Esses questionamentos soam a uma fatalidade
incoercível. Seja pelo que vem a ser o Tribunal de Justiça do Pará, capaz de
proteger e catapultar para o desembargo uma magistrada responsável por
despachar para uma cela, com 40 homens, uma adolescente, vítima de continuados estupros,
em um escândalo de repercussões internacionais. Ou de tornar desembargadora uma
juíza suspeita de favorecer clientes de seu irmão, advogado, e que por isso chegou
a ser formalmente advertida. Trata-se do mesmo tribunal que condenou-me, sem
que minhas denúncias fossem desmentidas, em uma clara litigância de má-fé, em ação
ajuizada por Hamilton Ribamar Gualberto, advogado notabilizado não pelo saber
jurídico, mas por ser um notório assassino impune. Condenado a sete anos e meio
de prisão, por lesão corporal grave, seguida de morte, Gualberto – cujos filhos
são netos de uma desembargadora aposentada – seguiu impune, na esteira do
chamado embargo de gaveta, pelo qual
um processo é sobrestado até a prescrição do crime.
Quanto a Polícia Militar, esta dispensa
apresentações, como bem sabem até as pedras desta terra. Trata-se de uma
instituição que vagueia entre a corrupção e a truculência, mazelas que tem
efeito piramidal e produzem aberrações como o cabo Pet, morto em um acerto de
contas e que, conforme fartas denúncias, comandava uma milícia que vendida proteção
e dedicava-se ao tráfico de drogas, como um dos braços do crime organizado em
Belém. Não soa crível que a oficialidade da corporação - que dedica-se com afinco à arapongagem - não tivesse conhecimento das atividades criminosas do cabo Pet e de outros tantos PMs que se confundem com os bandidos aos quais, em tese, deveriam combater.
Um comentário :
Faltou citar a desembargadora murrieta, o juiz Amílcar Guimarães, que desafiou o Lucio Flavio Pinto, dizendo que tinha algo em comum com o jornalista: também não acreditava no judiciário. De resto, matou a pau esse artigo, mostrando a verdadeira face das instituições ou de seus componentes podres deste estado.
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