Neves (à esq.) com Jatene: postura de boy qualificado do governo. |
O que esfarinha a versão
de que a nomeação de Gilberto Valente Martins como procurador-geral de Justiça,
apesar de não ter sido o mais votado da lista tríplice, subtrai a suposta
independência do MPE reside justamente no escandaloso atrelamento ao governo
patrocinado por Marcos Antônio Ferreira das Neves, que sempre comportou-se como
um boy qualificado do Palácio dos Despachos. Um boy atrapalhado, no limite da incompetência, mas sempre servil ao Palácio dos Despachos. O que ficou evidenciado no
episódio no qual Neves protagonizou a aviltante omissão diante
da denúncia, por improbidade administrativa, contra o governador Simão Jatene, a secretária estadual de Administração, Alice
Viana Soares Monteiro, e o filho de Jatene, Alberto Lima da Silva Jatene, o
Beto Jatene. A ação foi ajuizada pelo procurador de Justiça Nelson Medrado e o
promotor de Justiça Militar Armando Brasil - sem a prévia autorização de procurador-geral de Justiça, ou delegação deste, como determina a lei - diante da promiscua relação de Beto
Jatene com o governo do pai, na esteira da qual parte da frota da Polícia
Militar abastece nos postos de combustível do ilustre rebento, que entre 2012 e
2014 faturou, com isso, algo em torno de R$ 5 milhões.
Depois de subscrever os
pedidos de informação a Simão Jatene, que ignorou solenemente as solicitações
do MPE, Neves simplesmente não só não subscreveu
a ação, como sequer delegou poderes para Medrado e Brasil fazê-lo. Com isso,
Neves simplesmente desautorizou a ambos, a despeito da amizade que o ata a Medrado, e sordidamente blindou Jatene e seus
comparsas. A situação foi tão patética, mas tão patética, que Medrado e Brasil
chegaram a solicitar à juíza Kátia Parente Sena para intimar o procurador-geral
a se manifestar sobre a delegação de poderes para que pudessem processar o
governador Simão Jatene, a secretária estadual de Administração, Alice Viana
Soares Monteiro, e o filho de Jatene, Alberto Lima da Silva Jatene, o Beto Jatene.
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