terça-feira, 1 de agosto de 2017

BLOG – A lambança de Silva, vulgo Dick Crazy



A denúncia de Ricardo Albuquerque da Silva, vulgo Dick Crazy (codinome que adotou quando jovem e que a ele aderiu, significando em português Pau Louco)assim como o aditamento à denúncia, constituem-se em um amontoado de sandices, reveladoras da indigência intelectual pela qual é conhecido o procurador de Justiça bebum. Para além da desfaçatez, ao pretender negar a carraspana flagrada na blitz da PRF e tornada pública pelas imagens da reportagem da TV Liberal, ele pretende criminalizar o direito à informação, essência da liberdade de expressão, na contramão de decisão do STF, o Supremo Tribunal Federal, de acordo com a qual o direito dos jornalistas de criticar pessoas públicas, quando motivado por razões de interesse coletivo, não pode ser confundido com abuso da liberdade de imprensa (Leia aqui). "A crítica que os meios de comunicação social dirigem às pessoas públicas, por mais dura e veemente que possa ser, deixa de sofrer, quanto ao seu concreto exercício, as limitações externas que ordinariamente resultam dos direitos de personalidade", afirmou o ministro Celso de Mello, decano do Supremo, em voto acompanhado por unanimidade pela 2ª Turma do STF (Leia aqui).
Sem coragem de estender as acusações a mim feitas à TV Liberal e ao jornal O Liberal, o que evidencia sua covardia, com o voluntarismo dos prepotentes Silva chega a afirmar “que não há uma linha sequer de matéria de interesse público” nas postagens do Blog do Barata que tratam do imbróglio por ele protagonizado e seus desdobramentos. Para ele, pelo que se conclui de sua pífia argumentação, soa prosaico um procurador de Justiça, como fiscal da lei, transgredi-la tão acintosamente, ao dirigir bêbado e, pior, mentir deslavadamente à Justiça, ao negar a bebedeira na qual submergiu, a despeito das provas e depoimentos que tem contra si. Tanto cinismo tem um inequívoco toque de arrogância, próprio de quem se imagina acima da lei, cujo cumprimento a ele, como procurador de Justiça, caberia zelar. Independentemente de qualquer coisa, o mau exemplo de Silva ainda tem um caráter deletério adicional: sem que a autoridade cumpra a lei, como convencer o cidadão comum a respeitá-la?

Essa arrogância, permeada pela desfaçatez exibida, remete fatalmente aos tempos de juventude de Silva, quando ele tornou-se uma figura algo folclórica, que se fazia conhecer pelo codinome Dick Crazy, personagem que incorporou, com um deslumbramento suburbano, ao passar a apresentar um programa de rock na Rádio Clube do Pará. Pelo codinome, que a ele terminou por aderir entre seus contemporâneos, Silva era motivo de troça no curso de direito da UFPA, a Universidade Federal do Pará, que costumava frequentar vestido desleixadamente, sempre de óculos escuros e sentando-se habitualmente no fundo da sala de aula. Entre seus contemporâneos, a postura de rebelde sem causa era atribuída ao recalque próprio de quem está aquém de suas pretensões, porque refém da mediocridade. Essa mesma escassez intelectual, e a prepotência que dela é corolário, como agora se verifica, perdura incólume no procurador de Justiça no qual tornou-se - sabe-se lá como! – Silva, vulgo Dick Crazy.

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