Gustavo do Vale Rocha, polêmico conselheiro do CNMP, que mantém... |
...estreitos vínculos com o PMDB e já advogou para Eduardo Cunha. |
Em uma controversa decisão, o conselheiro
Gustavo do Vale Rocha, do CNMP, cassou a liminar que ele próprio concedera, sob o
argumento de que as investigações já se
encontravam em andamento antes da expedição dos atos de delegação de poderes de
Neves, embora ainda não tenha sido julgado o mérito da representação de Jatene.
Mineiro, nascido em Belo Horizonte, Rocha formou-se em direito pela UnB,
Universidade de Brasília, e foi aprovado em dois concursos públicos para o
Banco do Brasil. Ele é pós-graduado em direito econômico pela FGV, Fundação
Getúlio Vargas, mestre em direito e políticas públicas pelo UniCEUB, Centro Universitário
de Brasília, além de ser professor universitário desde 1999. Também é coordenador
adjunto do curso de direito e supervisor do Núcleo de Prática Jurídica do
UniCEUB.
Rocha,
diga-se, ostenta um perfil polêmico. Ele já advogou para o PMDB e desde abril
de 2015 ocupa no CNMP a vaga destinada à Câmara dos Deputados. Atualmente, exerce
também o cargo de subchefe para Assuntos
Jurídicos da Casa Civil do governo do presidente Michel Temer, para o qual foi
nomeado em 16 de maio deste ano. Com base no regimento interno do CNMP, o
plenário do órgão decidiu que o advogado Gustavo do Vale Rocha pode acumular os
cargos de conselheiro do colegiado e o de subchefe para Assuntos Jurídicos da
Casa Civil da Presidência da República. Sua indicação para o Conselho Nacional
do Ministério Público teve como principal fiador Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o
ex-presidente da Câmara dos Deputados, que é hoje um dos mais ilustres presos
da Operação Lava Jato. Por isso, sua indicação foi tomada, no CNMP, como uma
afronta ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, hoje tratado pelo
Palácio do Planalto como inimigo figadal do presidente peemedebista Michel
Temer.
Quando
sabatinado no Senado, Rocha confirmou, ao ser indagado a respeito, que
realmente advogava para Eduardo Cunha, mas apenas em ações privadas, sem
relação com o Ministério Público, e acrescentou que não era advogado de nenhum
parlamentar na mira da Operação Lava Jato. Mas em 2015, quando o Ministério
Público Eleitoral formalizou representação contra Eduardo Cunha, Sérgio Cabral de Sá, Domingos Inácio Brazão, Sidney do Valle Costa e
Francisco das Chagas Pereira, sob a suspeita de prática de conduta vedada e de
captação ilícita de sufrágio, o advogado do ex-presidente da Câmara foi Rocha. Alimentando
a polêmica sobre Rocha, a Comissão de Ética da Presidência da República abriu
processo para apurar a conduta do subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa
Civil, ao atuar como advogado da primeira-dama, Marcela Temer, na ação que
impediu a imprensa de divulgar a chantagem que ela sofreu de um hacker.
5 comentários :
Esta explicado o motivo da radical mudança no entendimento do Conselheiro que o levou a revogar a sua liminar. É a política partidária atuando fortemente.É LAMENTÁVEL.
O Promotor Militar Armando Brasil, parceiro do Medrado no processo,no passado foi assessor do suplente do Jader Barbalho, o Fernando Ribeiro.Vínculo muito forte.
Egua! Daqui a pouco o promotor é filho do jardi com a empregada! kkkk
Tá tudo Dominado no Legislativo, Executivo e Judiciário espalhado pelo Brasil em Especial aqui no Estado do Pará.
O Conselheiro não foi reeleito. E agora José!
Postar um comentário