Quinzinho (com a mulher, Nádia Porto): aprazível sinecura.
O
Passarinho a que se refere o comentário anônimo, citado na postagem anterior a
esta, é o ex-secretário de Obras do governador tucano Simão Jatene, o Simão Preguiça, Joaquim
Passarinho Pinto de Souza Porto, ex-deputado estadual pelo PTB, reprovado no
teste das urnas de 2010. Quinzinho,
como também é conhecido o ex-parlamentar, incorporou o sobrenome Passarinho por
mero oportunismo político. Ele notabilizou-se, como deputado, por ser o autor
da Lei do Fio Dental, que obriga bares e restaurantes a disponibilizarem fio
dental para os clientes. Uma lei de inquestionável relevância, em um estado,
como o Pará, que exibe índices sociais africanos. Agora, em ano eleitoral, ele
aboleta-se em uma aprazível sinecura, determinado a retornar à Alepa.
Quinzinho também
ganhou notoriedade no rastro da tramóia da qual foi beneficiária sua ilustre
mulher, a odontóloga Nádia Khaled Porto, que não só engrossou
o contingente de servidores temporários da Alepa, como foi cedida, à margem da
lei e com ônus para a Assembléia Legislativa, para o TCM, o Tribunal de Contas
dos Municípios do Pará, onde a distinta madame era desobrigada de comparecer e
bater ponto. Nádia Khaled Porto foi introduzida na Alepa
quando era presidente desta o ex-deputado Ronaldo Passarinho Pinto de Souza, o
mesmo que, como presidente do TCM, do qual é hoje conselheiro aposentado,
acolheu a sobrinha, na mais acintosa transgressão à lei, que veda a cessão de
servidor temporário.
Ronaldo
Passarinho, o tio e padrinho político de Quinzinho e Nádia Khaled
Porto, ganhou notoriedade como sobrinho dileto e fiel escudeiro do
coronel Jarbas Passarinho, uma das mais respeitadas lideranças políticas
reveladas pelo golpe militar de 1º de abril de 1964. Ronaldo Passarinho fez
carreira política, elegendo-se por várias legislaturas, até ser catapultado
para o TCM, caminho seguro para uma confortável aposentadoria. Ao prestígio do
ilustre tio, o coronel Jarbas Passarinho – ex-governador do Pará, ex-senador e
ministro de Estado de governos da ditadura militar e do presidente Fernando
Collor –, atribui-se Ronaldo Passarinho ter seguido incólume, em sua carreira
política, a despeito das restrições a ele feitas pelo temível e implacável SNI,
o Serviço Nacional de Informações, do qual é sucedânea legal, já dentro dos
marcos do regime democrático, a Abin, a Agência Brasileira de Inteligência. Ao
SNI cabia, prioritariamente, espionar os adversários, assumidos ou em
potencial, da ditadura militar, mas também rastreava os quadros do próprio
regime dos generais. Seus vetos, determinados por suspeitas de subversão e/ou
corrupção,costumavam ter a força de um interdito proibitório.
Quinzinho é irmão de
Jarbas Pinto de Souza Porto, o Jabota,
como é conhecido entre seus amigos e contemporâneos. Este, desde o início dos
anos 90 do século XX, é subsecretário legislativo da Alepa, cargo comissionado
do qual se apossou, como se vitalício fosse, pela via do nepotismo, quando
pontificava no Palácio Cabanagem o ex-deputado Ronaldo Passarinho Pinto de
Souza. Jarbas Pinto de Souza Porto é um dos articuladores e beneficiários do
imoral e ilegal PCCR da Alepa, o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração da
Assembleia Legislativa, flagrantemente inconstitucional, que perdura sob a
leniência do MPE, o Ministério Público Estadual.
Outro ilustre irmão de Quinzinho
é Raul Pinto de Souza Porto. Este vem a ser aquele que, quando secretário
estadual de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, foi preso e algemado pela
Polícia Federal, em 2007, acusado de participar do esquema de recebimento de
propina para favorecer madeireiras locais, com a liberação de documentação
autorizando a extração ilegal de madeira.
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2 comentários :
Este Joaquim é um verdadeiro ANTIPÁÁÁÁÁÁÁTICOOOOOOOOOOOOOO
Barata, não foi essa mulher que foi cedida da ALEPA para o TCM, mesmo sendo temporária? O MP nada fez quando detectou isso? Isso tá cheirando àquilo que o gato enterra.
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