Augusto Carvalho (à esq.) e Altem Pontes: por uma UEPA sem amarras. |
Uma universidade livre das amarras
político-partidárias, e por isso capaz de privilegiar sua vocação acadêmica e,
ao mesmo tempo, manter um diálogo respeitoso com as distintas esferas de poder.
Esta é a proposta defendida pelos professores Augusto Carvalho e Altem Pontes,
respectivamente, candidatos a reitor e vice-reitor pela chapa Renova UEPA. “A chapa 10, Renova UEPA, vai fazer o que nunca foi
feito, que é aproximar a UEPA do governo, mostrando que esta pode ser parceira
do Estado na melhoria de indicadores sociais, econômicos, ambientais, culturais
e organizacionais para a sociedade”, afirma Altem Pontes, doutor em física
teórica. “O fato de não termos filiação partidária facilitará o diálogo”,
acrescenta, corroborado por Augusto Carvalho, doutor em ciências sociais, na entrevista que ambos
concederam ao Blog
do Barata. “As propostas desta chapa não implicam em grande demanda
de recursos financeiros adicionais, mas sim priorizam as principais demandas da
UEPA”, reforça Pontes.
“É perfeitamente viável mantermos
uma relação saudável com o governo,
desde que tenhamos um projeto
de universidade afinado com
os interesses da sociedade.”
A
chapa Renova UEPA exibe a
peculiaridade de emergir à margem do atrelamento político-partidário que
habitualmente caracteriza as disputas eleitorais acadêmicas. Na avaliação dos
senhores, como a comunidade universitária está reagindo a essa singularidade e
como fica a correlação de forças, diante desse distanciamento das esferas de
poder?
Augusto
Carvalho –
Eu e o Altem acreditamos que o fato de não termos vinculação partidária ajuda
na receptividade a uma chapa acadêmica aos olhos dos eleitores. Ou seja, uma
composição de dois docentes que se dedicam prioritariamente à vida acadêmica.
Quanto às correlações de forças, a partir de comprometimentos partidários, não
compactuamos com esse tipo de engajamento. Historicamente não tem dado certo
este desenho de poder na UEPA, isto porque quando os grupos assumem o poder, capturam
a gestão superior, têm se disponibilizado exclusivamente a atender apenas os
anseios de partes dos segmentos que compõem a UEPA - professores, técnicos e
estudantes.
Altem
Pontes –
A chapa 10, Renova UEPA, é uma chapa
de acadêmicos, sem qualquer vinculação a partidos políticos. Os professores
Augusto Carvalho e Altem Pontes, candidatos a reitor e vice, respectivamente,
por esta chapa, têm um profundo conhecimento da dinâmica universitária em
aspectos relacionados ao ensino, a pesquisa, a extensão e estrutura
organizacional, o que tem facilitado o diálogo com a comunidade universitária.
O fato de não termos filiação partidária facilitará o diálogo com os governos –
municipal, estadual e federal. Além disso, a chapa 10, Renova UEPA, vai trabalhar intensamente em busca de parcerias com os
poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, com o setor produtivo, com
organizações sociais e outros segmentos. A chapa 10, Renova UEPA, vai fazer o que nunca foi feito, que é aproximar a
UEPA do governo, mostrando que esta pode ser parceira do Estado na melhoria de
indicadores sociais, econômicas, ambientais, culturais e organizacionais para a
sociedade.
Na
eventualidade de uma vitória, os senhores acham possível manter essa postura,
diante da dependência da instituição em relação aos eventuais inquilinos do
poder, que historicamente impõe uma relação de subordinação à reitoria?
Augusto
Carvalho -
Acho perfeitamente viável mantermos uma relação saudável com o governo do
estado, desde que tenhamos um projeto de universidade afinado com os interesses
da sociedade, o que nunca aconteceu na história da UEPA, considerando os 73 anos
de existência do curso de enfermagem, por exemplo, desde quando era uma
fundação educacional. Na verdade, a UEPA sempre esteve distante do governo, das
prefeituras onde funcionam os campi da universidade, do setor produtivo, das
secretarias locais, da Assembleia Legislativa, etc. A UEPA não conseguiu fazer
parte integrante do projeto de desenvolvimento do estado, muito menos conseguiu
entender a geopolítica do Pará, visando as potencialidades locais, a exemplo de
Barcarena (exploração de alumínio), Marabá (mineração), Tucurui (fontes
energéticas), Altamira (fontes energéticas), Conceição do Araguaia e Redenção
(agronegócio), etc.
Altem
Pontes -
Certamente que sim. A chapa 10, Renova
UEPA, tem um projeto de universidade que visa fundamentalmente melhorar os
indicadores institucionais, assim como contribuir com o estado com políticas
públicas capazes de reduzir as assimetrias regionais, por meio de uma educação
de qualidade. O trabalho colaborativo da UEPA com o estado, em prol da
sociedade que paga nossos salários, não implica em subordinação, pois todos nós
somos funcionários públicos, mas respeito às atribuições de cada gestor,
parlamentar ou governante.
O
elenco de compromissos de gestão da chapa Renova
UEPA inclui, além das previsíveis despesas de custeio, a criação de novas
despesas, em meio a uma conjuntura de crise econômica, a pretexto da qual o
próprio governo estadual alega falta de recursos. Não há, aí, um descompasso
entre o politicamente desejável e o financeiramente possível?
Augusto
Carvalho - Primeiramente
é importante compreender que a chapa Renova
UEPA, composta por mim e pelo professor Altem, não consegue pensar em
iniciar uma gestão sem antes realizar um minucioso entendimento sobre o orçamento
atual da UEPA, orçamento este que gira em torno de 330 milhões de reais, considerando
todas as despesas com folha suplementar, custeio, investimentos, contratos,
etc. O que nos parece é que quase 80% estão comprometidos com a folha dos
servidores. De toda maneira, torna-se necessário irmos em busca de outras
fontes de recursos, a exemplo do que cabe às universidades públicas citado na
Constituição Federal sobre os 5% que podem ser destinados pelas grandes
empresas de capital transnacional à educação, parcerias junto à Fundação de
Amparo à Pesquisa na Amazônia – Fapespa, onde o corpo de doutores da própria
UEPA terá todo o nosso apoio, através de projetos de pesquisas, com o objetivo
de atrair investimentos para a universidade, emendas parlamentares na Câmara Federal
e Assembleia Legislativa, entre outra fontes. Mas, acima de tudo, necessitamos
discutir com a Secretaria de Planejamento, a Seplan, a lei orçamentária anual, a
Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Altem
Pontes -
A chapa 10, Renova UEPA, é
constituído por um doutor em sociologia (Augusto Carvalho) e um doutor em
física teórica (Altem Pontes), que são profundos conhecedores da instituição. As
propostas desta chapa não implicam em grande demanda de recursos financeiros
adicionais, mas sim priorizam as principais demandas da UEPA, quais sejam:
implantação e compra de equipamentos para laboratórios de ensino e pesquisa;
aquisição de livros para as bibliotecas; implantação de laboratórios de
informática; assistência estudantil; financiamento de atividades de ensino, pesquisa
e extensão; acessibilidade; entre outras. Para uma universidade que em 2017
terá um orçamento de 332 milhões de reais, os poucos recursos que se fizerem
necessários para complementar os já existentes serão obtidos via redução de
pagamentos por cedências, folha complementar. Além disso, vamos estabelecer um
diálogo permanente com o Poder Legislativo para mostrar as potencialidades da
UEPA e também conseguir emendas para a instituição. Vamos atuar junto às
empresas pública, a fim de identificar sinergias e assim podermos trabalhar em
parceria visando a obtenção de recursos para a UEPA, sempre em respeito à legislação
e as orientações do Tribunal de Contas do Estado. Vamos instituir na UEPA a Divisão
de Projetos Estratégicos, que ficará responsável pelo monitoramento e
elaboração de projetos para captação de recursos para a universidade. Toda
ajuda do governo do estado é muito bem-vinda, mas é um compromisso da chapa 10,
Renova UEPA, trabalhar intensamente
pela captação de recursos para complementar as receitas do estado. Os
compromissos assumidos na campanha serão cumpridos independente de repasses adicionais
do estado, pois esta chapa tem plena consciência dos recursos disponíveis em
2017, via LDO de julho de 2016.
“Vamos instituir na UEPA a Divisão
de Projetos Estratégicos, que ficará
responsável pelo monitoramento e
elaboração de projetos para captação
de recursos para a universidade.”
Como
qualquer universidade, obviamente a UEPA tem suas mazelas, que contra ela
conspiram. Quais as principais dessas mazelas e como, a curto ou médio prazo,
aplacá-las, de modo a garantir aquele mínimo de excelência que se espera de uma
academia?
Augusto
Carvalho -
A primeira mazela é social. A UEPA carece há décadas de uma gestão humanizada,
que observe as pessoas que nela trabalham e a ela se dedicam. Muitos estudantes
sofrem de depressão, de medo, ansiedade, síndrome do pânico, etc. Em relação
aos estudantes, precisamos urgentemente fomentar este tipo de debate que
envolva a sexualidade humana, o crescimento da AIDS em nosso estado nos coloca
em alerta, o câncer entre jovens, a violência contra as mulheres, etc. Por
outro lado, muitos servidores estão endividados, sem amparo assistencial, sem
formação continuada há tempos, sem serem vistos como importantes para o projeto
de universidade inclusiva que queremos. As demais mazelas dizem respeito ao
sucateamento da UEPA, banheiros sem as mínimas condições de funcionamento, cursos
de formação pedagógica sem as brinquedotecas, além da ausência de creches que
poderiam ser úteis aos próprios estudantes e às mães do segmento
técnico-administrativo. Temos também a defasagem das bibliotecas espalhadas
pelos 15 campi da UEPA e capital; a defasagem nos instrumentos musicais no curso
de música; a falta de um número mínimo de professores efetivos no curso de libras,
visando o mínimo de qualidade nos cursos de graduação; alunos sem sala de aula
para o funcionamento do seu curso no Centro de Educação, a exemplo do curso de
pedagogia; a falta de politicas de incentivo com uma ajuda de custo para a
participação a eventos para estudantes e professores, considerando que esta
prática é que motiva ambos a publicarem em revistas científicas; o aumento do
número de professores substitutos e horistas, acima dos 30% permitidos na lei
que aprovou o PCCR, o que acaba precarizando o trabalho docente e comprometendo
a qualidade do ensino e da pesquisa; a ausência de uma extensão consistente que
de fato possa devolver através de serviços prestados à sociedade,
principalmente para a população que vive no interior do estado.
Altem
Pontes -
Nos últimos anos percebe-se que houve uma involução na UEPA, principalmente
naquilo que é mais caro a qualquer universidade. Vejamos, a UEPA tem mais de 14
mil alunos e destes 52% estão nos 15 campi do interior. Dos cerca de 1100
professores da UEPA, 75% estão em Belém. Precisamos ver uma forma de assistir
melhor o interior do estado. Por outro lado, os deslocamentos, aliado à folha
complementar, pagamento por cedência, entre outros, consomem parte dos recursos
que deveriam ser utilizados nas atividades fins. A chapa 10, Renova UEPA, tem um compromisso de
inverter essa lógica, pois vai redirecionar os recursos para os setores fins da
universidade.
Quais
os planos de vocês para melhorar, a curto e a médio prazo, o nível da graduação
na UEPA, que certamente requer avanços, tal qual ocorre na UFPA?
Augusto
Carvalho -
O nosso primeiro ato será debater o Plano de Desenvolvimento Institucional
(PDI) que se encontra desatualizado, considerando que este projeto deve no
mínimo prever os rumos dos cursos de graduação na Universidade do Estado do
Pará, além, é claro, dos debates que deveriam ser realizados pelos respectivos
centros de Educação, Tecnológico e da Saúde, além dos departamentos acadêmicos,
que hoje se transformaram em pilhas de papeis, sem o alcance dos reais
problemas enfrentados pelos cursos de graduação. Em resumo, os cursos enfrentam
alguns problemas, pois não conseguem dialogar na direção de um debate acadêmico
qualificado, pensando na infraestrutura adequada; dialogando com a
pós-graduação da UEPA, ao mesmo tempo.
Altem
Pontes -
O nível de graduação pode ser melhorado por meio de uma série de fatores que
serão implementados pela chapa 10, Renova
UEPA, tais como: adequação dos projetos políticos pedagógicos (PPPs) dos
cursos, em consonância com suas diretrizes curriculares nacionais; tornar
flexível o desenho curricular dos cursos; aquisição de livros adequados aos PPPs
dos cursos; implantação de laboratórios de ensino para os cursos; implantação
de laboratórios de informática; implantação de bolsas de assistência
estudantil; ampliar as atividades de pesquisa e extensão; implantar a Comissão
Própria de Avaliação, a CPA, com representantes em todos os campi da UEPA.
A UEPA
historicamente vem se mantendo à margem do debate sobre questões vitais para a
sociedade paraense, como é o caso do BRT e de Belo Monte. Como vocês pretendem
superar essa notória omissão no diálogo que se espera entre uma universidade e
a comunidade na qual ela se insere?
Augusto
Carvalho –
Esse distanciamento da UEPA com relação aos problemas enfrentados pela
sociedade não é de agora. É histórico e deriva de um vício de origem. Os
gestores não se dispuseram a colocar a UEPA no cenário do estado do Pará e da
Amazônia. A ausência de projetos que dialogue com a sociedade. A UEPA nunca
pensou em oferecer curso de logística portuária em Barcarena, por exemplo, ou
cursos que dialoguem com a agroindústria no sul do Pará, a exemplo de Conceição
do Araguaia e Redenção, ou curso que vise a tecnologia da madeira em
Paragominas. Ou seja, a UEPA precisa melhorar os indicativos sociais dessas
pessoas que sofrem os impactos socioambientais, propor mudanças de forma
científica sobre os melhoramentos nas relações das indústrias locais e a
sociedade. A UEPA precisa qualificar a mão de obra local e ao mesmo tempo
disponibilizar mão de obra para o mercado de trabalho, aquecendo desta forma o
mercado local. Em outras palavras, a UEPA precisa ter um papel estratégico no
desenvolvimento do estado, visando, acima de tudo, o desenvolvimento social das
pessoas, principalmente as que vivem no interior do Estado.
Altem
Pontes -
O isolamento da UEPA nos últimos anos tem a ver com a falta de um projeto de universidade
das gestões que se sucederam. Isso fez com que a UEPA se distanciasse de
importantes discussões que envolvem o estado, entre elas os grandes projetos da
Amazônia e a questão da mobilidade na cidade de Belém. Para vencer esses anos
de omissão, a chapa 10, Renova UEPA,
vai trabalhar numa agenda propositiva que envolverá seus programas de
graduação, pós-graduação e grupos de pesquisa. Vamos identificar nossas
potencialidades e deixá-las disponíveis numa plataforma on-line para consulta
pública. Além disso, vamos trabalhar na divulgação deste portfólio de
expertises da UEPA junto aos poderes constituídos e também na iniciativa
privada. Para aproximar a UEPA das regiões em que estão localizados seus campi,
nossa gestão vai implantar a UEPATec que seria a oferta, pela UEPA, de cursos
superiores de tecnologia, com cerca de três anos de duração, voltados para
atender as demandas regionais. Por exemplo, agronegócio, produção pesqueira,
mineração, distribuição de energia elétrica, logística, geoprocessamento,
segurança pública, processamento de carnes, construção naval e fabricação de móveis,
entre outros.
“Para aproximar a UEPA das regiões
em que estão localizados seus campi,
nossa gestão vai implantar a UEPATec,
que será a oferta, pela UEPA, de cursos
voltados para as demandas regionais.”
Elencando
em ordem decrescente, quais serão as prioridades mais imediatas da
administração de vocês, se eleitos?
Augusto
Carvalho –
1) Realizar um estudo minucioso sobre o orçamento atual da UEPA, com a
finalidade de verificar possibilidades de investimentos, aumento de custeio,
verbas para as pro reitorias, etc; 2) discutir com a comunidade da UEPA as
prioridades de gestão nos três centros (Educação, Saúde e Tecnologia); 3) ir em
busca de novas fontes de recursos públicos e parcerias com empresas
multinacionais que atuam principalmente no interior do estado do Pará; 4) humanizar
a gestão, olhando para as pessoas que fazem parte da UEPA hoje; 5) atender os
anseios dos estudantes, a exemplo do fomento de bolsas, para a participação em
eventos, melhorar a infraestrutura, apoio financeiro para os alunos carentes,
apoio psicológico, fomentar práticas desportivas, ampliar oferta de estágio
remunerado, criar a bolsa moradia para estudantes que não residem na capital, ampliar
as bolsa do PIBIC (iniciação cientifica), investir na construção de moradias
estudantis, equipar os laboratórios de informática, etc.; 6) devolver a
Associação dos Servidores da UEPA, que se encontra praticamente abandonada,
para uso do lazer das famílias; 7) instituir para o cargo de pró-reitor de
Gestão e Planejamento um técnico de carreira da UEPA; 8) transformar a
Ouvidoria em um espaço das comissões de conciliação de forma colegiada, antes
de qualquer abertura de Processo Administrativo contra servidor ou estudantes; 9)
diminuir e rever a distribuição da carga horária estabelecida no Plano
Individual de Trabalho (PIT) dos professores em sala de aula, como incentivo à
pesquisa e à extensão no âmbito da UEPA para os professores; 10) garantir
recursos para o financiamento de projetos e bolsas de pesquisa, ensino e
extensão para professores.
Altem
Pontes -
A prioridade imediata é fazer um levantamento da atual situação da UEPA, a fim
de se identificar de forma detalhada as receitas e despesas da Instituição. É
preciso garantir recursos imediatos para recompor a infraestrutura física da
UEPA e dar condições mínimas de funcionamento para os cursos, porque muitos
sequer têm laboratórios de ensino. Há curso com apenas um professor efetivo, e
em muitos cursos faltam até salas de aula. Os cursos do interior têm uma
dificuldade a mais, já que as políticas institucionais são voltadas
principalmente para atender os campi da capital. Por isso a chapa 10, Renova UEPA, vai implantar um modelo de
gestão que atenderá tanto a capital quanto o interior.
Sem
dispor do calor da máquina administrativa, nem ter o apoio de partidos ou
facções partidárias, nem de sindicatos, o que os estimula a disputar a reitoria
da Uepa?
Augusto
Carvalho -
Eu e o professor Altem, como já salientamos no inicio dessa entrevista, somos
acadêmicos de carreira. Temos projeto para os próximos quatro anos desta universidade,
nunca visto antes. Estamos confiantes na vitória no dia 6 de abril. A nossa chapa,
a chapa 10, Renova UEPA, é resultado
de descontentamentos de diferentes segmentos (professores, técnicos e
estudantes). Não tem como a UEPA permanecer da forma como está. Ela tem decaído
ano a ano no ranking de qualidade de gestão e princípios acadêmicos mínimos
para o bom funcionamento dos seus cursos de graduação. Agora temos um novo
projeto de universidade pública, proposto pela chapa Renova UEPA, que busque dialogar com o governo, com o setor
produtivo, com as prefeituras, com os diferentes segmentos internos, com os
três centros que a compõem, etc. O nosso estímulo é o sonho em se realizar este
projeto renovado de universidade, que esteja acima dos interesses partidários
ou pessoais.
Altem
Pontes -
O que estimula é a possibilidade de contribuir para que a UEPA cumpra com
excelência seu papel educacional de formação de estudantes em nível graduação e
pós-graduação. Em parceria com o governo do estado e com outros setores da
sociedade, a UEPA poderá formar pessoal qualificado que vai atender as
necessidades regionais e assim formar um círculo virtuoso de crescimento
econômico e de melhoria dos indicadores socioeconômicos do estado. Em síntese,
o que estimula é a possibilidade de contribuir para o estado e para a Amazônia
no sentido de melhorar a vida das pessoas.
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