarães de Souza foi presidido pela desembargadora Dahil Paraense de
Souza, relatora do mandado de segurança impetrado pelo servidor temporário da
Sespa, vítima da Aids e cuja reintegração foi negada. “No julgamento do recurso
do filho da desembargadora Maria de Nazaré Saavedra Guimarães, o entendimento
dos desembargadores do TJ Pará, integrantes do Conselho da Magistratura, foi
frontalmente divergente do exarado no mandado de segurança impetrado pelo
servidor da Sespa, embora os dois (o impetrante do mandado de segurança e o
ilustre recorrente, Márcio Kleber Saavedra Guimarães de Souza) tenham
ingressado no serviço público sem concurso público, após a Constituição Federal
de 1988 e não possuiam estabilidade excepcional, o que nos leva a perguntar:
por que se aplica os rigores da lei para um e para o outro, em idêntica
situação, se encontra uma fórmula milagrosa para reintegrá-lo?”, questionou a
fonte do Blog do Barata, repercutindo a pergunta que
não quer calar, sinalizando para um arranjo espúrio.
“Os argumentos que embasaram o recurso administrativo do
Márcio Kleber Saavedra Guimarães de Souza, são os mesmos que embasaram o ato
inconstitucional, ilegal e imoral do TJ, que atribuiu efetividade e
estabilidade aos não concursados daquela Corte, ato esse que ensejou a
reclamação protocolada pelo MPE e MPT, o Ministério Públicos Estadual e o
Ministério Público do Trabalho, respectivamente, junto ao CNJ, tendo Conselho
Nacional de Justiça anulado tal ato”, sublinhou a fonte do Blog do Barata,
na ocasião. “Vale lembrar, porém, que, apesar dessa moralizadora ação do CNJ,
que inclusive estabeleceu prazo para que os servidores que estivessem em
situação irregular fossem dispensados, não se sabe de notícias sobre o
cumprimento dessa determinação do Conselho Nacional de Justiça. Ao contrário,
ainda vemos muitos desses servidores irregulares trabalhando no TJ, como se
efetivos fossem”, arrematou, em tom de desabafo.
SAÚDE – Internauta faz radiografia do caos
“A saúde pública no Pará - aqui tomemos
como ponto inicial o dia em que Almir Gabriel e seu secretário Simão Jatene
resolveram começar a trabalhar neste setor - vem priorizando sobretudo obras de
engenharia e agências de propaganda, notoriamente superfaturadas. Sem um corpo
técnico eficiente para administrar a saúde pública com modernas ferramentas de
gestão, Almir e Jatene cederam à tentação de mais um negócio superfaturado: os
contratos de administração com as OSs, mais um poço sem fundo para onde escoa o
dinheiro público. O que não foi terceirizado, passou a ser preenchido por
servidores temporários, contratados sem concurso público e/ou qualquer processo
mais simplório de seleção (como era praxe, antes da obrigação do concurso
público).”
A análise é de internauta, em comentário
anônimo, diante do colapso da saúde pública no Pará, que coincidem com os
sucessivos governos do PSDB no estado, legenda no poder desde 1995, descontados
os quatro anos relativos ao governo Ana Júlia Carepa, entre 2007 e 2010. O
internauta critica acidamente o modelo tucano de gestão da saúde pública,
inspirado pelo ex-governador Almir Gabriel, já falecido, e adotado pelo
governador Simão Jatene, um técnico competente, mas desastrado como
administrador. “O resultado desta política é uma antítese da impressão visual
causada aos cidadãos por tantas obras e tão insistente propaganda; por vezes
transformada num caótico paradoxo. Centenas de cidadãos se aborrecem (com justa
razão) ao chegarem aos postos de atendimento e constatarem que a situação não é
tão boa quanto a televisão e o jornal dizem. Assistem a TV dizer que o estado
possui um excelente atendimento renal, mas sentem-se horrorizados e impotentes
diante da situação de um ente querido que espera meses num pronto-socorro
municipal, por cadastro, num atendimento de hemodiálise e chega a óbito sem
fazer sequer as primeiras avaliações”, acrescenta o internauta.
SAÚDE – A análise, na íntegra
Segue
abaixo a transcrição, na íntegra, da análise feita por internauta, em comentário
anônimo, sobre o sucateamento da saúde pública no Pará, levado ao paroxismo
pelos sucessivos governos do PSDB no Pará:
“Para fazer funcionar um comércio,
uma indústria, ou um hospital, é preciso muito mais do que a aquisição de bens
móveis e imóveis. É preciso toda uma equipe de profissionais selecionados,
administrados por quem entenda do ramo, fazendo disso uma prioridade. É preciso
haver investimentos e custeio racionais e que possam produzir bem, de forma
constante e viável economicamente.
“A
saúde pública no Pará - aqui tomemos como ponto inicial o dia em que Almir
Gabriel e seu secretário Simão Jatene resolveram começar a trabalhar neste
setor - vem priorizando sobretudo obras de engenharia e agências de propaganda,
notoriamente superfaturadas. Sem um corpo técnico eficiente para administrar a
saúde pública com modernas ferramentas de gestão, Almir e Jatene cederam à
tentação de mais um negócio superfaturado: os contratos de administração com as
OSs, mais um poço sem fundo para onde escoa o dinheiro público. O que não foi
terceirizado, passou a ser preenchido por servidores temporários contratados
sem concurso público e/ou qualquer processo mais simplório de seleção (como era
praxe, antes da obrigação do concurso público).
“O
resultado desta política é uma antítese da impressão visual causada aos
cidadãos por tantas obras e tão insistente propaganda; por vezes transformada
num caótico paradoxo. Centenas de cidadãos se aborrecem (com justa razão) ao
chegarem aos postos de atendimento e constatarem que a situação não é tão boa
quanto a televisão e o jornal dizem. Assistem a TV dizer que o estado possui um
excelente atendimento renal, mas sentem-se horrorizados e impotentes diante da
situação de um ente querido que espera meses num PSM por cadastro num atendimento
de hemodiálise e chega a óbito sem fazer sequer as primeiras avaliações.
“Ouviu-se
durante o estribilho (digo a poluição sonora) da última campanha política (que
muitos já esqueceram) o candidato vitorioso Zenaldo Coutinho ter prometido
lotar imediatamente após eleito médicos especialistas em todas as unidades
básicas da periferia; porém até hoje, mais de um ano após a posse, a promessa
ainda não foi cumprida nem no PSM da 14 de março, a unidade mais central do
sistema; porém, por conta do bombardeio midiático oficial, os usuários do SUS
já estão tendo as suas esperanças redirecionadas para outro futuro próximo,
quando a prefeitura de Belém ultimar a compra e a reforma do Hospital Porto
Dias.
“E
novamente o ciclo vicioso dos grandes negócios com obras de engenharia e
propaganda alimentam a fé do cidadão num futuro melhor; e o mais bizarro que se
possa imaginar, além até da empulhação do mestre Simão Jatene, foi a omissão
total em relação à saúde pública praticada por Duciomar Costa, o nefasto falsário
que ludibriou o eleitorado desta cidade por oito anos, deixando um legado de
milhares de mortes facilmente evitáveis na saúde pública municipal, como o caso
do menor que morreu asfixiado por um caroço de pupunha, pela falta de uma pinça
e um laringoscópio no PSM da 14 de Março.”
Postado por
Augusto Barata
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15:32
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EDUCAÇÃO – Soa hilário, mas é também trágico
De
outro internauta, em comentário também anônimo, sobre o sucateamento da rede pública
de ensino, como ilustra a indiferença da administração do governador tucano
Simão Jatene. O episódio soa fatalmente hilário, mas é também trágico, naquilo
que evidencia o menosprezo dos inquilinos do poder em relação ao único bem imperecível
que a maioria de nós pode legar a filhos e netos – a educação.
“Pior é em Santarém, onde nem a grama da maquiagem da
escola o governador pagou. Resultado: pê da vida, pelo não pagamento da
verdinha, o dono da empresa fornecedora da grama foi até a escola e ‘raspou’
todinha a grama, deixando o espaço ‘careca’ como a cabeça do Simão Lorota. Esta
é mais uma história que certamente fará parte do anedotário político do Pará,
onde até ‘boi avua’.”
Postado por
Augusto Barata
às
15:29
4 comentários
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quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
BLOG – Um sincero agradecimento
Agradeço,
sinceramente sensibilizado, as palavras de estímulo dos internautas, anônimos
ou não. Agradeço, em especial, a generosidade – que estou longe de merecer - de
Iuri e Jesiel Nascimento, aos quais espero não decepcionar.
Não
concedo-me importância que não tenho. Por isso, já estarei realizado se o blog
puder contribuir para a construção de uma sociedade mais justa, na perspectiva
de que elites e massas são duas realidades concomitantes, mas que só se justificam
como elites abertas e massas minimamente conscientes. Um desafio que certamente
passa pela luta por justiça social e pelo combate a corrupção.
Sob
essa perspectiva, a importância do blog reside no seu compromisso com a
democratização da informação e, ao assim fazê-lo, dar voz a quem não tem voz,
sepultando o monopólio da notícia. Um monopólio detido, até passado recente, pelos
poderosos de plantão, o que inclui os barões da mídia, para os quais a
informação serve como moeda de troca em negociações escusas. Nesse sentido, o
blog é tanto meu quanto de todos aqueles, anônimos ou não, que ajudam-me a fazê-lo,
com seus comentários, queixas, críticas, denúncias e sugestões de pauta.
Seja
como for, obrigado. Mas muito obrigado, mesmo.
BARROS BARRETO – Paciente ainda sem remédio
![]() |
Carlos Maneschy: indiferença diante do sucateamento do Barros Barreto. |
Uma
mãe de família, de 48 anos, vítima do mal de Parkinson, aguarda desde de
dezembro a medicação indispensável para manter a doença sob controle, em falta
no Hospital Universitário João de Barros Barreto, a quem cabe fornecê-la.
Entre
os remédios dos quais depende a paciente, portadora do mal de Parkinson, figuram o Encatapone
e o Bramitexol de 1 grama.
O mais
dramático, de acordo com a denúncia feita ao Blog do Barata, é que inexiste uma previsão
exata do Barros Barreto sobre quando voltará a fornecer a medicação. A direção
do hospital acena informalmente com a possibilidade da medicação ser
disponibilizada em fevereiro próximo.
Enquanto
isso, o reitor da UFPA, a Universidade Federal do Pará, Carlos Maneschy, com um
cinismo capaz de corar anêmico, faz cara de paisagem, obnubilado pelas pompas e
circunstâncias do cargo. Já no seu segundo mandato como reitor, não há registro
do empenho de Maneschy em pelo menos aplacar o sucateamento do Hospital
Universitário João de Barros Barreto.
PIRABAS – O desabafo de Ione Gonçalves
“A sociedade não
suporta mais tantos desmandos, tantos desvios, que resultam sempre em
sofrimento, principalmente, para os que utilizam os serviços públicos de saúde
e educação, que estão cada vez mais precários.”
O
desabafo é de Ione Gonçalves, ao manifestar sua indignação diante da corrupção
que medra com vigor na Prefeitura de São João de Pirabas, agora sob
investigação do MPE, o Ministério Público Estadual. Formada em direito pela
UFPA, a Universidade Federal do Pará, ela é servidora de carreira da Sefa, a
Secretaria de Estado da Fazenda, na qual já atuou por 11 anos no Controle
Interno e da qual já foi, por sete anos, corregedora. Por repelir
impiedosamente qualquer tipo de malfeito, Ione conquistou admiradores
incondicionais, mas também ganhou inimigos figadais, alguns de alta
periculosidade. Uma profissional de competência, probidade e experiência
reconhecidas, ela notabilizou-se pelo implacável combate aos desvios éticos e a
corrupção. Elegante no trajar e nos modos, a despeito disso, e da generosidade,
intelectual e material, Ione revela um estilo algo abrasivo e uma franqueza frequentemente
desconcertante, sem peias, em questões de princípios. Amiga leal e solidária, ela é capaz, por exemplo, de abandonar um aniversário em família, para socorrer um amigo, tal qual já fez. Mas nem por isso vai deixar de criticá-lo, objetivamente e sem eufemismos, na eventualidade de flagrá-lo em algum deslize comprometedor, como também já ocorreu.
Quando
trata-se de princípios, Ione não teme conseqüências e nem se deixa intimidar
pelos inquilinos do poder e seus prepostos. Nem mesmo as ameaças de morte,
vociferadas dentro da própria Sefa, por notórios corruptos abrigados na
secretaria, conseguiram intimidá-la. A respeito, ela parece ter consciência de
que coragem não é ausência de medo, mas a capacidade de superá-lo e seguir em
frente, sem se deixar intimidar. Para além do instinto de preservar a própria
vida, quem tem família fatalmente preocupa-se com a segurança dela, ao ir de
encontro aos interesses das quadrilhas dos bandidos de colarinho branco, que
prosperam com a pilhagem ao erário.
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