Daniel Lavareda (à dir.), também acusado de blindar Cláudio Barroso. |
Quanto
ao conselheiro Daniel Lavareda, não surpreende que ele possa prestar-se a blindar
o prefeito de São João de Pirabas, Cláudio Barroso. Ao que consta, prestar
serviços a prefeituras do interior contribuiu para tornar próspera sua banca de
advocacia, juntamente com a corretagem de imóveis em Ananindeua.
Previsivelmente, a assessoria a prefeituras ensejou o tráfico de influência, do
qual também se beneficiou Lavareda, cuja ambição o fez passar por uma sucessão
de constrangimentos, o maior dos quais na sua posse como conselheiro do TCM, na
presença da própria família. Na ocasião, o conselheiro Alcildes Alcântara, de vínculos políticos com Jader Barbalho e que fez carreira como advogado de reconhecida competência, cobrou publicamente esclarecimentos sobre as suspeitas de desvios éticos e corrupção envolvendo Lavareda.
Só
a ambição desmedida justifica Daniel Lavareda mandar às favas os escrúpulos,
para tornar-se conselheiro do TCM, em uma desastrosa manobra da ex-governadora
petista Ana Júlia Carepa, estimulada pela presidente da seccional paraense da
OAB, a Ordem dos Advogados do Brasil, Jarbas Vasconcelos do Carmo, militante
histórico do PT e de antecedentes não exatamente lisonjeiros. Jarbas Vasconcelos do Carmo chegou a ser afastado do cargo, diante de graves denúncias de corrupção, durante a intervenção da direção nacional da OAB na seccional do Pará, em um episódio sem precedentes na história da entidade. Lavareda, atuando como
advogado no TCM, tornou-se conselheiro, em vaga destinada a um
auditor, função que na ocasião ele exercia interinamente. O arranjo espúrio
naufragou e hoje o conselheiro vive na iminência de ser defenestrado do cargo de conselheiro do TCM,
embora faça cara de paisagem.
Impedido
de advogar, pela sua condição de conselheiro do TCM, Lavareda transferiu formalmente,
para o filho, o comando da sua próspera banca de advocacia. Formalmente, é
claro. Até pela sua experiência profissional e indiscutível inserção política,
soa absolutamente ingênuo imaginar que, mesmo à distância, ele não mantenha o
comando do escritório. Não por acaso seu nome é sempre associado ao prefeito
Cláudia Barroso, de São João de Pirabas, que segue impune, a despeito das
recorrentes denúncias de corrupção.
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