A denúncia de Ricardo Albuquerque da Silva, vulgo Dick Crazy (codinome que adotou quando jovem e que a ele aderiu, significando em português Pau Louco), assim como o aditamento à denúncia, constituem-se em um amontoado de sandices,
reveladoras da indigência intelectual pela qual é conhecido o procurador de
Justiça bebum. Para além da desfaçatez, ao pretender negar a carraspana flagrada
na blitz da PRF e tornada pública pelas imagens da reportagem da TV Liberal,
ele pretende criminalizar o direito à informação, essência da liberdade de
expressão, na contramão de decisão do STF, o Supremo Tribunal Federal, de
acordo com a qual o direito dos jornalistas de criticar pessoas públicas,
quando motivado por razões de interesse coletivo, não pode ser confundido com
abuso da liberdade de imprensa (Leia aqui). "A crítica que os meios de
comunicação social dirigem às
pessoas públicas, por mais dura e veemente que possa ser, deixa de sofrer,
quanto ao seu concreto exercício, as limitações externas que ordinariamente
resultam dos direitos de personalidade", afirmou o ministro Celso de
Mello, decano do Supremo, em voto acompanhado por unanimidade pela 2ª Turma do
STF (Leia aqui).
Sem coragem de estender as acusações a mim feitas à TV Liberal e ao jornal O Liberal, o que evidencia sua covardia, com o voluntarismo dos
prepotentes Silva chega a afirmar “que não há uma linha sequer de matéria de
interesse público” nas postagens do Blog do
Barata que tratam do imbróglio por ele protagonizado e seus
desdobramentos. Para ele, pelo que se conclui de sua pífia argumentação, soa
prosaico um procurador de Justiça, como fiscal da lei, transgredi-la tão
acintosamente, ao dirigir bêbado e, pior, mentir deslavadamente à Justiça, ao
negar a bebedeira na qual submergiu, a despeito das provas e depoimentos que
tem contra si. Tanto cinismo tem um inequívoco toque de arrogância, próprio de
quem se imagina acima da lei, cujo cumprimento a ele, como procurador de Justiça, caberia
zelar. Independentemente de qualquer coisa, o mau exemplo de Silva ainda tem um caráter deletério adicional: sem que a autoridade cumpra a lei, como convencer o cidadão comum a respeitá-la?
Essa arrogância, permeada
pela desfaçatez exibida, remete fatalmente aos tempos de juventude de Silva,
quando ele tornou-se uma figura algo folclórica, que se fazia conhecer pelo
codinome Dick Crazy, personagem que
incorporou, com um deslumbramento suburbano, ao passar a apresentar um programa
de rock na Rádio Clube do Pará. Pelo codinome, que a ele terminou por aderir
entre seus contemporâneos, Silva era motivo de troça no curso de direito da
UFPA, a Universidade Federal do Pará, que costumava frequentar vestido
desleixadamente, sempre de óculos escuros e sentando-se habitualmente no fundo
da sala de aula. Entre seus contemporâneos, a postura de rebelde sem causa era
atribuída ao recalque próprio de quem está aquém de suas pretensões, porque
refém da mediocridade. Essa mesma escassez intelectual, e a prepotência que dela é corolário, como agora se verifica,
perdura incólume no procurador de Justiça no qual tornou-se - sabe-se lá como! –
Silva, vulgo Dick Crazy.
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