Para
além de revelar que vai ser ajuizada, enfim, a ação judicial por improbidade,
diante das remunerações faraônicas usufruídas à margem da lei, o imbróglio que
catapultou para o proscênio o promotor de Justiça Bruno Beckembauer Sanches Damasceno deixa um saldo
extremamente positivo. Ao proclamar sua independência e o inarredável
compromisso com a moralidade pública, o promotor de Justiça ressuscita a
esperança de se ver esclarecidos episódios nebulosos, que conspiram contra a
credibilidade do Ministério Público Estadual, alguns dos quais ocorridos na
administração do atual procurador geral de Justiça, Marcos Antônio Ferreira das
Neves.
Nesse
contexto, é lícito alimentar a esperança de que, quando estiver menos
assoberbado, Bruno Beckembauer Sanches
Damasceno possa instaurar procedimento para apurar o contrato do MPE com a Águia
Net, que começou com custo de R$ 490 mil e já chegou ao valor de quase R$ 1
milhão. Assim como questionar as nomeações, como assessores do Ministério Público Estadual,
de Gil Henrique Mendonça Farias e André Ricardo Otoni Vieira, respectivamente,
namorado da filha e amigo-de-fé-irmão-camarada do procurador geral de Justiça,
Marcos Antônio Ferreira das Neves. E ainda apurar o escandaloso episódio protagonizado
pela promotora de Justiça Eliane Moreira, que dedicava-se ao magistério na
UFPA, a Universidade Federal do Pará, e no Cesupa, o Centro Universitário do
Pará, quando deveria estar trabalhando, a serviço do MPE, pelo qual é paga - e
bem paga, diga-se! -, em São Caetano de Odivelas. Sem esquecer, naturalmente, o
imbróglio envolvendo o promotor de Justiça Franklin Lobato Prado, que
notabilizou-se como agiota e foi flagrado, sendo por isso severamente advertido
por um magistrado, utilizando o Poder Judiciário para extorquir suas vítimas.
Mãos às obras, digno e impoluto promotor!
8 comentários :
Como grande jornalista que voce e, deveria encaminhar todo esse material para o conselho nacional do ministerio publico. E necessario para acabar com 20 anos de vergonha para o estado do Para, que nao consegue independencia e autonomia em seus poderes, executivo, legislativo e judiciario estando todos atrelado em empregos, fornecimento, favorecimentos...
éguaaaaaaaaaa!!!!!!!alguém honesto neste MP. Agora vamos aguardar o ajuizamento da ação.
Barata, tirei meu chapéu para vc...teve honestidade de passar as informações verdadeiras tal como todo jornalista sério deve fazer
Sou leitor deste blog e muitas das vezes compartilho nas redes sociais suas postagens, também comungo de suas críticas ao MP e aos demais setores da política estadual. Porém, acho e apenas acho, que no caso do promotor Bruno Beckembauer o blog errou na medida.
Se o próprio Medrado testemunhou, via telefone, sobre a idoneidade do promotor, isto "serviria de bônus", algo como um sinal de que o trabalho está sendo realizado a contento.
Também, merece crédito a nota de esclarecimento enviada, nota curta, objetiva na qual se apresenta o que foi feito e com datas, coisa rara.
Enfim, vamos acompanhar o caso e ver se as palavras do promotor se transformarão em ações concretas e os acusados sofrerão os devidos processos e quiçá o recurso desviado retorne ao cofre público, isso ajudará a melhorar a imagem do ministério público e colocará o Bruno Beckembauer ao lado de nomes como o de Medrado.
Por hora o blog deve valorizar a postura democrática e dia-lógica do promotor.
Eu acho que o promotor merece crédito sim. O aval do Dr. Medrado bastaria mas, o corporativismo do qual você cita, engessa os promotores sérios. Imagino a pressão que sofrem dos demais que não são honestos (que me parece não ser a maioria) mas, os que tem peso político. Político sim, infelizmente.
Vamos ver como o MP vai agir no caso da venda de sentença no TRE e no caso do desaparecimento da jovem Fernanda Trindade.
E oa tribunais da corrupção estadual e municipal? Um monte de parentes nomeados no executivo municipal e estadeual, e nada é feito.
Bom!!!! Se ele mexer com isso tudo Barata,eu vou dar uma de Raul Gil (e tirar o chapéu). Eu duvido, não é impossível, mas improvável!
Postar um comentário