A farra com o dinheiro público, no caso do
espetáculo “Trazendo Che no Coração”, ainda teve desdobramentos que levaram ao
paroxismo a sangria ao erário, sem um retorno compatível com os recursos
investidos pelo poder público. Apresentado como concerto, “Trazendo Che no
Coração” foi exibido, em 30 e 31 de outubro de 1999, no Memorial da América
Latina, em São Paulo,. para assinalar a passagem do 32º ano da morte do guerrilheiro argentino,
turbinado pela participação de 180 pessoas, entre músicos, instrumentistas e
até passistas da escola de samba paulista Vai Vai.
“Quem
coordena o evento é o músico e compositor paraense Paulo André Barata, 53. Foi
ele também quem assinou, há dois anos, o projeto embrionário da Secretaria de
Cultura do Pará. O projeto resultou no lançamento do CD também batizado ‘Trazendo
Che no Coração’”, noticiou a Folha de S. Paulo, na edição de
30 de outubro de 1999, um sábado. Na ficha técnico do espetáculo, Paulo André
Barata figura como responsável pela direção musical. “A iniciativa da
Secretaria de Cultura do Pará integra o Movimento Transamazônico de Cultura,
que difunde a produção artística da Amazônia Legal (incluindo países da América
Latina) e estabelece a sua identidade”, acrescenta a notícia. Jamais, por aqui,
qualquer paraense foi apresentado a esse tal “Movimento Transamazônico de
Cultura”.
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