O
inusitado surto de austeridade do governo, materializado pelas mão do
governador em exercício Helenilson Pontes (PSD), vem a ser um déjà-vu da postura assumida pelo
ex-governador Almir Gabriel, já falecido, ao final do seu segundo mandato,
mirando na eleição de Simão Jatene, então um poste eleitoral, sem currículo
capaz de credenciá-lo a tornar-se governador.
Mirando
na acintosa utilização da máquina administrativa, da qual se valeu para fazer
de Simão Jatene seu sucessor, Almir Gabriel impôs um draconiano regime de
austeridade, sem chegar aos limites do agora imposto, porque não tinha mais o
que extorquir dos servidores públicos estaduais. Convém lembrar, a propósito,
que ao longo dos 12 anos de sucessivos governos do PSDB, entre 1995 e 2006 – período
que inclui os dois mandatos do ex-governador Almir Gabriel e o primeiro mandato
do governador Simão Jatene -, a perda salarial média dos servidores públicos
estaduais do Pará chegou a mais de 50%, segundo os insuspeitos números do
Dieese, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos.
Resumindo,
trata-se, agora, do déjà-vu da
tucanalha, na esteira do seu menosprezo pelo servidor público de carreira.
Afinal, seus apadrinhados estão aboletados nas sinecuras em que
transformaram-se os cargos comissionados.
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